Um governo a prazo por vontade própria
Ontem na SIC os profs Ferreira do Amaral e João César das Neves ( não podiam estar mais afastados ideologicamente) convergiam na análise que faziam ao país . Um Orçamento preso por arames e uma economia a definhar. Uma banca com enormes problemas e o investimento a cair drasticamente. Tudo num país onde não há dinheiro.
O Programa Nacional de Reformas não passa de generalidades há muito prometidas. E a reforma do estado faz-se contra os interesses instalados algo que Costa não fará.
Se a economia na Europa não crescer significativamente ( o que parece certo) Portugal não cumprirá as metas do orçamento e não crescerá o suficiente. Se os resultados forem melhores do que o previsto o PS vai querer a maioria absoluta com eleições antecipadas. Se forem piores a oposição fará cair o governo porque PCP e BE já se terão afastado. Vem aí o orçamento rectificativo, o orçamento para 2017 e as autárquicas. A posição conjunta de PS+PCP+BE poderá ficar pelo caminho logo no primeiro porque Bruxelas vai exigir.
Não há dinheiro. Nem para solver os problemas da banca nem para investimento. O que o governo apresenta como novo não é mais do que baralhar e dar de novo. Entre Bruxelas e PCP e BE o PS não hesitará.