Vice primeiro ministro : voltar ao centro e à social democracia
O populismo e o extremismo andam à solta pondo em causa os princípios básicos da democracia, do estado social, da economia social de mercado e do bem estar da sociedade.
É preciso voltar ao centro e à social democracia e isso faz-se participando numa Europa de valores que têm valido 70 anos de paz . O que se vê hoje é muito parecido com o que se viu nos anos de 1920 e 30 e que resultou em duas guerras com milhões de mortos.
Para ser bem entendido, chamarei a este quadro institucional a democracia liberal e social: uma combinação virtuosa de liberalismo político, economia de mercado, política pública redistributiva e sociedade de bem-estar. Em função da sua visão do mundo, cada um/a de nós tende a interpretá-lo e a dizê-lo a seu modo. Sem esse pluralismo, ele não seria, aliás, viável. Contudo, ele define uma larga agenda comum para todos quantos quiserem assumir a responsabilidade de combater o mal que corrói a nossa cidadania, opondo-lhe uma ação firme em favor dos valores, das instituições e da cultura democrática.
A incapacidade de voltar às soluções apresentadas pelo centro político( PS e PSD) é o maior perigo para a paz, o progresso e a melhoria das condições de vida . Quando o governo assenta em dois partidos que colocam em causa a União Europeia e o Euro, o país paga com a incapacidade de crescer economicamente, suportando taxas de juro que não param de crescer e que estão cada vez mais próximas dos fatais 4% , uma dívida pública monstruosa e que cresce todos os dias e uma dificuldade em aceder aos mercados que se acentua em cada operação de colocação de dívida.
Tocam os alarmes dentro do maior partido da governação e quando é o vice primeiro ministro a manifestá-los publicamente envolve todo o governo .