Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

BandaLarga

as autoestradas da informação

BandaLarga

as autoestradas da informação

Abrir as portas a todos os esfomeados do mundo não é viável

Pode ser romântico mas não é viável.

Abrir as portas e deixar entrar todos os esfomeados do mundo, por mais romântico que possa parecer a alguns, não é sequer viável, quanto mais desejável. O que é diferente da obrigação óbvia de salvar as vidas dos que estão a morrer, em terra ou no mar. Deixar milhares amontoados em campos insalubres e sem qualquer controlo é grotesco, mas é o que temos feito. Impor uma distribuição interna obrigando refugiados e migrantes a ir para onde não querem nem são queridos é uma fonte de sarilhos pronta a rebentar de novo. E quando os casos de coronavírus estoirarem entre imigrantes ou no meio desses campos, a crise será enorme e a pressão política ainda mais complicada.

Todas a soluções possíveis são difíceis, mas não têm de ser piores do que o que temos: Erdogan transformado em guarda-fronteiriço da Europa e 4 anos sem tomar decisões.

A União Europeia baseia-se nos valores cristãos

É a natureza mais profunda da Europa. É também por isso que a UE deve deixar de fora a Turquia de Ergodan.

"Temos orgulho de este continente ter uma influência cristã" e "não é algo para os museus, isso deve guiar-nos para o futuro", disse Weber na cidade alemã de Munster, durante o comício de abertura da campanha das europeias dos partidos de centro-direita no poder na Alemanha, a CDU de Angela Merkel e a CSU da Baviera, da qual é membro."

E há fundadas razões para isso : O arcebispo de Estrasburgo, Luc Ravel, nomeado pelo Papa Francisco em fevereiro, declarou recentemente que "os muçulmanos devotos estão cansados de saber que a sua fertilidade é tal hoje, que eles a chamam de... a Grande Substituição. Eles afirmam de maneira tranquila e resoluta: "um dia, tudo isso, tudo isso, será nosso"...

Para a Turquia a solução é a União Europeia

O Presidente da Turquia nem quer ouvir falar da solução apresentada pelo Presidente francês Uma parceria com a UE .

"A UE bloqueou as negociações sobre a adesão e transmite a ideia que o impasse nas negociações é por nossa causa. É uma injustiça, assim como é o facto de certos países da UE avançarem com outras propostas alternativas à adesão", criticou Erdogan.

 No início de janeiro, o presidente francês, Emmanuel Macron, propôs ao chefe de Estado turco uma "parceria" com a União Europeia, em vez da adesão.

"Nós desejamos uma plena adesão à UE. As outras opções não nos satisfazem", insistiu Erdogan.

Alguém diga a Erdogan que para se ser membro da UE é preciso ser uma democracia com prevalência do Estado de direito.

Todos querem entrar para a UE mas nem todos querem cumprir as regras.

Um bom acordo Brexit pode ser a solução para a Turquia e Ucrânia

União Europeia não pode continuar a alargar-se sem que primeiro consolide o que já tem. Há muitas nações saídas da ex-URSS que anseiam entrar na UE. A sua dimensão não é factor impeditivo mas no que à Turquia e à Ucrânia diz respeito a coisa muda de figura.

A Turquia com os seus 80 milhões de habitantes no seio da UE passaria a ser o segundo país com mais deputados em Bruxelas logo após a Alemanha. A Turquia da Democracia frágil, dos golpes militares , da sociedade islâmica, do Presidente pode tudo.

A Ucrânia é também um enorme país com problemas políticos, sociais e económicos que pesam e com uma relação próxima embora beligerante com a Rússia

Uma hipótese para a UE responder a estes desafios, já que a sua integração levanta inúmeros problemas, é aplicar-lhe os acordos que resultarem do Brexit. Não pertencer à UE mas ter uma ligação estreita que permita soluções intermédias enquanto o tempo vai limando os pontos mais agrestes e permitir maior aproximação.

A União Europeia é uma força centrípeta que arrasta os países europeus e os da região mais próxima com as suas capacidades e horizontes alargados. Fechar a porta não é solução mas abri-la de par em par também não, pelo menos em casos muito bem determinados. . Mantê-la entreaberta é mais seguro e mais sensato.

Os países não se deslocam nem vão na cantiga de sereia dos que querem destruir a UE em nome de uma ideologia que não oferece alternativa.

Até o Brexit que começou por ser um problema pode ser uma oportunidade .

Intentona ou inventona ?

O grande vencedor da intentona é o presidente da Turquia . Foi ele a origem da inventona ? É que a intentona foi tão mal executada, benza a Deus, que parece ser mais uma inventona. Há sempre quem caia na esparrela. Porque ou não faziam ideia nenhuma das forças militares, sociais e políticas em confronto ou, então, alguém os empurrou. Uma inventona com roupagens de intentona e uns mortos à mistura mas, já se sabe, isso é o menos.

Agora o presidente tem um belo pretexto para limpar a casa, cortar a direito para chegar ao objectivo que há tanto persegue. Muda a constituição, retira o exército do centro da vida política e islamiza o país. Com todas aquelas guerras ali à porta todos vão entender e, a União Europeia, que há tanto tempo negoceia a entrada do país no mercado comum, vai entender mais depressa que os outros. Da última vez, tratava-se dos refugiados e de três mil milhões de euros para a Turquia defender as suas próprias fronteiras.

