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BandaLarga

as autoestradas da informação

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O governo tem novamente os parceiros contra

Agora na mobilidade urbana. Os táxis querem manter o monopólio do transporte individual de passageiros. Como acontece em vários sectores das economia acordaram tarde para a inovação.

O PCP está contra e o BE, não quer tomar posição embora no geral esteja contra. O governo espera que o PSD desate o nó e vote a favor.  Isto é, a regulamentação da UBER está nas mãos do PSD e a proposta do governo também. Temos novamente sarilho .

No início de janeiro, quando o Parlamento discutiu duas petições (uma contra e outra a favor da Uber), Paulo Neves disse que o PSD defendia “uma rigorosa legislação, que defenda os direitos de quem utiliza e de quem trabalha na mobilidade urbana. E isto aplica-se a taxistas e a estas plataformas”, acrescentando que “é errado ‘ideologizar’ esta questão”. Sobre aquele que será o sentido de voto do PSD quando for discutida a proposta de regulamentação, não teceu comentários.

Estas plataformas já funcionam em vários países europeus querer que não operem em Portugal é uma manifestação do pior conservadorismo.

O PSD tem mais uma vez a palavra.

Em 2011 os taxistas cercaram o aeroporto na Grécia

A razão foi a mesma. Proteger um monopólio, uma associação de interesses e impedir a inovação do sector :

"Durante muito tempo, o Estado permitiu que um número limitado de indivíduos e de empresas explorasse, em regime de exclusivo, o transporte público individualizado nas grandes cidades. Os preços eram tabelados, os profissionais vigiavam-se mutuamente, e ninguém inovava. Como os seus porta-vozes lembraram, os taxistas prestavam um “serviço público”. Eram, de facto, concessionários de um monopólio estatal. Para entrar no meio, era preciso investir na autorização legal e depois integrar-se nos costumes e rituais da corporação. Como em todos os “serviços públicos”, o próprio prestador, o seu posto de trabalho e o seu conforto tornaram-se a principal razão de ser do serviço. O utilizador passou a ser frequentemente tratado como um incómodo, segundo o costume das repartições públicas. Daí essa figura característica do “taxista”, de que toda a gente tem histórias. Daí, também, o seu “espírito de classe” e a sua cultura peculiar, que só existe porque o Estado, ao reprimir a concorrência, dispensou as empresas e os seus empregados de mimarem os utentes e até às vezes de os servirem bem, deixando-os à vontade para manifestarem todas as suas idiossincrasias. É significativa, a esse respeito, a enumeração dos objectivos da actual campanha por um dos líderes do sector: “defender postos de trabalho” e o “símbolo histórico e cultural do táxi”.

Os taxistas querem manter o monopólio

Em vez de se adaptarem ao progresso inevitável, à concorrência, os taxistas querem parar o progresso. Querem parar as novas tecnologias e manter o monopólio. Cabe ao estado regular e prover a igualdade de direito e deveres. O governo neste caso tem razão. Não se para a água dos rios com as palmas das mãos. E o monopólio de que tantos grupos de interesses gozam no país tem que terminar sob pena de atrasar ainda mais o país.

“O automóvel tem de deixar de ser rei, o serviço dos transportes coletivos tem de ser melhorado a pensar num novo padrão de procura a cada dia menos determinístico, as cidades terão de desenhar o seu espaço público e pensar nos peões e nas bicicletas. Este é o grande esforço deste Governo”, escreveu.

Sublinhando que os táxis têm direitos e obrigações de serviço público, como os benefícios fiscais na compra de carros ou o uso exclusivo das praças e da faixa BUS, João Matos Fernandes acrescenta que o desenvolvimento de plataformas de contratação de serviços de mobilidade “é um fenómeno mundial, filho da sociedade de informação, e como qualquer serviço económico com esta génese cresce apenas com as regras do mercado, existindo porque os clientes o desejam”.

Entretanto, no Metro, a coberto do quero possso e mando, não há bilhetes para vender aos passageiros. Pode ser sempre pior do que podemos imaginar.

Um partido profundamente conservador e reaccionário

O PCP está contra a regulação do serviço fornecido pelas plataformas de transporte de passageiros, porque segundo o PCP vem causar prejuízos ao monopólio dos táxis. A razão principal é que estas plataformas são propriedade de multinacionais enquanto os táxis são propriedade de nacionais.

Para os comunistas, que tentam parar o progresso e a inovação, a qualidade do serviço prestado aos clientes não é para aqui chamada bem como a liberdade de escolha. Os direitos dos utentes - os cidadãos -não contam. Como nunca contam quando o mesmo PCP impede a liberdade de escolha nas escolas, nos hospitais e em todos os outros serviços que podem ser fornecidos com mais qualidade em transparente concorrência.

Os táxis preparam uma manifestação para 10 de Outubro que o PCP já está a cavalgar em seu proveito. Vamos lá estar atentos quanto é que as organizações proprietárias dos táxis vão sacar ao estado para se calarem depois de já terem recebido 6 milhões.

E o custo que baixa com a concorrência também não conta o que conta é o monopólio nuns casos do estado noutros casos de organizações de interesses. Os clientes, para o PCP, estão arredados desta discussão.  

“Entendemos esta decisão do governo como uma cedência às imposições e interesses das multinacionais, que confronta claramente o país e coloca em risco milhares de empregos num setor que, tendo muito para melhorar, é predominantemente de base nacional”, argumentou.

É clarinho que se criarão muitos postos de trabalho e que os cidadãos serão melhor servidos.

Os taxistas podem parar a inovação e a tecnologia na mobilidade urbana ?

Quadro legal à parte a UBER é o futuro e a inovação. Os táxis são o passado. Pode-se manter protegida a actividade por algum tempo mas não pelo tempo todo.

O governo tem que legislar no sentido da actividade estar regulada e ser igual para todos. Mas se a UBER presta melhores serviços e mais baratos não há como impedir o seu negócio. Até porque a sua sede está na Holanda.

Acresce que uma sondagem veio mostrar que os portugueses de Lisboa e Porto estão maioritariamente a favor da UBER e muito satisfeitos com o serviço prestado.

Neste estudo da Eurosondagem para a Uber - que visou avaliar a percepção dos consumidores relativamente ao papel da tecnologia na mobilidade urbana - 26,2% dos inquiridos disseram já ter experimentado os serviços desta plataforma electrónica de reserva de transporte, sendo que 94,1% classificam a sua experiência com as viagens pedidas através da Uber como "muito boa" ou "boa". Um total de 3% considera que foi "má" e 1,1% diz ter sido "muito má".