"Esta coisa de usar os impostos dos mais pobres para festas (e não, o problema não é ser Lisboa e Medina, isto é mesmo uma praga nacional a que aparentemente ninguém dedica o devido escrutínio) é uma coisa que é muito estranha para mim.
A verdade é que não sei de alguém que tenha uma resposta satisfatória à pergunta base: por que razão se gastam os impostos dos mais pobres a fazer festas pagas pelos municípios?
Qual é o valor social associado a isto que não pode ser garantido pelos recursos dos interessados e beneficiários e justifica que seja o Estado a responsabilizar-se pelos custos?"
Entretanto as taxas e taxinhas são inconstitucionais, o município é obrigado a devolvê-las e a taxa turística também . Diz quem sabe.
O contribuinte paga quase 50% do que ganha mas não chega. É preciso alimentar o monstro que socialistas e comunistas mamam sem cessar tudo a bem do povo está bem de ver.
É um terror esta sanha contra os cidadãos porque é insaciável. É preciso ir buscar o dinheiro onde ele está nas palavras certeiras do BE .
Mas a hotelaria paga a taxa ridiculamente baixa de 6% ( sabemos bem que os pobres passam a vida em hotéis e restaurantes).
E, para complemento, ficam muito zangados por haver quem lhes diga que não são nada amigos dos pobrezinhos. São amigos deles próprios e da família ( como se vê bem pelos exemplos que têm vindo a lume).
António Costa anuncia que 2018 é que vai ser o ano de vencer os bloqueios que impedem a economia de crescer ( e nós convencidos que a economia tinha o maior crescimento do século) afinal não, vai ser só nos próximos anos .
Com os bloqueios instalados que PS não tem coragem de vencer e BE e PCP impedem de retirar, quando a economia exterior arrefecer cá estaremos com uma crise muito mais grave que todos os outros. E é quando não é se...
Depois cá estaremos com uma mão à frente e outra atrás a pedir ajuda aos maus...
Ou vem aí uma bolha que pode rebentar lá mais para a frente ? É que com a actual situação é difícil perceber que os credores paguem para lhes guardarmos o seu dinheiro durante um curto prazo de tempo. E como esperam ( os credores) que a bolha rebente daqui a cinco, sete e dez anos, aí já cobram taxas entre 3% e 4% .
Ou seja: o BCE está deliberadamente a criar uma bolha no mercado dos títulos de dívida pública. É essa bolha que explica os juros inacreditavelmente baixos que Portugal paga pelos empréstimos com maturidades mais curtas, e os juros bem mais elevados dos empréstimos com maturidades mais longas: ao mesmo tempo que a existência da bolha faz com que países que de outra forma ficariam sem acesso a esses mercados (como Portugal) neles permaneçam, e a custos irrisórios ou inexistentes, a consciência de que a bolha existe e a expectativa de que mais tarde ou mais cedo ela terá de rebentar fazem com que só com juros relativamente elevados alguém esteja disposto a correr o risco de nos emprestar dinheiro que só teríamos de pagar daqui a 7 ou a 10 anos, altura em que, talvez sem a ajuda do BCE, poderemos não estar em condições de o fazer.
Mesmo com taxas de 3,5% a dívida Portuguesa não tem procura e, no entanto, as taxas da Alemanha são negativas e as de Espanha andam nos 1%. É o medo de a agência de rating DBRS baixar a avaliação do país para lixo ? São as dúvidas quanto ao caminho orçamental escolhido ? É o apoio de dois partidos anti-Europa ? Ninguém sabe o que aí vem.
Como é que se explica que não pareça existir maior procura pela dívida portuguesa, apesar de pagar 3,5% numa zona euro em que a dívida alemã paga menos de zero e Espanha cerca de 1%? Julgo que uma primeira razão é que os investidores têm estado alheados em relação a Portugal. Ouve-se pouco falar de Portugal, e quando se ouve, regra geral, são notícias que destacam o governo anti-austeridade, o risco de falhar as metas do défice, os bancos em dificuldades. Toda a publicidade que existe em torno de Portugal é má. É isso que faz com que muitos investidores, que já não têm muita pachorra para a crise zona euro, não tenham qualquer interesse em envolver-se com Portugal.
