Tribunais dão razão às escolas em associação
Já há três escolas ( duas em Coimbra e uma em Braga) que viram os tribunais darem-lhes razão no que diz respeito às limitações geográficas. Escolas privadas que prestam serviço público. E boas escolas escolhidas pelas famílias. Escolas que são resultado da iniciativa privada e que o estado, mais uma vez, tenta abafar. Como é seu apanágio cá no burgo.
Apesar de já terem passado mais de 40 anos de democracia, Portugal continua a apresentar um grande défice na área da iniciativa privada, comprovado pela falta de visão e ambição. A este défice não é alheia a máquina pesada e burocrática do Estado. Esta influi negativamente na “capacitação humana” e arrasta consigo todos os défices numéricos. Será devido ao nosso “ADN” português? Estou convencido do contrário. Conheço centenas de pessoas que saíram do país e vingaram precisamente por serem empreendedoras e manifestarem excelente iniciava pessoal. Os resultados económicos e sociais assim o demonstraram. Deixaram de procurar trabalho e passaram a proporcionar emprego.
O que é que mudou? Não foram certamente e de repente as pessoas. O potencial estava ali à espera de se transformar em acto. Mudou o pêndulo. Surgiu outro contexto. E fez-se texto, fez-se história. Por vezes e desgraçadamente, é complicado ser empreendedor em Portugal. Mais complicado ainda com governos que (por razões ideológicas) têm dificuldades em conviver com a iniciativa privada. Um bom governo, numa sociedade aberta e democrática, tem a obrigação de garantir e defender o bem comum, aproveitando o potencial da Sociedade Civil, e não a desvalorizar. A verdade é que muitas destas pessoas que saíram do país deixaram de perguntar ao Estado o que poderia este fazer por si, e passaram a perguntar a si mesmas, o que poderiam fazer pelo Estado, isto é, pelo país. Trabalharam muito. Sentiram o estímulo da compensação. E tornaram esse país mais rico e próspero.