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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Bébés e turistas cativados

Filas de espera que chegam a três horas para os passageiros que chegam ao aeroporto . Blocos de partos fechados em vários hospitais como na Maternidade Alfredo da Costa e no Hospital de S. João no Porto.

Razões ? Falta de pessoal. No Serviço de Fronteiras faltam 200 agentes já solicitados mas que o governo cativou . Nos hospitais faltam enfermeiros e os que há reivindicam melhores condições e pagamento das horas extra.( cativados)

De repente as cativações saltaram para cima da mesa. Razão ? A corrente discussão do orçamento para 2018, não se pode perder a oportunidade, há que fugir às cativações que foram caladas até agora. Aumentos de salários e pensões dos funcionários públicos não chegam, PCP e BE têm que recuperar a credibilidade.

Não sabiam das cativações como se o dinheiro caísse da árvore das patacas.

 

Os cobradores de fraque

Além dos impostos também pagamos as taxas e taxinhas que uma vez inventadas somam às já existentes e assim sucessivamente. Não acabam mais .

Em Lisboa foi inventada a taxa de um euro por turista e, agora, a câmara de Cascais quer cobrar 1,50 euro por turista/noite até um máximo de cinco . É sempre assim, os maus exemplos são seguidos é uma questão de tempo.  

Ainda me lembro do selo do carro, há muitos anos foi apresentado como tendo um tempo de vida limitado. Já lá vão duas ou três dezenas de anos. E assim chegamos ao máximo histórico . 

Quando foi criada a taxa em Lisboa o presidente da câmara de Cascais escreveu contra a taxa mas agora : é que o presidente da mesa da Associação de Turismo de Cascais, organismo que lançou a proposta, é Carlos Carreiras, também ele presidente da câmara, o que poderá significar que haverá uma via verde para que o cenário agora proposto seja rapidamente colocado em prática.

Eles, os cobradores de fraque, estão em toda a parte.

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A Ria de Aveiro e os moliceiros pejados de turistas

Levava um dia para chegar de Castelo Branco a Aveiro. Gozava as férias grandes entre os canais da Ria e os areais das várias praias. Tempo de raros turistas mas muitos moliceiros a serem empurrados à força de braço. Pau comprido que assentava no fundo da Ria, o homem corria ao longo do barco empurrando o pau contra o ombro. Barcos carregados de sal, de moliço e de melões.

Trocado o cajado pelo motor, a cor escura da madeira pelas cores berrantes, o marinheiro pelo interprete ( que me pareceu serem jovens estudantes da reputada Universidade de Aveiro) e o sal pelos turistas, a Ria é um regalo para quem visita a cidade. Barcos num rodopio ria abaixo ria acima . Pejados de turistas.

Fiquei deslumbrado embora já me tivessem dito que a cidade se tinha transformado num ícone turístico . E não senti ponta de nostalgia. Gosto da cidade assim, cheia de gente. Lembrei-me, isso sim, de ouvir a rádio marítima, na madrugada, as conversas muitas vezes angustiadas de quem estava em terra com os barcos que navegavam ao largo. 

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