Um mundo sem tubos de escape
Há muita resistência à mudança mas a mobilidade, cada vez mais importante na economia, vai ( está) a substituir as energias poluidoras pelas energias limpas.
As vendas de carros eléctricos aumentou significativamente nos últimos anos; cerca de 750 mil foram registados em 2016 – quase metade na China.
Finalmente, temos de abordar os desequilíbrios estruturais que persistem nas nossas políticas de transporte. Simplesmente, aqueles que sofrem mais com a mobilidade "suja" têm a voz política mais frágil. Por exemplo, dados relativos ao Reino Unido mostram que frequentemente são os mais pobres que vão a pé ou apanham os autocarros. Por conseguinte, desenvolver transportes públicos com emissões zero quase nunca é uma prioridade para os governantes. Para os influenciar, os defensores têm de apurar a defesa dos benefícios sociais e económicos da mobilidade com emissões zero, com os efeitos positivos para a saúde pública.
O apoio a tais investimentos exige que as pessoas rejeitem a promessa falsa de que os combustíveis fósseis são "limpos". Alguns membros da indústria insistem que os veículos eléctricos não são necessários para uma implementação em massa e que seria melhor construir motores a gasolina e a diesel mais eficientes. Esta é a história que ouvimos frequentemente de revendedores de automóveis na América Latina. Mas tais visões são tão imprecisas quanto egoístas.
As empresas por todo o mundo estão a fazer previsões ambiciosas em que a mobilidade eléctrica é o futuro dos transportes. Mesmo aqueles que tenham muito a perder com o abandono dos combustíveis fósseis entendem que os veículos eléctricos são inevitáveis