Faltam as gajas
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O sector do vinho emprega cerca de 200 000 pessoas em geografias onde não há alternativas de emprego. Com o imposto agora prometido, haverá falências das empresas mais pequenas e a exportação será afectada.
Quando nos lembramos do escarcéu que por aí houve com o fecho de escolas sem alunos e de maternidades sem grávidas, estamos conversados. O problema daqueles senhores muito preocupados com o mundo rural está mais que justificado.
No entender de Ana Isabel Alves, a medida vai também provocar o abandono das vinhas, pois deixam de ser rentáveis. “Tememos o abandono da vinha e desertificação do mundo rural. Lembro que nós temos 200 mil hectares de vinha em Portugal. Vai tornar as pequenas empresas inviáveis e inevitavelmente vão verificar-se falências no setor”, sublinhou.
As associações do setor lembram ainda que a “vitivinicultura é muito importante para a manutenção das comunidades rurais e para o ordenamento do território, existindo muitas zonas do país totalmente dependentes desta atividade”.
E o drama que foi por cada tribunal que fechou no interior .
O FMI acaba de anunciar que o défice das contas públicas nacionais ficarão nos 3%, 0,8% acima da previsão do FMI e 0,5% acima do previsto pelo governo.
Face ao comportamento dos indicadores que têm sido anunciados pelas várias instituições financeiras não estamos perante surpresa nenhuma. O governo tem vindo a empurrar os problemas para a frente mas quando é assim chega sempre o momento em que é preciso respirar . Nessa altura a verdade na sua crueza nota-se.
Centeno, que é um técnico mas não é um político, já tinha deixado antever que a sua função resumia-se a conseguir um défice abaixo dos 3% para que Portugal saísse dos países com débitos excessivos. Corremos o risco de enfrentar um sério revês, com o BCE a deixar de nos comprar dívida, a ficar sem parte ou todo o programa dos fundos estruturais e ter que pedir novamente ajuda externa.
Os contribuintes, que estavam mergulhados na incerteza de ter que pagar mais impostos, novos e velhos, agora já podem dormir mais descansados. Os impostos que o governo vem lançando para a opinião pública são mesmo impostos para pagar.
Hoje soubemos que até o vinho vai ser taxado com um IVA mais alto, uma actividade exportadora que vê assim a sua competitividade prejudicada . Depois do sol e das vistas e do dinheiro onde estiver só resta o ar.
Mas não desesperem, com esta solução que António Costa encontrou para salvar a pele, vamos lá chegar.
Ao resgate.