Andaram como Deus e os Anjos enquanto a economia lá fora andou assim-assim. O Presidente de todos os afectos, o Primeiro Ministro génio da táctica política e o Ministro, ronaldo das finanças. Era só palmadinhas. Chegou a crise, zangaram-se.
O dinheiro não chega às famílias e às empresas o que é uma grande gaita, está bem de ver. Com muitos desempregados, gente com menos rendimentos e empresas sem facturar. Nesta situação dizer que se cumpriu um acordo assinado pelo estado e injectar 850 milhões num banco é preciso coragem política .
Ora Marcelo é conhecido por inventar uns cenários quando é preciso e de se ausentar nos momentos mais difíceis. Costa nunca tem culpa de nada e arranja sempre um bode expiatório. Ficou Centeno com o menino nos braços. Até quando ?
" É certo que a política é escassa em gratidão, mas eleva-se quando esta é praticada".
"Para manter o dr. Centeno no Governo por mais dois meses, o cargo de governador foi o prémio oferecido" ?
Só Centeno não viu o filme e não foi prudente. É que o Novo Banco vai custar aos contribuintes qualquer coisa como 12 mil milhões de Euros.
Tal como Macron preconiza, foi agora a vez da Alemanha pela voz de Merkel e Schauble, admitir que na União Europeia é preciso que os países mais ricos ajudem os mais pobres. Fica implícito que é necessário que os países pobres façam o trabalho de casa.
"Não é que os alemães sejam melhores. Significa que a França também pode fazê-lo," insistiu Merkel, utilizando a mesma expressão que o seu ministro das Finanças, defendendo ainda a existência de um orçamento separado para a Zona Euro que possa ajudar a suportar o esforço despendido nas reformas económicas necessárias. "Podemos financiar mais do que actualmente fazemos para ajudar temporariamente estes países. (…) Falarei com [Emmanuel] Macron sobre como podemos reforçar a Zona Euro e desenvolver reformas com um impacto rápido no mercado de trabalho," acrescentou.
França e Alemanha estavam ao mesmo nível antes do ex-primeiro ministro Alemão Schroeber ter lançado as bases do actual mercado de trabalho.
Schäuble disse ainda que para que a Europa seja mais forte será necessário reforçar primeiro cada um dos países – como França, Itália e Alemanha – individualmente. Os mais ricos .
No quadro da União Europeia e da Zona Euro há horizontes amplos, viáveis e de futuro.
Todos os que foram ouvidos (incluindo o actual secretário de estado ) dizem que as transferências para off shores não declaradas deveriam ter sido escrutinadas pelo actual governo. E três das declarações representam mais de 80% do total
O facto de, afinal, o essencial do problema se ter desenvolvido já no "turno" do atual governo levou ontem o PSD a começar a falar na hipótese de chamar o atual ministro das Finanças, Mário Centeno, à comissão parlamentar de Orçamento e Finanças. É uma decisão ainda por tomar.
Duas coisas parecem certas. A maioria das transferências têm origem em empresas não residentes ( o que é muito relevante) e coincidem com a derrocada do BES. É preciso esperar pela investigação que está a ser feita.
E também parece certo que a Autoridade Tributária que, como um Big Brother, sabe tudo sobre todos, tem que deixar de ser um quarto escuro onde só alguns entram e transformar-se numa entidade transparente sem perder a reserva que a sua função exige.
É que aquela do sindicalista Ralha vir dizer que há mão humana por detrás do arbusto é arrepiante. É que se o senhor Ralha sabe mais do que nós devia deixar-se de insinuações e apontar quem é que tem acesso aos meios para fazer a batota .
O relatório de combate à fraude, que o Fisco é obrigado a publicar todos os anos, é um enunciado burocrático, feito como se de um relatório de actividades se tratasse (usando agora palavras do Tribunal de Contas).
De uma vez por todas . Não voaram 10 mil milhões de euros para os off shores nem houve qualquer intencionalidade, disse hoje na Assembleia da República, Rocha Andrade actual Secretário de Estado . Ponto final. Parágrafo. Não insistam .
"... "os números reportados pelas instituições financeiras não tinham sido correctamente extraídos do Portal das Finanças para o sistema central e portanto não ficaram disponíveis nem para a publicação nem para o controlo inspectivo". E, sublinhou, "não há dúvidas que este não foi feito quanto àqueles montantes porque aquelas transferências não eram conhecidas da inspecção tributária", que usa apenas os dados do sistema central.
"Estas transferências, tanto quanto sei, não eram do conhecimento nem do director-geral nem do secretário de Estado [Paulo Núncio], disse Rocha Andrade, sublinhando não haver, portanto, qualquer discrepância em relação às anteriores declarações de Azevedo Pereira, o então responsável da AT, que já depois de rebentar a polémica, veio garantir que todos os valores transmitidos ao Fisco pelas instituições financeiras foram objecto de escrutínio."
A campeã do populismo Catarina Martins deve pedir desculpas ao país bem como António Costa .
É mais que óbvio que estamos perante uma campanha organizada no sentido de encobrir o verdadeiro escândalo da CAIXA . Os empréstimos que geraram as imparidades de milhões.
Há um impaciente ruído à volta das transferências para off shores que começaram por ser vendidas como se de uma fuga ao Fisco se tratasse .Hoje já se sabe que foi tudo feito dentro das regras com excepção de não se ter feito uma publicação . Se é só isso é pouco, muito pouco, para tanto barulho, terá que haver lá para trás outro(s) motivo (s). Quais ? Eis o que devia mover os políticos.
Encobrir o esforço hérculo dos cidadãos nos anos da troika enquanto os milionários colocavam o dinheiro lá fora . Mas o problema é que esse dinheiro é na sua maioria de estrangeiros a viver cá e que se apressaram a colocar o seu dinheiro em lugar seguro.
No que ninguém acredita é que foi por esquecimento a não publicação. Mas ainda mais estranho é que o actual governo no ano e dois meses que leva de governação também não se lembrou . Guardou o trunfo para o lançar agora para abafar os escândalos da CAIXA ?
É preciso que venham a público a lista de devedores da CAIXA e a lista das transferências para os off shores não publicadas. A partir daí a análise vai permitir as coincidências no tempo com negócios pouco limpos, os amigos envolvidos e as verdadeiras razões de tanto barulho acerca de uma simples comunicação pública que não foi feita.
Começou por ser uma fuga em massa ao Fisco e nessa pós-verdade alinharam em coro, governo, apoios parlamentares e comunicação social. É este o escândalo. Que foi aproveitado pelo primeiro-ministro para atacar a oposição e fugir ao debate sobre a Caixa (que se recusa a divulgar a quem emprestou dinheiro que não conseguiu cobrar…). Mas há mais: a ‘notícia’ tinha quase um ano, já tendo saído no Público em abril de 2016. Este tempo parece-se cada vez mais com o de Sócrates. Os métodos são os mesmos.
Tudo registado , tudo cumprido, tudo taxado. Falta o quê ? António Costa não devia mentir. Plantar notícias para desviar as atenções da bronca na CAIXA é feio . É que para o dinheiro ser transferido pelos bancos estes têm que comunicar ao Banco de Portugal e à Autoridade Tributária. Agora se esta última não publicou os dados ...
Se não estivessem registadas não se tinha conhecimento das transferências e o ex- Director Geral da AT já veio confirmar que tudo foi feito conforme manda a Lei. Talvez o petardo rebente nas mãos de alguém .