Um estado fortemente centralizado contra a vontade dos portugueses
A grande maioria dos portugueses quer o país mais descentralizado e apoia mesmo a regionalização.
Pessoalmente não apoio a regionalização pela carga de burocracia e de mais despesa pública. Mas aproximar os centros de decisão das populações é determinante para reduzir a prepotência e o arbítrio na distribuição da riqueza. A descentralização pode fazer-se municipalizando desde logo a Educação e a Saúde. Mais autonomia para as escolas e unidades de saúde.
Discuta-se. Chame-se regionalização. Efetiva descentralização administrativa. Organização territorial. O que for. Porque o país precisa. Portugal é um dos países mais centralizados da UE e da OCDE, que tem estudos que mostram à saciedade que a economia cresce na medida da maior descentralização, e que em Portugal as regiões que mais contribuem para o crescimento são as mais atrasadas.
Como aqui já se escreveu, há espaço para um nível de poder intermédio, que aproxime as decisões políticas das populações, que ajude a atenuar as graves disparidades regionais, entre o interior e o litoral, o Norte, o Sul, o Centro e Lisboa, cidade. E há todo um modelo de desenvolvimento a discutir.