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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Se já não pagam os salários como vão pagar os subsídios de férias ?

As empresas estão a debater-se com tremendas dificuldades de tesouraria este mês agravadas com o pagamento do subsídio de férias.

O mês tradicional das férias, julho, será, de resto, particularmente difícil, frisa o presidente da CCPME. Isto porque além terem de lidar com as dificuldades de tesouraria já existentes, as empresas sentirão a pressão decorrente da necessidade de eventualmente pagar os subsídios de férias. A somar a isso, os empregadores terão de começar a pagar os impostos e as contribuições sociais que, no segundo trimestre, foram diferidos e flexibilizados. “Houve um adiamento, mas não houve nenhuma medida compensatória”, salienta Pisco. “As microempresas vivem da faturação diária, como é que vão pagar os impostos diferidos? Como é que vão pagar os subsídios de férias?”, questiona.

O dinheiro não está a chegar às empresas

Algumas vão fechar outras já fecharam e não voltam a abrir. Como seria de esperar a burocracia do Estado não é compatível com as necessidades de quem tem que pagar salários. A falência começa sempre pela Tesouraria.

A situação que o mundo enfrenta não é fácil e nenhum governo estava preparado para o que está a acontecer. Mas está muita coisa em jogo e é urgente que o dinheiro chegue às empresas e que, desta forma, seja possível manter os rendimentos das famílias e minimizar os estragos no tecido produtivo. A retoma da economia vai depender disto. A despesa que fizermos agora poderá ser, é certo, o imposto de amanhã. Mas também podemos afirmar, com elevado grau de certeza, que muita da despesa que ficar por fazer hoje terá como contrapartida menos receita fiscal no futuro.

A começar no Estado ninguém paga a ninguém

Só conversa essa a de que estava montado um programa de apoio à tesouraria das empresas. A começar no Estado ninguém paga a ninguém.

Cerca de 1400 empresas que aderiram à iniciativa "Pagamentos Pontuais" pedem ao Estado que pague 554 milhões em atraso. As dívidas têm mais de 90 dias e podem ascender aos 613 milhões.

A “Pagamentos pontuais” é uma iniciativa que procura substituir um “ciclo vicioso” de atrasos nos pagamentos em Portugal, quer por parte do Estado, como também das próprias empresas do tecido económico.

Numa altura destas é quase criminoso o estado, o tal das contas equilibradas, não pagar o que deve. É o mínimo que se exige a quem anda permanentemente a gabar-se que vai fazer chegar milhões às empresas.

Esperemos que seja em tempo de vida.

 

Os bancos tardam em fazer chegar o dinheiro às empresas

A Caixa Geral de Depósitos tem uma enorme oportunidade de mostrar que é essencial no apoio às empresas. Passar por cima da burocracia e acelerar o processo de o dinheiro chegar às empresas é tão importante como o próprio dinheiro. As coisas têm que andar ao ritmo das necessidades das empresas e não ao ritmo dos interesses dos bancos.

Independentemente das ajudas que os bancos receberam do estado a sua função é apoiar a economia . Os bancos financiam-se, em termos médios, a um juro muito acima das taxas negativas do Banco Central Europeu. “E é isso que a banca está a cobrar, entre 1 a 1,5%. Depois, há um o custo das sociedades de garantia mútua. Que pesa sobre o valor que a empresa vai ter de pagar. Não é um custo do banco”.

Mas as empresas é que vão pagar 3%. A CGD não pode baixar este custo e acelerar a chegada do dinheiro às empresas ? Se não pode devemos concluir que a CGD é um banco como outro qualquer e não pode servir de instrumento do Estado no financiamento das empresas ?

Como é que as empresas resistem a estas condições se não facturam e têm que honrar as suas dívidas ? 

Pois, não resistem e a falência das empresas começa sempre pela tesouraria.

Um descontentamento transversal

Há um descontentamento transversal a toda a administração pública . Afinal o descongelamento das carreiras ainda não saiu do papel. Aumentos salariais ainda não chegaram aos bolsos dos trabalhadores e na saúde os enfermeiros marcam greves e os médicos assinalam que se bateu no fundo.

Horas extras já feitas e não pagas, não abertura de concursos para médicos jovens que assim vão abandonando o SNS para o privado ou para a emigração . O orçamento do SNS (5%) está abaixo da média europeia que é de 6% do PIB.

Entretanto foram pagos cerca de 1 200 milhões em atraso aos fornecedores dos hospitais .

Tudo isto configura uma gestão de tesouraria por forma a no fim dos meses o balanço se apresente como positivo. Paga-se a uns fica-se a dever a outros.

Quando há falta de dinheiro faz-se realmente assim. Há sempre alguém a financiar o estado.