E a economia? O crescimento neste ano deverá rondar 1%, o que é cerca de metade do que se previa para este ano. Tem olhado para este resultado e para as suas explicações? Sim, penso que é relativamente simples. Parece que o plano do governo era reverter algumas medidas de austeridade, dar um empurrão ao consumo interno. Julgo que terá dado uma ajuda, mas a verdade é que, ao mesmo tempo, houve um impacto negativo muito grande sobre o investimento. Toda a incerteza em torno das políticas deste governo leva muitos investidores, e não apenas os investidores bolsistas, a preferirem ficar de fora. Isso mais do que compensa, pela negativa, qualquer impulso ao consumo interno. Portugal já tem uma dívida elevada, não cresceu nem nos tempos de vacas gordas, portanto é improvável que o país seja capaz de crescer de forma robusta para eliminar a dívida. A leitura que faço é que as empresas têm-se mostrado muito inseguras e reticentes no que toca a reinvestir quaisquer lucros na empresa ou injetar mais capital, e isso reduz os investimentos, o que na gíria se chama capex (investimento de capital).
Agora quando me alargo num bom restaurante fico a matutar no dinheiro que gastei. Lá se vai metade do prazer. É a isto que se chama insegurança face ao futuro do país ? Ou sou eu que vou para velho ?
Antigamente gastava e não se falava mais nisso. Nunca fui de gastar em carros por exemplo, talvez porque na minha profissão no pacote remuneratório incluía o uso de um carro da empresa. Por isso nunca tive uma bomba embora tivesse usufruído de bons carros. Mas chapa ganha chapa gasta foi o padrão.
Ao longo da vida fui comprando a casa onde vivo, construí uma casa na praia e um apartamento para rendimento. O resto era para o dia a dia. E não se pensava mais nisso. Mas já não é assim. E isso irrita-me e é por ter acordado a matutar no dinheiro que gastei no fim de semana. Não me faz falta, basta compensar nas próximas semanas mas acordei assim. Será por causa da instabilidade fiscal ? Onde é que o governo me vai sacar mais uns impostos ? E os anunciados são mesmo como nos são apresentados?
Recebi uma notificação para pagar uma "taxa municipal para a protecção civil", que não vem no orçamento. Quer dizer para além dos tais impostos que aumentam mas não carregam na carga fiscal, à socapa, apanhamos com estas taxinhas. Sempre que me chega um envelope das finanças ou da câmara fico fulo.
Como querem eles que a economia cresça pelo consumo interno se nos tiram o dinheiro ? Já um homem não pode dormir descansado. Qual vai ser o próximo imposto, taxa ou taxinha ? A mim tiram-me o dinheiro e a alegria. Chega, não ?
O governo colocou dívida a 30 anos, isto é , para além do prazo de vencimento dos empréstimos do FMI e do Eurogrupo. As taxas de juro que o país consegue ( 2,65% a dez anos) são mais baixas que a taxa do FMI (+-3%). Estão reunidas as condições para o país iniciar o reembolso antecipado.
É neste contexto, em que o financiamento no mercado se faz a taxas de juro mais baixas que as do empréstimo no âmbito da assistência financeira, que o Governo decidiu antecipar o reembolso do empréstimo concedido pelo FMI, um cenário que nos últimos dias foi considerado "interessante" por Cristina Casalinho, que preside à Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP).
Maria Luís Albuquerque sublinhou ainda o facto de todos os indicadores conhecidos até ao momento apontarem para o facto de a execução orçamental de 2014 ter corrido bem, dentro dos limites previstos pelo Governo, uma folga que nos últimos dias foi assinalada pela UTAO e pelo Conselho de Finanças Públicas.
Tudo isto terá, obviamente, repercussões muito positivas na economia.
O governo colocou dívida a 30 anos, isto é , para além do prazo de vencimento dos empréstimos do FMI e do Eurogrupo. As taxas de juro que o país consegue ( 2,65% a dez anos) são mais baixas que a taxa do FMI (+-3%). Estão reunidas as condições para o país iniciar o reembolso antecipado.
É neste contexto, em que o financiamento no mercado se faz a taxas de juro mais baixas que as do empréstimo no âmbito da assistência financeira, que o Governo decidiu antecipar o reembolso do empréstimo concedido pelo FMI, um cenário que nos últimos dias foi considerado "interessante" por Cristina Casalinho, que preside à Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP).
