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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Os vales-cirurgia por parte dos hospitais públicos estão a aumentar brutalmente

Mas como o Estado não paga os hospitais privados estão a recusar-se a operar. O atraso no pagamento já vai em dois anos.

Só ao Hospital da Ordem Terceira, as unidades do SNS devem mais de seis milhões de euros por 3250 cirurgias.

Questionado pelo “Público”, fonte oficial do Hospital de Jesus, em Lisboa, confirmou que a mesma situação se repete. “Temos faturas em atraso com mais de dois anos e uma dívida que ultrapassa os dois milhões de euros”, contou.

E os doentes andam com os vales na mão à procura de quem os opere e as listas de espera não se reduzem.

É, bem claro, que um Estado pobre não pode ter um SNS rico e que corresponda às necessidades dos cidadãos e que, quem pode, irá cada vez mais recorrer aos privados. É assim em todos os países europeus. À medida que o rendimento das famílias melhora a oferta privada crescerá ainda mais. 

A ideologia não cura doenças.

Os contratos de associação na saúde com os privados

Foram emitidos 111 mil vales de cirurgia para que os doentes possam ser operados nos hospitais privados. Mesmo assim há uma lista de espera ( supõe-se que dentro do prazo terapêutico indicado) de 194 mil cirurgias. Que fazer ? Construir hospitais públicos e abandonar os hospitais privados já construídos ? A capacidade instalada desperdiçada por dar lucro ?

Porque é esta, não tenhamos dúvidas, a lógica que hoje se discute na Educação e que uma vez ultrapassada se orientará para o SNS e assim sucessivamente. Um assalto óbvio dos estatistas à iniciativa privada.

A factura vai nos 100 milhões de euros mas os vales-cirurgia relativa a 2015 podia ser ainda superior. Como o Jornal de Notícias noticiou em Março, vários hospitais do Norte e do Centro do país estão a boicotar a possibilidade dos doentes que não conseguem operar dentro dos prazos regulamentados serem intervencionados noutros estabelecimentos hospitalares. A Entidade Reguladora da Saúde já registou mais de três centenas de reclamações a nível nacional desde o início de 2015.

Hoje os alunos amanhã os doentes ?

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