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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Um Estado centralista que se mete em tudo mas não sabe de nada

Bom seria que o Estado grande e anafado deixasse da mão o que não sabe e não pode fazer e fizesse bem o que só ele pode fazer.

O que se passou na estrada de Borba é, de facto, um problema do Estado e das suas múltiplas incapacidades. Um Estado que dá emprego a imensos “especialistas em coisa nenhuma” mas não tem nos seus quadros quem garanta a segurança das populações ou não meta na gaveta os alertas que lhes vão chegando.

Os incêndios do ano passado acordaram os portugueses para a realidade de o seu país estar dividido em dois. A tragédia de Borba — que só por acaso não teve mais vítimas — vem mais uma vez provar a imensa incapacidade do país centralista, que abandonou o interior à sua sorte, que se autoglorifica na Web Summit com um enorme desprezo (a palavra é “desprezo”, não há outra) para o terceiro-mundismo que ainda marca Portugal.

Ao contrário do que diz o primeiro-ministro, as evidências da responsabilidade do Estado na tragédia de Borba são demasiado claras e chocantes.