O Estado com apenas 25% do capital garante 43% dos prejuízos. E diz António Costa que o Estado não dá garantias directas nem indirectas . Olha se desse .
A informação é avançada pelo Negócios. Segundo aquele jornal, o Novo Banco tem uma carteira de ativos problemáticos avaliada em 9 mil milhões de euros. O acordo prevê que o Fundo de Resolução poderá ser chamado cobrir perdas até 3.890 milhões, o que representa quase metade do total.
Novo Banco, ficou definida a criação de um novo “mecanismo de capitalização contingente” para acomodar esses ativos problemáticos. Se esses ativos se desvalorizarem ou se os níveis de capitalização do Novo Banco desceram para lá dos limites definidos, o Fundo de Resolução será chamado a suportar as perdas.
Isto não é uma venda, é um acordo em que o Estado vende o banco gratuitamente e ainda garante quase metade das eventuais e mais que certas perdas futuras .
E o Presidente da República também diz para o pagante dormir descansado mesmo com este pesadelo às costas .
Mas não é o Bloco de Esquerda que vai bloquear são os grandes investidores que se sentem fortemente prejudicados . Vão avançar com uma acção em tribunal para parar o processo de venda. PCP e o BE vão ver o grande capital fazer o trabalho que os próprios não têm coragem de fazer.
É assim o estado de direito . Há opiniões diferentes e há a Lei. É a democracia.
“Perante uma ação tão discriminatória e prejudicial, o grupo que representa mais de dois terços dos títulos no valor de 2,2 mil milhões de euros não tem alternativa se não avançar com procedimentos legais contra o Banco de Portugal, numa tentativa de recuperar as perdas dos seus clientes“, refere a BlackRock, em comunicado enviado às redações.
“Vários membros do grupo vão procurar uma injunção para bloquear a venda do Novo Banco durante a semana que começa a 3 de abril de 2017. As regras que governam o processo de venda são discriminatórias e violam as leis .europeias e portuguesas”, acrescenta a gestora de ativos. Isto porque fechar a venda “afetaria a capacidade dos seus clientes de recuperar as perdas”.
É, claro, que PCP e BE não podem fazer outra coisa que não seja apoiar o governo na solução encontrada para o Novo Banco . Mas até lá vão mostrar que estão muito incomodados agendando discussões parlamentares . Se o PSD e o CDS se juntarem ao PS para aprovar o negócio ainda melhor . Pimenta no rabinho do vizinho...
Para o dirigente comunista, "a entrega do Novo Banco à Lone Star, decidida pelo Governo PS, seguindo o caminho do anterior Governo PSD/CDS e secundada pelo Presidente da República, não é, como afirmou o atual primeiro-ministro, nem a menos má das soluções nem a única possível" e "pode trazer prejuízos diretos para o Estado superiores a três mil milhões de euros".
"Procurando justificar a decisão da venda, o primeiro-ministro fez o exercício de comparar os custos da nacionalização do Novo Banco - sete mil milhões de euros, fruto da imposição de rácios por parte do Banco Central Europeu por ser um banco nacionalizado. Mais uma vez, o que determinou a decisão de não nacionalizar não foi o interesse nacional, mas as imposições das instituições europeias que o Governo PS assume como opção", continuou.
Nacionalizar, claro. A CAIXA mostra bem como é boa a opção defendida pelo PCP e BE .
Bem me lembro de ter estranhado que o relatório do BPI sobre o BES não ter tido consequências. E lembro-me que o BES andava a vender aos seus balcões aplicações no GES. E também estranhei que os clientes embarcassem na tramóia.
É que agora está a nascer uma batota igual. A CAIXA vai ter que arranjar mil milhões de euros no privado para realizar uma parte da recapitalização . E, como já é evidente, também vai vender os títulos aos seus balcões aos seus clientes. Com um juro de 5/6% vai ser uma fartura de interessados. E se a taxa referida não chegar a CAIXA até pode oferecer uma taxa pornográfica de 10%. Ajuda a fazer as contas. As velhinhas que têm lá os seus depósitos irão na conversa . Como foram anos seguidos na conversa do Ricardo...
Mas trata-se do estado, o Presidente da República já anda a ajudar a festa como os anteriores ajudaram na fraude do BES. Não há nem havia qualquer risco, está tudo sólido . Depois as velhinhas ficam sem o dinheiro, e os sabichões manipuladores vão arranjar desculpas vergonhosas.
Deve ser esta a tal reversão do empobrecimento. A venda de carros ultrapassou os 231 000 e é a maior dos últimos cinco anos. Como o dinheiro da reversão prometida pelo actual governo ainda não chegou aos bolsos dos funcionários públicos e dos pensionistas , isto quer dizer que já estamos a gastar por conta.
Nada que não se esperasse. Aumentar as importações é o único efeito certo das medidas tomadas por António Costa. E como comprar carro não é propriamente a prioridade dos que ganham o salário mínimo e não é com um aumento de 25 Euros/ que o podem fazer, então quem os está a comprar são os que se queixam que nos últimos anos foram muito penalizados.
Assistimos desde 2013 a uma retoma do mercado após a fortíssima queda ocorrida nos anos de 2011 e 2012, não se tendo verificado ainda a recuperação para valores considerados normais para a dimensão do país" .
