Não se colocando a questão dos custos do estado, que passavam para os rendimentos futuros dos estudantes, porque se colocariam numerus clausus nas universidades? Porque é que a Física do Técnico não poderia ter 300 vagas em vez das poucas que tem hoje? Porque é que só se pode entrar nesse curso com 18.45, limitando-o a miúdos cujas características familiares e pessoais não são acessíveis a ninguém? Afinal, havendo quem pague, que justificação tem o Estado para limitar as universidades que querem trabalhar?
Estou a falar desta mentira porque é complicado falarmos em melhorar o que quer que seja se continuamos a laborar numa mentira. O tema que quero introduzir é o tema do acesso à formação, seja ela universitária ou não. Algo que em Portugal sofre de profundas patologias, que são mais surpreendentes por sermos tão poucos e cada um valer tanto.
Mas o mais engraçado nisto tudo é que ainda que se montasse um sistema que trouxesse de facto os recursos financeiros a todos, de forma a que todos pudessem optar por uma educação de primeira água com recurso a crédito que é, de facto, de muito baixo risco, ainda haveria uma deputada qualquer da esquerda radical a dizer que estávamos a prejudicar as universidades do interior para fomentar o lucro dos bancos. É que também nos é dito todos os dias que Portugal não é pobre por azar, é pobre porque quer.
Uma das razões mais fortes para Portugal integrar a União Europeia é poder participar nas investigações cientificas que exigem enormes montantes de dinheiro e redes de cientistas e do conhecimento que nenhum país sozinho consegue ter .
Onde ficaria Portugal na ciência, no desenvolvimento tecnológico, na investigação, na inovação se não fizesse parte da comunidade europeia ? E tudo isto tem que ver com a capacidade da nossa economia, com as nossas universidades, as nossas empresas exportadoras, os nossos produtos. Novamente remetidos para o isolamento internacional, o regresso ao "orgulhosamente sós", ao atraso e à miséria é a alternativa .
E é este isolamento que BE e PCP exigem contra toda a evidência subordinando tudo à ideologia que defendem.
Portugal lidera consórcio de 20 países europeus para investigar as ondas gravitacionais
O português Vítor Cardoso, investigador e professor do Centro Multidisciplinar de Astrofísica do Instituto Superior Técnico (IST), vai liderar o consórcio de mais de 20 países e 100 cientistas europeus que pretende estudar nos próximos cinco anos todos os aspetos teóricos dos buracos negros e das ondas gravitacionais geradas pela sua colisão. Esta investigação vai revolucionar o nosso conhecimento sobre a origem e a evolução do Universo.
O consórcio foi formado no âmbito do programa europeu de apoio à ciência e inovação Horizonte 2020 e em Portugal, além de uma equipa do IST, envolve também uma equipa de cientistas da Universidade de Aveiro, liderada pelo professor e investigador Carlos Herdeiro.
Os mais de 100 cientistas europeus vão desenvolver o projeto GWVERSE (Gravitational Waves of the Universe),
Se não concedem deviam conceder . Andam os boys e as girls a ouvir personalidades ( que passaram pelas mesmas universidades) e afinal é o que se vê. Mentem com todos os dentes como se tirar uma licenciatura numa qualquer universidade pública ou privada dê créditos e conhecimentos superiores às universidades de verão. Nem pó. É nestas universidades onde os boys e as girls aprendem como singrar politicamente. Não saber de nada e falar de tudo .
Não se vê como os economistas do Quelhas e do ISCTE não acertam uma, nem de perto nem de longe ? Era por falta de dinheiro que as contas não estavam equilibradas. Veio o dinheiro e as contas ficaram equilibradas ? E a economia não cresce há quinze anos, a culpa é dos boys e das girls?
Acho mesmo que esta coisa das licenciaturas falsas não passa de uma forma que a comunicação social encontrou para dizer mal de quem ocupa o poder. Reparem, ocupa o poder, ninguém falou em exercer o poder. Aí as coisas fiam mais fino. Mas tudo isto de na mesma semana dois "okupas" terem sido desmascarados, não passa de uma campanha na linha das que perseguiram grandes políticos e estadistas. Nem vale a pena referir nomes. Gente culta, sabedora, com muito a partilhar .
Quando os dirigentes são operários e camponeses não há problemas destes a não ser que sejam intelectuais disfarçados. Ou aquelas moçoilas doutoradas que nunca trabalharam mas que sabem tudo sobre empresas e trabalhadores. Nestes casos todos sabem ao que vão. Não há demissões .
Vá lá deixem-se de humilhar os boys e as girls e passem-lhes o certificado de verão. Afinal ninguém está à espera que eles e elas sejam uns barras.
Agora é a Universidade católica que revê em baixa o crescimento da economia para 0,9% e um défice superior a 3%. Há dois dias foi o Barclays que reviu o PIB para menos de 1% e um défice a rondar os 4%. Entretanto o governo mantem no orçamento um crescimento de 1,8% e um défice de 2,8% e diz que vai tudo bem. Quem duvidar de António Costa é reaccionário.
"Os riscos para a economia são agora predominantemente descendentes, destacando-se uma forte preocupação com a evolução do investimento que voltou a recuar no início do ano, sugerindo que o processo de recuperação da economia portuguesa sofreu uma interrupção."
O observatório que entre outros integra Carvalho da Silva e o economista José Reis, qualquer um deles reconhecidamente comunista, apresenta como solução haver mais estado. Percebe-se que com mais estado teremos mais despesa pública, mais impostos, mais funcionários públicos, mais observatórios e mais investimento público. E como o dinheiro dos impostos não dá para tudo teremos famílias com menos dinheiro, a consumir menos, empresas a pagar mais impostos e menos competitivas, trabalhadores no privado a quererem deixar as fábricas e os campos e passarem a ser funcionários públicos...
