TAP : pior é difícil
Campos e Cunha ministro das Finanças do 1º governo de Sócrates e que teve a visão de adivinhar o que aí vinha pelas mãos daquele governo, saindo a tempo e horas, vem hoje reforçar o que só não vê quem não quer. A TAP apesar de ter uma administração competente e que sabe do negócio de transporte aéreo, não descola da gravíssima situação financeira em que há muito se encontra.
Há dez anos quando as grandes companhias de transporte aéreo procederam a uma vasta reorganização do sector, a TAP, como é apanágio das empresas públicas, ficou-se num "nim". Nem sim nem sopas. O resultado está aí em todo o seu esplendor. Ninguém quer a TAP, seja ou não de bandeira.
Se continuarmos com uma companhia que opera no exterior sujeita à concorrência de empresas com dinheiro, com flexibilidade de gestão e sem sindicatos que prejudicam, convencidos que haverá sempre dinheiro para pagar os seus chorudos salários, é certo e sabido que um dia o Estado vai ter que proceder à falência da companhia e, no seu lugar, constituir uma outra com metade dos efectivos humanos e técnicos. Como, aliás, já aconteceu com várias companhias de bandeira de países bem mais ricos do que nós.