Ainda assim, desde 2010 – quando foram vendidos 272.754 automóveis e antes da chegada da troika a Portugal – que não se registavam dados tão positivos.
As vendas de automóveis em Portugal subiram 24% em 2015 face a 2014. No total do ano foram comercializadas 231.645 unidades, entre ligeiros de passageiros, comerciais e pesados.
A venda dos ligeiros de passageiros indica-nos que o empobrecimento dos cidadãos não atingiu a calamidade que nos querem impingir. Os comerciais e pesados indica-nos que a actividade económica não se afundou como nos querem fazer crer.
Será por ser assim que a oposição foi derrotada nas eleições ?
Em entrevista à SICN, Jorge Tomé CEO do BANIF reafirma que não há nenhum buraco nas contas do banco e que o resultado da venda promovida pelo governo é desastroso.
Para Jorge Tomé, o valor do Banif é superior aos 150 milhões de euros. “A partir do momento em que separamos os ativos não bancários e vendemos o banco limpo, considerando os múltiplos do mercado, o valor do Banif seria de cerca de 400 milhões de euros”.
Sobre a notícia da TVI, que apontava para o fecho do banco, Jorge Tomé respondeu: “Não sei se foi intencional, mas foi tendenciosa e penalizou o valor do banco, que perdeu cerca de mil milhões de euros, de segunda para sexta”. -
Jorge Tomé pede uma auditoria ao Banco de Portugal : “Acho que se devia fazer uma auditoria ao Banco de Portugal, ao processo de venda e ao processo de resolução”, afirmou Jorge Tomé, antigo presidente do Banif. Em entrevista ao Negócios da Semana na SIC Notícias, o ex-presidente do Banco Internacional do Funchal fez duras criticas à atuação do supervisor bancário.
Como é que apareceu uma conta de 3 600 milhões para os contribuintes pagarem ? Eis uma pergunta que tem que ter uma resposta.
O caso precisa de ser resolvido nos próximos dias dado que a 1 de janeiro de 2016 entra em vigor uma diretiva comunitária que impõe o bailin com recursos a meios internos. Ou seja, o Banif (neste caso o Estado) - dado que o banco não tem capacidade para encontrar novos empréstimos no mercado - seria obrigado a transformar dívida (por exemplo, os 125 milhões que estão por pagar) e os depósitos em capital.
Esta última solução, o bailin dos depositantes, obriga à transformação de depósitos superiores a 100 mil euros em capital. Segundo o Público, António Costa não equaciona esta hipótese "mais agressiva e com risco sistémico".
Os problemas são os mesmos BES) e as respostas são europeias. Felizmente que já não se pensa na nacionalização (BPN) que começou por custar 400 milhões e já vai nos 7 000 milhões ...
Afinal a montanha pariu um rato. Costa já admite que o caso Banco Novo não tem impacto financeiro trata-se, segundo o próprio, um caso de credibilidade dos políticos. Isto é, o Banco Novo era para ser vendido rapidamente mas, as condições de mercado aconselharam a vender mais tarde . Não se percebe onde está a credibilidade . Vender mais tarde para vender melhor é o ABC dos negócios.
A ministra das Finanças admitiu ainda que caso o Novo Banco necessite de futuras recapitalizações, o Fundo de Resolução possa ser chamado a aplicar mais dinheiro, mas isso também não implicaria mais austeridade. O tratamento seria exactamente o mesmo que o de agora, defendeu, relembrando ainda que em caso de necessitar de capital, o Novo Banco poderá ser recapitalizado também por um eventual novo comprador ou por vendas de activos.
Será que aqueles jovens economistas vindos das JOTAS tiraram o curso ao domingo ?
Como não podia deixar de ser o impacto da não venda do Novo Banco é considerado por Bruxelas como uma operação de efeitos meramente contabilísticos, não tendo nenhum efeito no deficite.
Não tem consequências no défice e na dívida de 2015 nem no esforço estrutural em 2014 e 2015, o que constitui um parâmetro chave para a avaliação do cumprimento das regras orçamentais da UE. Por outras palavras, trata-se de uma questão meramente contabilística e não afecta o trajecto de Portugal de correcção do défice excessivo nem exige medidas compensatórias”, considerou o vice-presidente do executivo comunitário.
O que é evidente para quem não está em desespero .A oposição mente sabendo bem que mente.
OE2015: Bruxelas afasta necessidade de medidas adicionais devido ao Novo Banco
Costa garante que défice não prejudica programa “sólido e credível” do PS
O tribunal não aceitou a providência cautelar interposta pelo Movimento "Não TAPes os olhos". Segue-se a aprovação de Bruxelas que tudo indica será conferida. A TAP vai ficar na mesma situação das companhias de bandeira europeias. Isto é, vai acertar o passo.
O Supremo Tribunal Administrativo decidiu esta segunda-feira indeferir a providência cautelar requerida pela Associação Peço A Palavra, que visava suspender a reprivatização da TAP", disse à Lusa fonte governamental.
Segundo a mesma fonte do executivo PSD/CDS-PP, o STA decidiu "indeferir o incidente de declaração de ineficácia de atos de execução indevida" e "julgar totalmente improcedente a pretensão cautelar 'sub specie', recusando a providência requerida".