O Estado fica com o nosso dinheiro e devolve -o em ano de eleições

O Estado mensalmente retém o IRS bem acima do que teremos que pagar e depois acerta em 2019 ano de eleições. É dinheiro emprestado ao Estado sem juros e mostra as tremendas dificuldades de tesouraria com que lida mensalmente.

Contas feitas o que recebemos mensalmente em 2018 é à volta de 2% superior ao que recebemos em 2017. Mais uma enorme vitória do século e um grande desafogo para as famílias.

Impõe uma taxa de retenção baixa e passamos 12 meses a ser credores forçados do Estado. Em abril ou maio do próximo ano, — que por acaso é altura de eleições europeias, — os contribuintes vão receber uma simulação de IRS com um valor de reembolso simpático. E em julho, agosto, — que por acaso é véspera de legislativas — recebem o dito cheque.

Quando há dias promulgou o Orçamento do Estado, Marcelo Rebelo de Sousa deixou quatro chamadas de atenção para o ano de 2018, sendo que uma delas era esta: “A existência de duas eleições em 2019 não pode, nem deve, significar cedência a eleitoralismos”.

Este reembolso musculado traz duas vantagens para o Governo: reduz significativamente o custo orçamental em 2018, ao mesmo tempo que dá um presente a milhões de portugueses a poucos meses das eleições legislativas de 2019.

A eliminação integral da sobretaxa também virá beneficiar os salários líquidos mais elevados.

Já só há dinheiro para salários

O SNS está a apertar o cinto como nunca. Os hospitais não podem investir e têm que controlar a despesa custe o que custar. Devolver os rendimentos de uma só vez e repor as 35 horas foi uma decisão arrasadora para a tesouraria . Os fornecedores não recebem a tempo e horas.

O silêncio dos sindicatos e da comunicação social sobre este garrote que se abateu sobre os serviços do estado é ensurdecedor. Em muitos casos, o medo de retaliações fala mais alto mas mesmo assim não faltam sinais: escolas estatais sem dinheiro para pagar despesas básicas de funcionamento, hospitais do SNS com gravíssimos problemas para honrar os seus pagamentos e manter fornecimentos essenciais, atrasos no pagamento de bolsas, cursos de academias militares em risco de não abrir e adiamento de reparação de infraestruturas e equipamentos em áreas vitais como os transportes.

A TAP tal como as outras empresas fecha pela tesouraria

É assim em todas as empresas que vão à falência o resto é música de quem não percebe nada de gestão de empresas . E na TAP acresce um enorme problema. A sua frota está velha e os seus aviões não conseguem competir com os novos aviões tecnologicamente avançados. Tanto em autonomia como em combustível . Tudo mais caro.

Os grandes aviões de longo curso que transportam pelo menos 600 passageiros já estão a entrar no mercado. Vão operar nos chamados Hubs (3 ou 4 na Europa) e depois a partir daí serão transportados para os diferentes destinos de médio curso. E, para estes, há as low costs ( a Rynair já transporta gente dentro da Europa a 9,99 euros).

As empresas dos grandes países já fizeram na última década o que havia a fazer. Umas fecharam outras juntaram-se, só a noiva TAP é que ninguém a quer.

Do PCP e do BE  que querem que tudo pertença ao estado não há surpresa mas o PS que começou a privatização da TAP no tempo de Guterres ? Que dizer ? O Costa quer vender 49% da companhia em bolsa como se alguém invista numa empresa que só dá prejuízos.

A TAP só se salvará se for parar a mãos de gente que conheça e opere no negócio, que junte à companhia mais-valias ( outras companhias aéreas) que possui do outro lado do oceano, completando-as. Reorientando fluxos de passageiros para a TAP.

Tudo o resto é um filme com um mau guião e pior realização

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A TAP está em completo e contínuo desespero por falta de dinheiro

Poucos a querem. Nenhuma das grandes companhias de transporte aéreo está interessada na TAP. O desespero na tesouraria é permanente. Vender aviões que foram contratados em leasing é norma, para fazer liquidez. E como tem capitais próprios negativos não tem nada para vender em bolsa.

As companhias de transporte aéreo estão permanentemente a investir para se manterem a par da tecnologia mais recente e, com isso, assegurarem a segurança, a confiança e a competitividade.

 "Qualquer questão de conjuntura pode ter um impacto muito dramático na empresa",  lembrando os problemas operacionais do segundo semestre do ano passado que penalizaram os resultados da TAP que terminou o último exercício com um prejuízo de 46 milhões de euros.
"Há números que nos devem fazer reflectir. Há um desespero completo de tesouraria, uma empresa que factura na casa dos dois mil milhões de euros tem um ‘free cash flow' de dois milhões. Isto é andar completamente em desespero, viver o minuto a minuto das dificuldades da empresa do ponto de vista da tesouraria", afirmou Cantiga Esteves.

E sabe-se o que faz o desespero em companhias aéreas.