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BandaLarga

as autoestradas da informação

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António Costa a chamar o diabo

Foram os incêndios, o roubo de Tancos, as cativações, o défice externo, a dívida e agora a PT e a Autoeuropa. E o discurso de verão.

Concebida para resistir o tempo possível, a actual solução de Governo está presa à sua transitoriedade original e dificilmente poderá projectar o país para tempo algum a não ser o do quotidiano. Nem o “optimismo crónico e às vezes ligeiramente irritante” de António Costa chega para apagar a imagem de que é um primeiro-ministro limitado pela sua minoria no Parlamento e pela necessidade de negociar com partidos que, na economia pelo menos, falam uma língua diferente. O modelo poupa-nos à instabilidade política, o que é uma dádiva, mas não dá para muito mais. O equilíbrio entre as pressões de Bruxelas e as exigências dos seus parceiros obriga a que o imediatismo tenha prioridade sobre a visão a prazo. Com greves como a da Autoeuropa, com palavras como investimento, risco, exportação, competitividade ou produtividade cada vez mais distantes do quotidiano, vai-se vivendo um dia de cada vez. O diabo, é certo, não está ao virar da esquina, mas foi num manto de lassidão assim que o défice, a dívida e a troika encontraram o ecossistema ideal para prosperar.

Pode acontecer que o governo arda este verão

António Costa optou por uma táctica de disseminação de responsabilidades — como bem notou António Barreto no Diário de Notícias. Num primeiro momento, cedeu ao PSD a criação de uma equipa de peritos no âmbito do Parlamento e disparou perguntas e inquéritos, para, depois, impor a "lei da rolha" aos bombeiros. E, desde o início, desvalorizou o papel de esclarecimento público do Estado e a responsabilidade política do Governo.

Mas, perante a pressão da comunicação social, Costa despistou-se. Levado pelo seu excesso de auto-suficiência, começou a precipitar-se nas respostas, como na declaração de que estava tudo esclarecido sobre os mortos de Pedrógão. E colocou-se no "olho do furacão". Nada indica estar em causa a solidez da maioria que apoia o Governo, mas pode até acontecer que o Governo arda este Verão. Se isso acontecer, dever-se-á apenas à incapacidade do primeiro-ministro de evitar tropeçar no novelo que criou.

PS : São José Almeida - Público

As universidades de verão dos partidos não concedem licenciaturas ?

Se não concedem deviam conceder . Andam os boys e as girls a ouvir personalidades ( que passaram pelas mesmas universidades) e afinal é o que se vê. Mentem com todos os dentes como se tirar uma licenciatura numa qualquer universidade pública ou privada dê créditos e conhecimentos superiores às universidades de verão. Nem pó. É nestas universidades onde os boys e as girls aprendem como singrar politicamente. Não saber de nada e falar de tudo .

Não se vê como os economistas do Quelhas e do ISCTE não acertam uma, nem de perto nem de longe ? Era por falta de dinheiro que as contas não estavam equilibradas. Veio o dinheiro e as contas ficaram equilibradas ? E a economia não cresce há quinze anos, a culpa é dos boys e das girls?

Acho mesmo que esta coisa das licenciaturas falsas não passa de uma forma que a comunicação social encontrou para dizer mal de quem ocupa o poder. Reparem, ocupa o poder, ninguém falou em exercer o poder. Aí as coisas fiam mais fino. Mas tudo isto de na mesma semana dois "okupas" terem sido desmascarados, não passa de uma campanha na linha das que perseguiram grandes políticos e estadistas. Nem vale a pena referir nomes. Gente culta, sabedora, com muito a partilhar .

Quando os dirigentes são operários e camponeses não há problemas destes a não ser que sejam intelectuais disfarçados. Ou aquelas moçoilas doutoradas que nunca trabalharam mas que sabem tudo sobre empresas e trabalhadores. Nestes casos todos sabem ao que vão. Não há demissões .

Vá lá deixem-se de humilhar os boys e as girls e passem-lhes o certificado de verão. Afinal ninguém está à espera que eles e elas sejam uns barras.