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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Terrorismo sindical - um comportamento suicidário

Conseguimos infringir um prejuízo na TAP de 30 milhões de euros, é este o resultado e, pelos vistos, o objectivo da greve dos pilotos. Isto não é sindicalismo, é terrorismo. Porque a greve é um direito dos trabalhadores para lutarem pelo que há de mais meritória numa empresa. Manter as condições de operacionalidade e justificar a satisfação dos clientes. Prever e ajudar a assegurar a manutenção dos postos de trabalho da maioria dos trabalhadores. Assegurar a paz social e a contribuição para o fortalecimento da economia nacional, mais a mais quando se trata de uma empresa pública.

Sabemos agora que o sindicato dos pilotos tem outros objectivos. São tão injustos e obscuros que tem contra si a generalidade dos trabalhadores, dos clientes e da população. Não há um único partido ou associação profissional que se perfile a seu lado. Primeiro tratou-se de uma reivindicação corporativa que deixava de fora todos os outros trabalhadores da companhia. Sabemos agora que a ideia é destruir a companhia na esteira de um comportamento suicidário : não és para nós não és para ninguém.

E, eu, que tantas vezes me senti voltar a casa quando, enfim, me sentava no conforto da aeronave da TAP, pergunto : pilotos que estão dispostos a destruir a companhia por via sindical não estarão disponíveis para a destruir com maior estrondo ? Pode a companhia e os seus passageiros terem confiança em pilotos que têm como objectivo destruir a companhia não olhando a meios?

A TAP não tem - há muito tempo - condições económico-financeiras para se manter na esfera pública em concorrência livre no mercado internacional. Juntou-se-lhe agora a falta de confiança. Se não está morta é só porque está mal enterrada.

Segundo os pilotos a viabilidade da TAP é secundária

Já nem sei o que dizer disto. Se a viabilidade da TAP é secundária como defendem os pilotos os seus interesses? Sem TAP continuam a ser pilotos ?

Perante a evidente derrota, ( eles próprios já admitem que grande parte dos pilotos está ao serviço) o sindicato diz que existe uma "crescente viabilização de voos através de voos de instrução ou com tripulações compostas apenas por comandantes e membros da estrutura da empresa".

Esta circunstância, argumenta o SPAC, "revela ao futuro empregador que é afinal possível realizar parcialmente a operação com um número de pilotos reduzido, tornando o AE [Acordo de Empresa] dispensável e prejudicando gravemente todos nós, incluindo aqueles que agora a ele renunciam".

Mas o que o sindicato nos revela é outra coisa. É que há um número elevado de comandantes que têm outras funções na estrutura da companhia e que, habitualmente, não voam. É como na PSP. As esquadras estão cheias de polícias que faltam junto das populações. E como no SNS. Cirurgiões que não operam. Exemplos destes há muitos. Ficamos por estes.

É relativamente fácil melhorar este país assim se tenha a coragem de impor a mudança necessária.

PS : E professores que não dão aulas há quarenta anos

 

A TAP tem um genial consultor

Estão todos contra a greve na TAP. Um consultor é isto. Diz-nos o que já sabíamos. Não distingue um passageiro de um cliente e em vez de uma greve leva a companhia à falência.

"O que é que leva um sindicato (e, já agora, com que recursos?), contou-nos a RTP, a pagar a um assessor económico que é também piloto da TAP - curiosamente, não sindicalizado - 170 mil euros para arquitetar um plano cuja única consequência é delapidar a imagem da companhia e servir de bandeja argumentos a todos os que consideram que a única saída para a TAP é a venda a privados? Que interesses escondem estas pessoas? Ao serviço de quem é que estão? O tal assessor de duas caras, assim uma espécie de comandante Lino Silva de dia e Dr. Paulo Rodrigues à noite, não passa, como se vê pelos contratos que assinou com o sindicato, de um mercenário disposto a enriquecer à custa dos seus "camaradas" de profissão. Já agora, convinha perceber se as quotas dos associados são suficientes para pagar os honorários de tão genial consultor."

Take Another Plane - TAP nunca mais

Take Another Plane - tome outro avião. Infelizmente está cada vez mais próxima a concretização do aforismo que a TAP carrega desde o baptismo.

Por ali na Alameda, corre que o próprio PCP dá por adquirido que na Europa só há lugar para 4/5 grandes companhias e respectivos HUBs. Foi a companhia de bandeira espanhola, a suíça, a belga, a holandesa e agora vai a portuguesa. No seu lugar nascem as filhotas bem mais jovens e pequenas. Permanecem a Alemã, a Francesa, a Italiana a Turka..

Apesar da greve, 75% dos voos efectuaram-se, há muitos pilotos sindicalizados e não sindicalizados que se apresentaram ao serviço. Nas palavras de ordem da manifestação do 1º de Maio, não se ouve uma palavra sobre a TAP. Nem pública nem privada. Esta omissão é o sinal que esta greve "imperdoável" e sem razão tem razões que não transpiram para os contribuintes. E o medo do restante pessoal da TAP de ficar sem emprego é outro sinal que não é habitual 

Nunca houve uma greve tão impopular. Depois de tantos sacrifícios os portugueses não entendem.

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Sindicato alternativo dos pilotos na TAP

O mal estar entre a classe está a crescer e já se fala na criação de um sindicato alternativo. Além do director de operações de voo, há outros pilotos que não se revêem na decisão tomada pelo sindicato, por entenderem que uma greve de dez dias será dramática para a TAP. E, por isso, começam a surgir movimentos com o objectivo de criar uma estrutura sindical alternativa ao SPAC, que é desde o ano passado presidido por Manuel Santos Cardoso e que contratou um assessor financeiro, Paulo Lino Rodrigues, cujo papel não é consensual.

