Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

BandaLarga

as autoestradas da informação

BandaLarga

as autoestradas da informação

Vinte mil milhões dívida das empresas públicas de transportes

Esta situação é sustentável? É claro que não. Mas é nestas empresas onde mais se reinvindica e onde se fazem mais greves. Os seus trabalhadores e sindicalistas esperam que os demais contribuintes estejam de acordo em pagar a factura? Aliás, os contribuintes já pagam o bilhete e depois ficam em terra com as frequentes greves. Isto numa altura em que o Governo se prepara para concessionar a operadores privados os serviços da grande maioria destas empresas. Mesmo que já esteja assegurado que os privados não vão assumir a dívida histórica destas empresas, não se consegue descortinar como é que uma nova gestão irá conseguir tornar operacionalmente rentáveis estes serviços, principalmente se não tiverem comparticipações financeiras dos contribuintes ou se não ocorrerem despedimentos em massa. É assim, é este modelo de economia que nos levou à bancarrota que alguns continuam a defender.

A greve não tem nada de geral

Pois se não há empresa privada, escola, hospital ou família não "pública" que adira à greve como é que ela é geral? Esta questão está na base da convergência que o governo tem efectuado entre o público e o privado. As diferenças são (eram?) enormes. Embora com diferenças salariais, as maiores estavam (estão?) nas "colaterais" como agora se diz . Nas férias, na segurança do vínculo, no despedimento, na progressão automática...

Um país que tem estas diferenças entre trabalhadores não pode esperar ser uma sociedade coesa. Nos dias de greves, especialmente nos transportes, é claro que há trabalhadores que são as principais vítimas.

Os tribunais andam numa roda viva a lançar gasolina para a fogueira, não reconhecendo razões para "serviços mínimos", que protegeriam os mais frágeis, os que vão trabalhar e que não têm outro meio de transporte que não o público. Os "serviços mínimos" condicionam o direito à greve? Penso que não, basta apontar o exemplo habitual dos hospitais. Ninguém aceita que os hospitais parem de todo. E as razões são aqui bastante óbvias porque se trata da saúde ou mesmo da vida das pessoas.

Não quero ser cínico, nem quero por em dúvida o direito à greve, mas nesse dia vou buscar o carro à garagem e substituo o habitual meio de transporte. O Metro!

 

A ignorância é atrevida

Leiam esta notícia sobre uma observação da NASA e o comentário mais apreciado : "Como diz o Hélder parece ridículo um objeto tão pequeno pesar tanto. Será que era composto de mercúrio ou algum metal "extra-terrestre" desconhecido? E como a NASA consegue saber peso e medida de algo que já explodiu?"

Isto faz-me lembrar o dia em que foi noticiado o primeiro transplante de coração pelo Prof Barnard num hospital da África do Sul. Vinha na primeira página do " Diário Popular" que eu lia na altura. Saí do Ministério onde trabalhava, no Terreiro do Paço e fiquei a ouvir as opiniões de quem, como eu, contactava com algo que nunca tinha abordado antes. Um transplante de órgão num homem. Pois, o que se ouvia é que a notícia era uma mentira "não se via logo que o coração do dador não cabia no peito do receptor" dizia um gajo do alto da sua sapiência.

Fiquei a pensar naquilo. Então os cientistas andavam anos a treinar, a fazer transplantes em animais, a resolver mil e um problemas, e nunca tinham dado por algo tão evidente ? Que os corações não tinham o mesmo tamanho e que por isso não cabiam em peitos que não fossem os seus?