Apesar da chantagem de Costa
O Tesouro conseguiu mais do que o previsto e a taxas historicamente baixas nos dois leilões de hoje.
"Contudo o momento não é o mais favorável. O actual contexto de incerteza política tem feito disparar as yields da dívida do País nos mercados financeiros, desde as últimas eleições legislativas", continua o analista. Ou seja, os analistas consideram que os investidores não estão a reflectir a instabilidade política, mas sabem que ela existe.
"Os leilões correram muito bem. A taxa a 22 anos desceu face à taxa conseguida há 3 meses e a procura até aumentou. Na emissão a 10 anos, prazo onde o Estado foi buscar o maior montante, a taxa subiu um pouco face ao que tinha sido conseguido em Fevereiro passado, mas nada que se deva acentuar. A procura diminuiu um pouco, mas continuou acima da oferta. Para um país que ainda não sabe quem e como vai formar governo, quase 2 semanas depois das eleições, diria que são dados muito positivos", diz João Queiroz, Director de Negociação da GoBulling - Banco Carregosa.
Espera-se agora que a ambição desmedida e ílegitima de Costa não estrague o que custou tanto a atingir.