Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

BandaLarga

as autoestradas da informação

BandaLarga

as autoestradas da informação

A dívida comum e a moeda comum

A emissão de dívida comum a muito longo prazo numa zona de moeda comum .

Onde se acumula dívida é preciso instalar dispositivos que corrijam os desequilíbrios que estão na sua origem. O mais elementar é o dispositivo da austeridade: não há crescimento, nem do capital nem do trabalho, e também não crescem os recursos para amortizar a dívida, pelo que tem de se contrair ou cativar as despesas até se obterem saldos positivos em sucessivos exercícios para se anular a dívida. Mas há um outro dispositivo que oferece a oportunidade e o tempo de ajustamento de receitas e despesas sem impor a redução do crescimento e a estagnação dos rendimentos: numa zona de moeda comum, pode ser emitida dívida comum por um prazo muito longo, com garantia prestada por todos os Estados participantes, e essa garantia tem como colateral a subordinação voluntária a um sistema de políticas comuns. A dívida comum tem como contrapartida a aceitação voluntária do risco comum.

 

Bazuca de 750 mil milhões para apoiar a Zona Euro

Compra de activos, públicos e privados, por parte do Banco Central Europeu para apoiar os países da Zona Euro na presente crise.

Serão feitas compras de títulos do setor privado e do público, sendo que neste caso há uma novidade: o BCE vai passar a comprar títulos de dívida pública da Grécia, apesar de estes continuarem a contar com um rating que os coloca fora do espetro do banco central.

O “cheque” de 750 mil milhões de euros servirá para “contrariar os sérios riscos aos mecanismos de transmissão da política monetária e às perspetivas para a economia da Zona Euro em resultado da propagação do coronavírus, o Covid-19“, diz o BCE.

O “BCE está comprometido em desempenhar o seu papel no apoio a todos os cidadãos da Zona Euro” naquele que considera ser um período extremamente desafiante. Irá garantir que todos os setores da economia poderão beneficiar de condições de financiamento favoráveis que lhes permitam absorver este choque. “Isto aplica-se às famílias, empresas, bancos e Estados”.

A Bulgária está preparada para aderir ao Euro

A razão : A também antiga comissária europeia búlgara (2010-2016) defendeu que “a Bulgária tem interesse em entrar na zona euro para poder apoiar-se na capacidade de proteção” do BCE, num contexto em que “o mundo se torna constantemente mais turbulento”.

A Bulgária é o país mais pobre da União Europeia e quer entrar para poder dar o salto de modernidade que Portugal também já deu.

E o Euro é que tem culpa de o PIB português não crescer ?

Desde 2007 - 2018 que o PIB nacional cresceu 3% enquanto o PIB na Zona Euro cresceu 11 %. E a culpa é do Euro por termos esta vergonhosa performance? Os outros crescem !

O resultado económico é sabido. Desde 2007, o PIB subiu apenas 3% em Portugal, e 11% na área do euro, com todos os países a crescerem mais do que Portugal, com a exceção da Grécia e Itália. E sem financiamento e com pouca poupança, o investimento agregado só agora voltou para os valores registados antes da crise, algo que apenas se verifica também na Grécia…

 

grafico2_artigoricardosantos.png

 

Um passo de gigante - Zona Euro com orçamento

Os passos a dar são dificeis mas  necessários . Um dos mais importantes é dotar a Zona Euro com Capacidade Orçamental. Não se trata de juntar mais um orçamento aos já existentes orçamentos sectoriais de coesão.

O debate entre os ministros das Finanças do Eurogrupo não evoluiu ainda para a fase em que se discute o montante global para esse novo orçamento da zona euro, que estará disponível para reduzir disparidades entre Estados membros, apoiar reformas estruturais e aumentar a produtividade e a “atractividade de pertencer à zona euro”

Na mesma sessão, o comissário europeu para os Assuntos Económicos e Financeiros, Pierre Moscovici, considerou que além da promoção da convergência e competitividade, o orçamento da zona euro deve também conter uma “dimensão de estabilização”, que garanta a resiliência e estabilidade da zona euro, protegendo os Estados membros de choques assimétricos.

