Uma religião perigosa chamada colectivismo
O colectivismo levado ao extremo depois da falência da Rússia e da China. A desculpa é que a utopia era boa os homens é que eram maus. Não ser comunista é ter horror ao colectivismo normativo. Este é o grande falhanço, a incapacidade de aceitar que a natureza humana tem horror ao colectivo como ao vácuo. O colectivo nunca gerou solidariedade nem aboliu o egoísmo. Quando o Primeiro Ministro socialista francês, Manuel Valls, diz que a palavra socialista já não faz sentido, tem toda a razão, porque os socialismos que resistem são, hoje, caricaturas da liberdade ou comunismos de economia de mercado. Olhe-se para a Venezuela e para o Vietnam. Desde o colapso do comunismo na Rússia e na China o socialismo democrático tem sido incapaz de pensar o seu lugar no mundo.
Nos militantes socialistas ficou a ideia residual perigosa da supremacia moral, insuportável, e a mania acusatória do desvio. Nunca ninguém é suficientemente de esquerda para a esquerda. Enquanto for assim, o capitalismo tecnológico continuará sem freio, mais combatido pela extrema direita do que por socialistas entregues à nostalgia e à decadência inexorável.
PS : Clara Ferreira Alves - Expresso . Deixei de fora deste resumo os milhões de mortos da responsabilidade de Estaline, Mao e de Pol Pot citados no texto original. Imperdível