O governante alemão está a medir o pulso dos governos europeus no âmbito dos avanços conseguidos na frente europeia com vista à criação de um orçamento para a moeda única. Esta sexta-feira, a Reuters noticiou um documento de trabalho do governo alemão que diz respeito a um acordo entre Berlim e Paris para uma proposta que permita dotar a Zona Euro de capacidade orçamental de forma a apoiar o crescimento económico, a convergência e a competitividade dos países-membros da moeda única.
Além do orçamento, a criação de um sistema europeu de garantia de depósitos (EDIS) será outro tema forte em cima da mesa na conversa.
Porém, a discussão acerca do EDIS não terá avanços no imediato, até porque o Eurogrupo aguarda ainda pelo relatório técnico que só será conhecido e discutido em junho. O Negócios sabe que o governo alemão se opôs a este seguro comum considerando que primeiro era necessário reduzir os níveis de crédito malparado da banca de vários países, entre os quais Portugal.
O BE já veio dizer que o governo português deve opor-se a tais medidas. Em contrapartida começou novamente a falar na renegociação da dívida.
Contas feitas lá para 2030 estará em 90% do PIB se o crescimento da economia se mantiver nos 2%, a inflação nos 2% e o défice nos 0%. É preciso o PCP e o BE não estraguem com a demagogia do " não pagamos ". Não deixa de ser irónico que seja pela mão da extrema esquerda - a que dizia que dentro do Euro não era possível - que a economia cresce, os limites de Bruxelas sejam observados e que a dívida desça. Afinal é possível.
A dívida pública da UE baixou para os 81,6% (contra 83,3%), ligeiramente abaixo dos 81,9% apontados na primeira notificação do Eurostat.
Quinzes Estados-membros apresentaram uma dívida pública superior aos 60%, tendo as mais elevadas sido registadas na Grécia (176,1% do PIB), em Itália (131,2%), em Portugal (124,8% - um recuo face aos 129,2% de 2016), na Bélgica (103,4%), em França (98,5%) e em Espanha (98,1%).
Os menores rácios da dívida em função do PIB foram observados na Estónia (8,7%), no Luxemburgo (23,0%), na Bulgária (25,6%), na República Checa (34,7%), na Roménia (35,1%) e na Dinamarca (36,1%).
É claro que estes países têm um potencial de crescimento que nós não temos. Gastamos o dinheiro e continuamos pobres. Há quem não perceba.
O desemprego mais baixo nos últimos oito anos e a robusta recuperação da economia estão a deixar a crise definitivamente para trás na Zona Euro
Portugal beneficia largamente como se vê pelas exportações sempre a crescer tendo como mercados de destino os países europeus. E o desemprego em Portugal também está a baixar.
É caricato ouvir alguns pedir a saída da Zona Euro quando o que estes comportamentos demonstram é que é possível cumprir as regras do Euro, criar emprego e crescer economicamente. Um drama para quem está contra o Euro e a União Europeia.
Para além de desmentir a suposta maldição dos efeitos nocivos do euro sobre a economia, é de prever que a consistente retoma económica e a consequente diminuição do desemprego e melhoria da situação social retire alimento à forças anti-europeístas em geral e ao populismo da extrema-direita em especial, o que é fracamente positivo na perspetiva da próximas eleições francesas e alemãs. Apesar do Brexit e da incerteza quanto aos próximos passos na integração europeia, eis boas notícias nos 60 anos do Tratado de Roma.
Marcação homem a homem . O PS ainda em Almada apressou-se a responder à exigência do PCP de sair da União Europeia e do Euro .
""No PS, continuamos a acreditar no projeto europeu - um projeto de partilha entre os povos e os Estados na Europa. Para o PS, não está em cima da mesa nem a saída do euro, nem a saída do projeto europeu. Continuamos a defender a necessidade do reforço da Europa", vincou a secretária-geral adjunta do PS."
Já o BE alinha com os comunistas : "Existe uma análise partilhada com o PCP no que diz respeito à União Europeia e à necessidade de reestruturação da dívida pública portuguesa, que é o desafio essencial da economia portuguesa neste momento", afirmou Jorge Costa, da Comissão Política bloquista, que integrou a delegação do BE à sessão de encerramento do XX Congresso do PCP, em Almada."