“É preciso um verdadeiro orçamento da zona euro que seja mais do que um instrumento orçamental e não esqueça nenhuma dimensão, nomeadamente de estabilização."

A Zona Euro desenvolve-se e estabiliza fazendo ela própria o caminho

A reforma da Zona Euro está a ganhar corpo diz Centeno

A crise ficou para trás mas deixou lições que estão agora a ser implementadas na reforma da Zona Euro

Para Mário Centeno não poderia ser de outra forma uma vez que em Junho há a cimeira do euro onde "é preciso tomar decisões". Esta quinta-feira o Eurogrupo vai continuar a discutir a reforma da Zona Euro, focando-se nas alterações necessárias para tornar o Mecanismo Europeu de Estabilidade "mais eficaz na gestão de crises". Vários responsáveis europeus têm dito que é preciso aproveitar a actual expansão económica para reformar a Zona Euro, preparando-a para novas crises

74% dos europeus aprovam a moeda única

É preciso, democraticamente, alargar a Zona Euro aos outros países europeus.

Considerando que "o desalinhamento entre ciclos políticos é uma das maiores barreiras à tomada de decisões europeia", Centeno frisa que a Europa é hoje "muito mais forte" do que há cinco anos. Falta agora, afirmou, "completar a união bancária", ou seja, "tornar os bancos mais resistentes", e também a união do mercado de capitais, assegurando "fontes de financiamento para as empresas mais alargadas".

Um trabalho demorado mas de longo alcance

Zona Euro entra em 2018 com crescimento muito forte

O crescimento da economia na Zona Euro na entrada de 2018 é muito forte apontando para 1% no 1º trimestre.

"A Zona Euro teve um óptimo início de 2018, com a actividade das empresas a crescer a um ritmo que não se via há quase 12 anos", afirma Chris Williamson, economista-chefe da IHS Markit. "A aceleração do crescimento leva os dados para um território consistente com um crescimento económico muito forte de aproximadamente 1% no trimestre".

"Com um início de ano tão forte, esperamos ver os economistas a melhorarem as suas estimativas para o crescimento e inflação na Zona Euro em 2018, e os responsáveis pela política monetária a defenderem uma política mais restritiva".

Diziam que não crescia mas agora não se ouvem.

Alemanha e França trabalham em propostas comuns para a Zona Euro

A integração da Zona Euro vai no bom caminho numa política de pequenos passos. Há toda uma série de questões que têm que ser tratadas antes de novo alargamento porque pretendente a entrar na União Europeia não faltam .

“Há que atuar agora” para cumprir a vontade comum de “uma integração rápida da zona euro nos próximos meses”, indicou Le Maire, assinalando que o objetivo é que a zona euro esteja em condições de competir com a China e os Estados Unidos. Altmaier acrescentou que o prazo indicado para encerrar um acordo sobre a reforma da zona euro “vai até finais de 2018”.

Em matéria de fiscalidade, segundo o ministro francês, a ideia é que haja uma proposta franco-alemã, o mais tardar em junho, com uma base comum em relação ao imposto sobre empresas. O ministro alemão afirmou que se deve evitar uma competição nesta matéria no interior da União Europeia (UE).

E Merkel e Schultz no mesmo governo querem despertar a Europa .

 

Que a economia da Zona Euro não crescia diziam eles

Agora até dizem que foram eles que puseram a economia a crescer. Diziam que com o Tratado Orçamental Europeu a economia não crescia, controlando o défice e a despesa. Mas ela cresce !

O produto interno bruto (PIB) da Zona Euro vai crescer 2,2% este ano, muito próximo dos 2,4% do ano passado, que representam o melhor registo da última década.

Também o Banco Central Europeu reconhece que a economia europeia está a crescer a bom ritmo, tendo por isso admitido que poderá reduzir o programa de estímulos de forma mais rápida do que o previsto anteriormente.  

As últimas projecções apontam para que as maiores economias do euro – Alemanha, França e Espanha – cresçam todas acima de 2% este ano.

Estes três países são os nossos maiores compradores pelo que as nossas exportações vão manter-se a bom ritmo sustentando o PIB português.