O famoso observatório pertence à Universidade de Coimbra pelo que é pago com os impostos dos contribuintes, os mesmos que em eleições livres, andam a votar maioritariamente nos partidos que defendem menos estado. Como a solução proposta pelo observatório resulta de estudos científicos ( de outra forma não seria nem observatório nem pertenceria a uma Universidade) quem está errado é o povo. Qual troika, qual MFI ? Temos aí o observatório que tem vasta experiência na situação. Só cá em Portugal já "observou" três...
Esta gente que frequenta as Universidades pode ser a geração mais preparada de sempre mas é também a mais perigosa e a mais cretina. Converte a brincadeira sadia em morte. Nas suas actividades há sempre confronto, hierarquia, vencidos e vencedores. Ou já é tarde e não têm cura ou então são uns rapazolas sem auto estima e sem maturidade. Uns garotos que navegam entre a bebedeira alcoólica e a bebedeira da vaidade, do traje, da academia .Deu-lhes para se matarem uns aos outros. Um dia destes começam a matar quem tiver a ousadia de os confrontar. Andamos a gastar dinheiro com atrasados mentais que não conseguem antecipar os problemas. Meninos que precisam da segurança de um jardim escola mas que reivindicam autonomia e se consideram lídimos representantes da academia. Com esta Educação vamos longe. "Aconteceu no contexto de uma praxe mas não teve nada a ver com a praxe " diz quem viu. Aonde é que nós já ouvimos isto, tendo como fundo o barulho das ondas?
Passos Coelho afirmou ontem que há universidades portuguesas que mantêm «cursos que não fazem sentido apenas porque não sabem o que hão de fazer aos professores que lá têm e apesar dos pouquíssimos alunos que se inscrevem naqueles cursos».
«Há de haver um dia em que essas instituições chegarão à conclusão de que não faz sentido manterem essa oferta», acrescentou Passos Coelho, na inauguração de um centro de investigação e desenvolvimento na área dos jogos digitais, em Barcelos. «Não tenham dúvida, há hoje uma grande desacerto entre a procura que as empresas fazem de mão de obra qualificada, de oferta diferenciada de tipo superior e aquela que o mercado disponibiliza». Sim, estamos a falar de dinheiros públicos!
Cortaram o diálogo com o governo. Sofreram cortes nos dinheiros distribuídos do orçamento do Estado. Habituados, com ele a cair certinho segundo o número de alunos e de cursos, estão furiosos. Bem sei que as universidades têm melhorado muito, sendo já uma parte das suas receitas, receitas próprias, mas o país está como está. Todos temos que poupar.
Os senhores reitores em vez de amuarem, deviam ver neste aperto uma oportunidade para fazerem melhor, conseguirem mais receitas próprias. E cortarem nas despesas. É sempre possível melhorar a rentabilidade. Mas não com amuos porque não levam a lado nenhum. Eu também já amuei mas tive que cortar na despesa.
Estas pessoas que toda a vida viveram à mesa do Orçamento do Estado deviam ter uma experiência numa PME. Produzir, vender, pagar salários, impostos e fornecedores. Sem rede.
Tive o cuidado de não dizer nada tal a notícia me pareceu obtusa. Os senhores reitores das Universidades não entregavam a proposta de orçamento porque as finanças não deixavam que captassem mais receitas próprias. Dei voltas à cabeça. Que diabo, quem e o quê ganharia com isso? Mas nestas coisas de sábios há que ter cuidados redobrados.
Chegou agora pela mão do secretário de estado da Educação que afinal se trata de uma má interpretação por parte dos reitores de uma normativa para a execução do orçamento. Podem e devem captar mais receitas próprias e muito especialmente as provenientes de projectos internacionais em que estão envolvidos.
Isto é claro que não é falta de conhecimentos pois bastaria um telefonema para o secretário de estado e tudo se resolveria. Isto é o ruído habitual de quem está muito indignado por ter que cumprir a disciplina orçamental. É a reacção de quem está habituado a não dar troco a ninguém .
Os reitores das universidades consideram os "rankings" um instrumento fundamental para obter resultados. Ao ponto de considerarem que o financiamento do estado deve levar em linha a classificação. Quem obtém melhor classificação deve ser premiado com mais financiamento.
Na escola pública é que não. Segundo os sindicalistas, as classificações são injustas por as escolas não gozarem das mesmas circunstâncias, do mesmo ambiente social e de alunos oriundos do mesmo estrato social. É claro que as universidades também não . Mas ao contrário dos sindicatos os reitores não têm medo de comparações.
O que espero é que a dotação do próximo Orçamento do Estado seja em linha com o desempenho das universidades portuguesas, e que permita consolidar os resultados. O financiamento público não pode abrandar. O ajustamento financeiro foi feito violentamente no passado e não aguentamos mais cortes”, declarou à Lusa António Cruz Serra, reitor da nova Universidade de Lisboa, e antigo reitor da Universidade Técnica de Lisboa.
Cruz Serra fez ainda questão de sublinhar que as universidades portuguesas têm tido desempenhos melhores do que muitos sectores da economia, para justificar a manutenção do financiamento, e disse também que acredita que numa próxima avaliação, já à nova Universidade de Lisboa, o resultado pode traduzir-se numa “melhoria muito significativa do posicionamento”.