“Se a participação dos pilotos [nas sessões com o presidente da companhia] for significativa, estas reuniões vão possibilitar que, para além do debate com a empresa, os pilotos se possam juntar e debater fora do âmbito de uma assembleia do SPAC os assuntos que estão em cima da mesa”.

Quer dizer, uma parte dos pilotos ( os grevistas) tem contra si os sindicatos representativos de todos os outros trabalhadores da empresa bem como boa parte dos seus colegas não sindicalizados. Se a isto juntarmos a maior parte da opinião pública percebemos o que está em jogo. Uma minoria politicamente activa pára a economia de um país por dez dias. Não está mal não senhor.

O PS divulga a verdadeira razão da greve na TAP

"Parar já com a privatização", esta é a verdadeira razão que leva os pilotos à greve. Só em 2014 fizeram 22 dias de greve, o que representou 55 milhões de euros de prejuízo. "O problema da TAP está no processo de privatização e no Governo. É preciso parar o processo de privatização e é preciso mudar de Governo. O Governo não tem legitimidade política para o que está a fazer", sustentou o deputado do PS, antes de acusar o actual executivo de ser "obcecado" com as privatizações em fase final de mandato, de ser "pouco transparente" e de não ter espírito de diálogo nem com os partidos da oposição nem com as estruturas sindicais.

O sindicato dos pilotos está a tentar "sacar" o que pode da companhia antes da privatização. É que nenhuma companhia aérea é rentável com as mordomias que os pilotos auferem . Com a privatização a TAP tem que ser competitiva e isso passa por ter custos semelhantes às empresas concorrentes. Só não funciona assim com as empresas públicas em que os prejuízos são cobertos por subsídios do estado ou pela prática de exclusividade  como aconteceu até à semana passada com as rotas para os Açores.

"Qualquer dia pode não haver TAP" diz o presidente da companhia. “Sem dúvida, o Sindicato dos Pilotos está a usar este momento para conseguir tirar o máximo da empresa. Pode ser que tire o máximo e, de repente, não há mais empresa. Acho que o risco não está a ser medido. Esse é o grande problema”, comentou o gestor brasileiro, ao comando da TAP desde outubro de 2000.

Os pilotos só querem 20% da TAP

Só querem 20% em caso de privatização. Como a TAP já acumula prejuízos e dívida acima de mil milhões de euros, o que os pilotos querem representa 200 milhões de prejuízos. Estão dispostos a entrar com dinheiro fresco nesse montante para a TAP ter capitais próprios positivos ? É que se não estão então sempre é verdade que os pilotos esperam da gestão privada grandes resultados e, então sim, os 20% valem muito dinheiro. É,  isso, ou é a defesa da companhia de bandeira ?

Uma das candidatas à compra da TAP já desistiu. Não é possível com a situação financeira da TAP e com os constrangimentos impostos à gestão da companhia, salvá-la. Resta o estado meter lá o dinheiro( que a UE não deixa meter) sem o qual a TAP não voa ou então seguir o caminho imposto pelas regras da UE e que já foram impostas noutras companhias. Vai à falência, muda de nome e, no seu lugar, aparece uma companhia que será 30% da actual. Em Chipre foi assim.

E 70% dos pilotos e do restante pessoal foram para o desemprego.

Na TAP três sindicatos estão fora das negociações

O que estes três sindicatos têm como objectivo é impedir a privatização da companhia. O resto são pretextos para fazer greves.

Os outros sindicatos conseguiram chegar a acordo com o governo quanto a umas tantas questões prudenciais.  Ou seja, elementos que se prendem com a manutenção da base e do hub de Lisboa, contributos da TAP para o crescimento da economia, ligações à Europa, África e América Latina. Ao mesmo tempo, asseguram-se os acordos de empresa atuais e que obrigam a uma manutenção do vínculo e antiguidade dos trabalhadores do grupo TAP. E não há despedimentos.

Mas o governo revelando mau feitio coloca à margem os três sindicatos que não se sentaram à mesa das negociações. As tais regras prudenciais não se aplicam aos trabalhadores representados por estes sindicatos. Resta-lhes avançarem para os tribunais para impedirem a privatização.

Claro que o governo revela mau feitio mas guardou um trunfo poderoso para oferecer em troca da bonança. A venda da companhia avança e vocês juntam-se aos restantes trabalhadores. E, como se sabe por experiência própria, nunca uma privatização ficou a meio do caminho

PS : e não se diga que os três sindicatos representam 50% dos trabalhadores

TAP - um conjunto de personalidades

Trabalhadores da companhia e outros cidadãos estão contra a greve. A estes a comunicação social não trata por "um conjunto de personalidades", título que reserva para qualquer lista onde entre Mário Soares, Manuel Alegre e António Pedro Vasconcelos. Que estão sempre em todas contra o governo, este ou outro que eles não controlem.

À lista das "personalidades" faltam quatro notáveis para chegar aos "69" curioso número, enquanto à lista de trabalhadores e contribuintes não falta ninguém para chegar aos 500. Redondo.

"Os sindicatos queriam mandar na TAP" diz João Cravinho, para justificar a sua requisição civil. Pois, é isso mesmo o que os sindicatos querem continuar a fazer. Mandar enquanto todos os outros portugueses pagam.

Entretanto, o Metro, está em greve e já anunciou outra para a próxima semana, tudo para defender o "serviço público" que deixa os contribuintes " a penates". E a Refer vai pelo mesmo caminho. Roubam o Natal aos contribuintes para eles ficarem à lareira. Serviço público.

As personalidades já estiveram no "lado de lá" quando o governo era "legítimo e patriótico". Os trabalhadores, os verdadeiros, os que trabalham e não fazem política sempre estiveram do mesmo lado.