António Costa é mais que um malabarista é um charlatão de feira. Leiam e reflictam :
Assim, quando o primeiro-ministro afirma que em 2016 se registará “o melhor défice do país dos últimos 42 anos“, e atribui os louros a Mário Centeno, na realidade os contemplados deveriam ser os Portugueses, que continuam a suportar sacrifícios para que as contas públicas se possam tornar mais equilibradas. Mas se António Costa pretende mesmo atribuir o mérito a quem gere a pasta das finanças, então é óbvio que também deveria agradecer aos dois antecessores de Mário Centeno. É que 95% – a fatia de leão – da redução do défice permanente no período 2011-2016, corresponderá aos anos em que Vítor Gaspar e Maria Luís Albuquerque foram ministros.
O óbvio, é que o controlo do défice dificilmente deixará de ser a principal prioridade no nosso País. Pensar que a austeridade vai ser revertida, tal qual o PS prometeu nas últimas eleições legislativas, é quase tão absurdo como acreditar que o São Nicolau vai descer pela chaminé no próximo Natal.
Estavam lá todos. Para se verem, para comprar o livro autografado, para serem vistos. Podiam comprar o livro numa qualquer livravria? Poder, podiam mas não seria a mesma coisa. Muitos disseram o pior dele. Estão em todas. Vão a todas.
António Vitorino quis estar à altura do humor sibilino de Gaspar e deixou a pergunta. Quando volta? Cá para mim, palpita-me, é mesmo irrevogável. Esteve com a sua armadura à prova de bala. Sem nenhuma emoção e com toda a inteligência.Admitiu o erro. Deveria ter começado a reformar o estado mais cedo. Que o país tem condições para estar no Euro e na União Europeia se fizer como ele diz. Pelo caminho foi ajustando contas mas driblou sempre a Maria João Avillez . Quanto mais difícil a pergunta mais o tom pousado. E a economia começou a crescer quando ele abandonou o barco, não deixou de lembrar.
Portugal tem que fazer as reformas estruturais necessárias para que o país se possa desenvolver. Qual é a questão que se coloca a Portugal neste contexto? É saber se temos a vontade política, a capacidade social e cultural para nos afirmarmos como Estado autónomo e desenvolvido numa economia global muito concorrencial, e como membro pleno na área do euro e da União Europeia (UE). É uma questão existencial muito semelhante à que foi colocada por Joaquim Pedro Oliveira Martins em 1892.A UE foi e é o meio de preservação da paz na Europa num quadro de relações internacionais pacíficas entre Estados caracterizados por democracia, Estado de direito e respeito pelos Direitos Humanos. E, consequentemente, a Europa aparece claramente como um projecto político.
Para quem ainda não tinha percebido é da Liberdade que falamos!
Uma entrevista/livro importante e surpreendente. Vitor Gaspar conta como se apercebeu que em Portugal os interesses políticos de pessoas ou grupos prevalecem sobre os interesses do país, que a reforma do estado com estes partidos nunca será feita e que os interesses organizados são extremamente poderosos. A mensagem angustiada sobre a impossibilidade de mudar os alicerces do sistema político e económico que nos levou à ruína .
Um ministro "não político" que sucumbiu à agenda pessoal dos políticos, aos interesses de um estado controlado pelos aparelhos partidários e ainda aos poderosos lobis que vivem à sombra do poder.
Mas Vítor Gaspar não foi um ministro qualquer, teve imenso poder, mas isso não foi suficiente para resistir a Paulo Portas e conseguir iniciar a reforma do estado e o desmantelamento dos lobis que o aprisionam. Esta crise foi uma oportunidade extraordinária para fazer esse trabalho, sobretudo para transformar a política em algo mais sério.
Essa seria a condição para reforçar a democracia e garantir que no futuro o país poderia evitar os sarilhos em que, ciclicamente, anda metido.
A comunicação internacional faz eco da demissão de Vitor Gaspar. A BBC inglesa, por seu lado, destaca que Vítor Gaspar "era muito considerado pelos credores internacionais" por "manter rédea curta nas finanças portuguesas", enquanto a edição inglesa do jornal Deutsche Welle refere que o ministro "era amplamente criticado em Portugal" pela "dureza da política de austeridade".
Não necessariamente e oxalá que não mas o país sai fragilizado com tudo isto. Ontem as taxas de juro já estavam a subir para nós o que não acontecia para os outros países periféricos.
Vitor Gaspar fala em mais autonomia para os países sob resgate. "
Numa conferência esta manhã em Bruxelas, o governante português defendeu que as autoridades europeias têm de "respeitar a dimensão nacional de um país" e permitir que os governos continuem a actuar socialmente, citando o exemplo do desemprego jovem.
"A UE tem de respeitar a dimensão nacional de um país e permitir que se providencie os bens sociais" de que o país precisa, afirmou Vítor Gaspar.
Vitor Gaspar diz coisas gravíssimas mas que a mim não me admiram nada : "Verificou-se que muitos dos contratos permitiram às empresas públicas apresentar resultados positivos no curto prazo”, disse o ministro das Finanças numa audição no Parlamento, acrescentando que essa estratégia “reflecte um padrão de comportamento do Governo anterior”.
Vítor Gaspar aproveitou, aliás, para dar alguns exemplos, como “o crescimento da dívida do Sector Empresarial do Estado, que duplicou durante os seis anos de [Governo] PS”, frisando que se trata de “práticas reiteradas de desorçamentação que resultam agora em reclassificações” das empresas, incluindo no perímetro de consolidação das contas públicas."
Vários ministros da ala social democrata do PSD confrontaram Vitor Gaspar. Disseram não a mais cortes nos salários e pensões. Apoiados por Paulo Portas. Cortem no desperdício. Nos Fundos Autónomos que compram sem concurso público.Contratos de bens, serviços e obras. Aí podem poupar 1,5 mil milhões. Metam PPPs, Swaps e rendas fixas em Tribunal. Mas cortem, antes de irem para a justiça, em pelo menos 50%. Só em Lisboa podem fechar dez (10) hospitais. Mais três em Coimbra e outros tantos no Porto. Dezasseis hospitais e se não chegar eu conheço mais uns tantos que estão a 30 Kms uns dos outros. Todos a fazer o mesmo . Incentivem as escolas privadas e públicas com melhores resultados e menores custos. Limitem as pensões milionárias. Limitem os salários milionários . E, convençam os maiorais de Bruxelas que é altura de acedermos aos mercados financeiros. Só aí cortamos quatro mil milhões ao ano. Permanentemente!