A verdade é que a intentona serviu às mil maravilhas para fazer andar a carripana europeia. E até deu para atribuir a inventona ao islamita oposicionista que vive nos Estados Unidos. E as bases militares dos US no país são ainda mais necessárias.  

Nos anos de brasa de 74/75 nós os portugas fomos iniciadores e especialistas em inventonas que transformávamos em intentonas. Uma vez até um ministro do interior ( Ângelo Correia ) descobriu ruas em Lisboa cheias de pregos para furar as lagartas dos carros de combate. Foi preciso explicar-lhe que as lagartas não são pneus...

A Democracia está em perigo na Turquia

O governo quer saber quem foram os médicos, enfermeiros e mais pessoal auxiliar que prestaram assistência aos manifestantes feridos. É típico de uma ditadura. É pidesco. A Turquia bem quer fazer crer que a islamização do estado é compatível com as liberdades próprias de uma democracia.O inspetor-chefe do Ministério da Saúde, Izzet Tasçi, fez saber, numa mensagem com data de 13 de Junho e dirigida à Câmara dos médicos de Istambul, que ordenou um inquérito às enfermarias improvisadas que forneceram assistência médica aos resistentes [numa referência aos manifestantes]” em Istambul, afirmou, em conferência de imprensa, Osman Ozturk, um dos responsáveis da TTB.

“Pediu-nos para enviar com urgência a lista dos nomes dos que trabalharem nessas enfermarias, e dos doentes que foram assistidos”, acrescentou o médico.

Fim à repressão na Turquia

Fim à repressão na Turquia!

Solidariedade com o povo turco!

Acto público

Sexta-feira, 7 de Junho, 18h frente à Embaixada da Turquia, em Lisboa (Avenida das Descobertas, 22)

Expressamos o mais profundo repúdio pela violenta repressão de que têm sido alvo as manifestações populares que têm ocorrido por toda a Turquia nos últimos dias.

Inspiradas pela resistência daqueles que protestavam contra a destruição do jardim da Praça Taksim, em Istambul, e despoletadas pela brutal repressão policial que sobre aqueles se abateu, estas manifestações são expressão do amplo e generalizado descontentamento entre os trabalhadores e a população turca, com as políticas do Governo turco, que face às manifestações populares responde com a repressão e ataques contra as forças democráticas e progressistas turcas.

O povo turco e as suas organizações democráticas e progressistas manifestam-se em defesa dos direitos e liberdades, pela democracia e o secularismo, contra o autoritarismo, o reacionarismo e a opressão exercida pelo Governo turco, que tem apoiado e instigado a guerra na Síria, atitude que é rejeitada pela maioria da população turca.

Solidários com o povo turco e as suas aspirações de liberdade, democracia e justiça social as organizações subscritoras reclamam o fim imediato da repressão na Turquia e saúdam todos os homens e mulheres que nas ruas da Turquia defendem a liberdade, o progresso e a Paz.

4 de Junho de 2013

 

As organizações subscritoras entregarão esta tomada de posição na Embaixada da Turquia, em Lisboa (Avenida das Descobertas, 22), na próxima Sexta-feira, dia 7 de Junho, pelas 18h.


As organizações subscritoras (até o momento):

 

  • Associação de Amizade Portugal-Cuba

  • Colectivo Mumia Abu-Jamal

  • Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional

  • Conselho Português para a Paz e Cooperação

  • Ecolojovem “Os Verdes”

  • Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal

  • Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas

  • Federação Nacional de Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais

  • Juventude Comunista Portuguesa

  • Movimento Democrático de Mulheres

  • Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente

  • Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal

  • Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local

  • União dos Sindicatos de Lisboa

Quero ser empresária numa Turquia livre

Noutras paragens luta-se pela liberdade de expressão e de iniciativa individual. Uma jovem mulher quer ser empresária e quer ver a sua orientação religiosa respeitada. Outra jovem mulher, dizia há dias na RTP : " Eles metem-se na nossa vida. É na religião , no que bebemos e nunca mais vão parar". "Eles", os sem rosto que a partir do estado tudo querem controlar e retirarem-nos a nossa vida pessoal.

"“Não sou esquerdista ou anti-capitalista. Quero ser uma empresária e viver numa Turquia livre”, acrescenta.

Mustafa Kemal Atatürk, fundador da república secular criada em 1923 sobre as ruínas do império otomano, encorajou as mulheres a usar roupas ocidentais em vez dos lenços e promoveu a imagem da mulher com uma profissão. Ironicamente, Erdogan é visto actualmente, para o melhor ou pior, o líder mais dominante na política turca desde Atatürk.

A luta é sempre esta. Entre a democracia, a liberdade, a sociedade civil e o poder discricionário do estado e dos seus subsídio - dependentes. Nunca devemos esquecer isto. A luta foi, é e será sempre a mesma! Na Turquia ou em Portugal!

Passos defende integração da Turquia na UE

E a integração da Turquia com a sua dimensão demográfica, os seus problemas religiosos e a sua conturbada situação geográfica é boa para a UE ?

Há quem diga que a Turquia , com 80% do seu território fora da Europa, nem sequer é um país europeu. Mas há também quem diga que a Turquia pode ser a ligação com o mundo Islâmico o que muito beneficiaria a UE.

O que é verdade é que as hesitações são mais que muitas, o processo já vai numas dezenas de anos e a decisão tarda. E, com a UE neste estado, sem resolver primeiro os seus problemas internos, desconfio que Passos quer receber bem e está a olhar para o grande mercado Turco.

Daí, das declarações do PM,  não vir mal nenhum ao mundo!