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BandaLarga

as autoestradas da informação

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O problema dos professores é mesmo não haver dinheiro

Não há dinheiro e contra esse facto batatas. É por essa razão e não por teimosia que o governo não cede. Ninguém compra guerras sem ter uma boa razão e não ter dinheiro é a mais forte das razões.

Além disso o Parlamento aprovou uma norma que diz que o governo é obrigado a negociar mas não diz que é obrigado a aprovar o tempo integral exigido pelos sindicatos. Está lá preto no branco e desta vez a esperteza de António Costa teve como vítima os professores. Quem se mete com o PS, leva.

“O que diz a norma é que somos obrigados a retomar a negociação. Havia outra norma que dizia que tínhamos de negociar com base na recuperação integral e essa norma foi rejeitada“, sublinhou Alexandra Leitão.

O Mário Nogueira diz "que se querem guerra, tela-ão" . Agarrem-me que eu vou-me a eles...

Não enganem os professores

O mesmo governante defende que “mais importante do que o que foi aprovado, é o que foi rejeitado este ano”. E concretiza: “Não enganem os professores! Ao chumbar o ponto 2 da proposta do PCP, que exigia uma ‘solução legal que assegure a consideração integral do tempo de serviço’, a Assembleia da República confirmou que o Governo não está obrigado a aceitar os nove anos, quatro meses e nove dias [que os professores exigem ver reconhecidos].”

PS : Público

A factura dos professores não é sustentável

O que é que os professores não percebem ?

Num processo em que ninguém foi inocente nem absolutamente culpado, era imperativo encontrar uma solução que acudisse aos interesses das partes sem pôr em causa o interesse do país. Um fracasso clamoroso como o desta sexta-feira só pode, por isso, ter um significado: o conflito saltou para o domínio da campanha eleitoral. 

Limitado pelas cautelas das Finanças e preso à promessa de não ceder a uma exigência que enterraria de vez as metas do programa de estabilidade, o Governo dispõe-se a sofrer os custos de uma greve no início das aulas. Todos acabarão por perder e, principalmente, os alunos e a escola pública acabarão por perder.

A dinâmica da carreira dos professores e das regras estabelecidas significa que, ao longo deste ano, 46 mil professores vão progredir e embora esse impacto financeiro seja desfasado este ano é de 37 milhões de euros. O OE para 2019 terá uma verba adicional de 107 milhões de euros para fazer face às progressões. Esta aceleração não tem paralelo nas outras carreiras da Administração Pública

 

Professores : 635 milhões mais 519 milhões por ano a acrescer ao orçamento

Não há dinheiro e as contas foram novamente feitas pelos Ministérios das Finanças e da Educação em reunião com os sindicatos. O que é que os professores não percebem ?

Contas feitas, o executivo defende que entre a decisão já implementada de recolocar em marcha o relógio das carreiras e a eventual aceitação das exigências dos professores, estaria em causa "um aumento conjunto de 1154 milhões de euros" nas despesas anuais com os vencimentos dos professores, em 2023, por comparação com 2017.

A serem boas, estas projeções implicam que a proposta do governo de devolver dois anos e nove meses de serviço aos docentes já representaram um esforço de cerca de 180 milhões de euros anuais a partir de 2023.

Os sindicatos dizem que não, há professores mais antigos e que ganham mais e que vão para a reforma e, por isso, o montante é inferior, como se não fossem substituídos por jovens que vão empurrar todos os outros mais velhos para os níveis mais elevados.

Não há dinheiro o que é que não percebem ? Claro que vão chegar a acordo são muitos votos em jogo.

Com a TSU o PS quis aproximar-se da direita

António Costa sempre soube que BE e PCP nunca aceitariam a compensação aos patrões até porque isso demonstraria que o Salário Mínimo é excessivo face à situação da economia. Mas avançou assim mesmo na convicção que o PSD estaria do seu lado.

Vai tentar este movimento mais vezes porque Costa sabe melhor do que ninguém que o BE não é confiável. Costa sabe que com o BE está a dormir com o inimigo. O BE não tem uma estratégia navega ao sabor de casos que aproveita para cavalgar a onda. Bem ao contrário do PCP.

O PS quer ganhar tempo enquanto os seus apoios têm este tempo não têm outro. Não só estão estrategicamente em oposição como o seu ritmo não pode ser mais diferente. Costa tem que romper a geringonça e vai continuar a tentar fazê-lo. Até porque há rupturas sem as quais não se resolvem os problemas estruturais . E sem essas rupturas o país não avança, não melhora.

O governo neste momento, está numa posição cada vez mais difícil .Não pode ir muito mais além com o PCP e o BE mas, as taxas de juro, o débil crescimento e a banca exigem-lhe o tempo que não tem. Ao contrário do que diz o infeliz secretário de estado (ex- dívida que não é para pagar ) o PS cada vez mais precisa da direita para ganhar tempo.