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BandaLarga

as autoestradas da informação

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A economia verde é uma imensa oportunidade de desenvolvimento e bem estar

Aplicar as melhores soluções na poupança da água com tecnologias já conhecidas somo seja a dessalinização da água do mar. Recuperar a água usada e usá-la na rega e lavagem. Recuperar a perda de água na distribuição.

Substituir o transporte individual por transporte público verde nas cidades e intensificar o transporte ferroviário. Substituir a energia baseada no carvão e hidrocarbonetos por energia do vento, das ondas e do sol.

Melhorar a agricultura e a floresta com espécies amigas dos terrenos e com menos necessidade de água. ( no sul do país a agricultura representa 70% do consumo de água).

A curto e médio prazo os três sectores descritos representam uma enorme oportunidade de criação de emprego e o combate eficaz à desertificação que avança.

O espaço da União Europeia com a sua dimensão, interconexão, capacidade tecnológica e capacidade financeira ( o orçamento do green deal europeu aponta para 300 mil milhões de euros) está na liderança do processo. E a economia circular toma forma e volume.

O maior problema global são a pobreza em muitos países e o desenvolvimento da China e da Índia assente nas velhas tecnologias e na mão de obra escrava.

Mas não há tempo para esperar. Milhões de pessoas saem da pobreza todos os anos e a pressão sobre a natureza acentua-se.

Uma Europa verde - 300 mil milhões de Euros para a transição

Pagar a actual dívida pública com a emissão de dívida verde . Quer acabar com os subsídios aos combustíveis fósseis e promover os incentivos necessários à expansão da economia verde. Quer garantir que os mais desfavorecidos não são prejudicados com esta transição e quer colocar o setor financeiro como instrumento catalisador de toda esta mudança de fluxos de investimento.

Para toda esta mudança será necessário investimento: privado e público. Atingir a neutralidade carbónica em 2050 na Europa implica investimentos adicionais anuais entre 175 mil milhões e 290 mil milhões de euros. Em Portugal este valor adicional anual está estimado entre 2,1 mil milhões de euros e 2,5 mil milhões de euros. Quer a nível europeu quer a nível nacional os documentos oficiais são claros ao afirmarem que a grande maioria destes investimentos serão feitos pelas empresas e pelos consumidores, ou seja pelo setor privado.

Existem vários países que já emitiram as chamadas obrigações verdes, ou seja, obrigações cujo capital levantado se destina a investimentos ou despesa pública com impactes ambientais positivos, e que são previamente identificadas e comunicadas aos potenciais investidores. Alguns desses países que já emitiram obrigações verdes são a França, a Bélgica, a Holanda, a Polónia e a Irlanda. A Alemanha comunicou ao mercado no final de 2019, que irá em 2020 emitir uma obrigação verde para promover os investimentos verdes necessários à descarbonização da economia. A Itália também fez semelhante comunicação. Ou seja, muitos Estados europeus estão a ver nas emissões verdes soberanas uma forma de incorporar questões ambientais nos investimentos necessários a realizar nos seus países de forma a alcançar a neutralidade carbónica. Os investimentos em tecnologias verdes e em energia limpa contribuem também para uma maior produtividade do país, o que terá consequências positivas a médio prazo nas contas nacionais e na criação de novos empregos.

É "verde" e é inteligente

Usar por ser gratuito ou por ter  baixo custo não é a forma mais económica de comportamento. Um exemplo é o baixo custo dos sacos de plástico nos supermercados. Todos os dias compro um ou dois sacos quando bem podia levar um saco reutilizável de casa. Outro exemplo é o copo de água gratuito nos cafés que não bebemos ou que desperdiçamos. Na Suíça um copo de água numa esplanada custa 50 cêntimos. Para terem uma ideia do desperdício experimentem fazer este exercício. Peçam um "carioca de limão" ( água quente com 2 cascas de limão). Na esplanada que frequento custa 1,20 euros. Um copo de água é gratuito. Isto é, a casca de laranja custa 1,00 euro e a água é de graça.( admitindo que 20 cêntimos é para o aquecimento da água). Não há "água" que aguente seja ela pública ou privada.  E os sacos de plástico vão dando cabo dos mares e do planeta. Se nada mudasse no consumo de sacos plásticos, a receita atingiria os 370 milhões de euros já em 2015, exemplificou o ministro do Ambiente. Mas a expectativa do governo  é que o consumo de 460 sacos por ano, que o ministro qualifica de “inaceitável” baixe para 50 sacos por consumidor. É este número que dará a receita de 40 milhões.

 

O verde boomerang

Uma verde moção de censura converteu-se numa afirmação de coesão. Numa moção de confiança. E as regras são estas. Se aprovada, a moção de censura levaria o governo à demissão. Não sendo assim reafirmou a confiança da maioria no governo.

Não se pode lançar um boomerang sem antes proteger a cabeça com um capacete adequado. E não se pode dizer agora que o governo não saiu fortalecido. São as regras do jogo.