Maria Luís Albuquerque sublinhou ainda o facto de todos os indicadores conhecidos até ao momento apontarem para o facto de a execução orçamental de 2014 ter corrido bem, dentro dos limites previstos pelo Governo, uma folga que nos últimos dias foi assinalada pela UTAO e pelo Conselho de Finanças Públicas.
Tudo isto terá, obviamente, repercussões muito positivas na economia.
Desde 2009 que o dinheiro não chegava às empresas a taxas de juro tão baixas. Há cinco anos que as pequenas e médias empresas (PME) portuguesas não beneficiavam de custos de financiamento tão favoráveis. Estatísticas divulgadas ontem pelo Banco de Portugal mostram que os juros dos novos empréstimos concedidos em Novembro do ano passado a empresas deste segmento se situaram, em termos médios, abaixo da fasquia dos 5%, o que já não acontecia desde Dezembro de 2009.
Crédito mais barato às empresas é condição fundamental para a retoma da economia e é mais uma ajuda às empresas exportadoras, tornando-as mais competitivas.
Numa fase em que a exportação é absolutamente essencial para a retoma da economia, alguém se lembraria de taxar com um euro cada par de sapatos ou com 100 euros cada automóvel da AutoEuropa ? Pois é isso mesmo que António Costa está a fazer no turismo.
"Numa fase em que a economia ainda está a necessitar de transformar o seu tecido produtivo dos sectores de não transaccionáveis para transaccionáveis, o Turismo tem um papel essencial.É o sector exportador cujo perfil de produção mais se assemelha ao do sector não-transaccionável e, por isso, aquele sector onde o ajustamento será menos doloroso. Transformar centros comerciais em fábricas de sapatos demorará anos de desaproveitamento de infraestrutura e desemprego, mas transformar prédios de habitação residencial em alojamento turístico faz-se de forma rápida. Ninguém sonharia nesta fase de ajustamento lançar uma taxa sobre exportações de mercadorias (por exemplo, 1 euro por cada par de sapatos exportados ou 100 euros por cada automóvel da AutoEuropa), mas é isto que está a ser feito com o turismo. Fazê-lo, poderá ser um erro histórico e mais um travão no ajustamento económico que o país tanto necessita. Infelizmente a necessidade de nova receita, o populismo que a taxa “sobre estrangeiros” inspira e a falta de credibilidade de PSD/CDS no capítulo fiscal parecem ingredientes para o desastre. Mais um.
As taxas de António Costa não são taxas são impostos, inconstitucionais, dizem os constitucionalistas. Vai ser interessante ver a posição de quem batia palmas ao TC .
Quem é que vai pagar as taxas ? O empresário que vem a Lisboa tratar de um assunto também paga? E os trabalhadores que dormem em Almada mas desembarcam em Lisboa também pagam ? E as "low cost" que como o nome diz oferecem preços baixos também aplicam a taxa aos seus passageiros ?
E os turistas que visitam Lisboa também visitam Cascais e Sintra . Como é que se divide a receita ? E se Lisboa está, com a taxa, a reduzir a procura e, assim, a prejudicar Cascais e Sintra ? Como é que se faz? O autarca de Cascais já chamou à taxa "medieval". Basílio Horta em Sintra olha para tudo isto sem margem de manobra não vá desagradar ao chefe.
Mas o pior de tudo é se estas taxas , numa altura em o turismo em Lisboa cresce todos os anos, não vai tirar gás a uma actividade fundamental para o país. Esperemos que o TC ajude Lisboa como tem ajudado o país. Reprovando. Pelo menos é o que os ilustres economistas da oposição têm argumentado. Tudo o que corre bem deve-se aos cortes do TC.
Quanto a Costa não foi preciso esperar muito. A receita é a mesma.
O instituto de estatísticas da UE refere mesmo que entre as economias da Europa, Portugal, Irlanda, Reino Unido e Luxemburgo registaram as maiores subidas comparadas com o trimestre anterior. Do lado oposto, com as quebras mais acentuadas, estão a Estónia, a Lituânia, Chipre, Finlândia e Grécia.