Uma surpreendente convicção de que as coisas ainda lhe vão correr pior
Todos os dias António Costa promete coisas e queixa-se muito. Agora promete que ainda teremos oportunidade de saber porque o mandato do actual governo vai chegar ao fim. Há quem lhe lembre que a Lei obriga que as legislativas se efectuem entre 15 de Setembro e 15 de Outubro mas, Costa, acha que marcar as legislativas nesse intervalo é uma prenda para o adversário. No fundo, António Costa, está a queixar-se que quanto mais tempo o actual governo estiver em funções mais vai colher. Na economia que está a crescer como não cresceu nos últimos 15 anos. No desemprego, que está mais baixo que há cinco anos atrás. Nas contas públicas equilibradas. Nas exportações que não param de crescer.
Na verdade, o presente ano e os anos seguintes, são anos de colheita depois de uma sementeira árdua. Para Costa, serem os que semearam os que vão colher, é uma injustiça, porque ele colhe mais rápido.
Alguém lhe terá de dizer ( ontem o RU já lhe fez chegar um SMS) que o que interessa é a qualidade da colheita, não ser mais rápida. É que a rapidez ameaça o equilíbrio da Segurança Social. Esta ameaça está a ser levada muito a sério em vastas camadas da população. E em sectores fortemente organizados como os juízes. Ainda hoje uma juíza me dizia que era preciso defender a Segurança Social. E acrescentava : mas vou votar em quem ? No PC ?
Não lhe respondi mas aposto dobrado contra singelo, em como, António Costa, ainda nos vai prometer que, afinal, não há dinheiro para devolver salários e pensões. Não vai querer mexer no dinheiro da Segurança Social que é dos trabalhadores e pensionistas. E, isso, para um político de esquerda é sagrado.