Ventiladores: Quem vive e quem morre
Não basta apelar aos hospitais privados, sociais e militares para libertarem ventiladores .É também necessário libertar equipas de técnicos especializados.
Há hospitais públicos a libertarem ventiladores nos blocos operatórios bem como nos cuidados intermédios. O mercado não dá resposta atempada para novos ventiladores já com listas de espera. Há salas disponíveis nos hospitais. Adiar cirurgias e camas nos cuidados intensivos. Os doentes que necessitam de ventiladores por outras razões ( AVC, ataques cardíacos, etc) estão a ser transferidos para regiões livres do coronavírus.
Em Itália os médicos e enfermeiros trabalham em ambiente próximo do ambiente de "guerra". O nosso rácio de camas em cuidados intensivos é 9 por 100 000 habitantes em Itália são 12. Temos que aprender com o que se está a passar naquele país. Hoje veio a boa notícia que na região de Milão - onde primeiro apareceu o vírus - não há novos casos. Parece que para nosso sossego está a acontecer o mesmo que aconteceu na China. A pandemia duas semanas depois está a abrandar.
Os hospitais privados dispõem de unidades de cuidados intensivos, que podem funcionar como apoio de rectaguarda que poderá ser muito útil na altura do pico da procura, corrobora João Carlos Winck. E há outra circunstância que deixa o médico mais sossegado: há muitos enfermeiros, fisioterapeutas e técnicos habilitados a tratar em casa doentes menos graves, sem insuficiência respiratória.
Em Itália foi feita uma lista de critérios para optar entre "quem vive e quem morre".