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BandaLarga

as autoestradas da informação

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A Grécia também está a ser salva pelo turismo

Quinze pacotes de austeridade depois a Grécia do Syriza está a ser salva pelo turismo . Fazem turismo aqueles que têm as contas públicas equilibradas, défices controlados, dívidas pagáveis e economias fortes .

Foi decidida mais uma renegociação da dívida grega . A extrema esquerda na Grécia está a fazer o mesmo que Passos Coelho e António Costa . Recuperar as contas, ganhar credibilidade e tempo .

Sem investimento e sem uma economia a crescer 3% a 4% não conseguimos pagar a dívida .É verdade na Grécia e é verdade em Portugal . Não vale a pena enganarmo-nos a nós mesmos.

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O Syriza irmão do BE limita direito à greve na Grécia

Se calhar é mesmo boa ideia deixá-los estar algum tempo no poder. Olha se fosse o governo de Passos Coelho ou mesmo o actual.

Na Grécia foram decretadas cerca de 50 greves gerais desde 2010, e isto é visto pelos credores como um problema para a baixa produtividade do país.

Na medida agora aprovada, os sindicatos (com excepções) passam a ter de contar com uma maioria de metade dos membros empregados para terem a possibilidade de decretar uma greve.

“Foram direitos que conseguimos com suor e sangue há mais de três décadas”, disse Odysseus Trivalas ao diário britânico The Guardian. “Esta medida vai fazer com que seja impossível os trabalhadores fazerem ouvir a sua voz”, acusou.

Nem tanto ao mar nem tanto à terra mas como diz o secretário geral da UGT, na AutoEuropa os sindicatos num total de 5 000 trabalhadores decretam greves com apenas 500 trabalhadores a concordarem .

Os extremismos não levam o barco a bom porto.

Como se diz em grego " aterramos " ?

Syrza começou a governar com uma quota de aprovação de 70% nesta altura vai nos 17,5%. O Podemos aqui ao lado em Espanha  vai na terceira posição.

As medidas que têm sido aprovadas no parlamento grego, contudo, estão a fazer derrapar a popularidade do líder esquerdista. E, na opinião do último ministro das Finanças antes da eleição de Alexis Tsipras, Gikas Hardouvelis, a popularidade de Tsipras irá cair ainda mais à medida que as pessoas sentirem no bolso a quebra de rendimentos que virá das medidas que acabam de ser aprovadas a troco da luz verde para a primeira avaliação ao programa de resgate.

Marcelo e Costa andam por Berlim . A Troika está a chegar a Lisboa. A economia, o emprego e as exportações é que já aterraram. É só preciso paciência e ganhar tempo. A realidade faz o resto

O governo de António Costa é a melhor garantia para Marcelo

As sondagens mostram que Marcelo Rebelo de Sousa ganha à 1ª volta e numa hipotética 2ª volta  ganha com maior vantagem. Isto só se explica porque os eleitores querem equilibrar o poder do governo e dos seus apoios de extrema esquerda - PCP e BE.  E os dois primeiros meses de governação não ajudaram. O PS não descola e pagará a factura.

O sinal mais forte é que Maria de Belém e Sampaio da Nóvoa travam uma luta entre si para o segundo lugar quando deveriam estar a tentar travar a vitória de Marcelo na 1ª volta. O segundo sinal forte vem dos que aparecem sempre quando a derrota está perto. Já aconteceu mais que uma vez. A muralha de aço ou a Frente antifascista.

O problema é que mesmo que o PS se junte num só candidato ( a soma dos dois dá agora 36% ) e mesmo que negoceie os votos de Edgar Silva (4%) e de Marisa Matias ( 4,2%) mesmo assim fica muito longe da maioria (50% + 1 ).

Vale a pena estar no governo um ou dois anos para dar de bandeja o palácio de Belém a Marcelo por dez anos ? Se o PS estivesse em condições - económicas, sociais e políticas - de fazer a diferença para os últimos quatro anos, concordaria, mas não está. E não estando o que teria valido a pena era uma coligação com o PSD. Há problemas estruturais do país que só os dois partidos podem resolver. Muito para além da reversão, da revisão, da devolução...

 

A chantagem da esquerda radical

Ao Syriza pré-choque com a realidade. É este o resultado se o PS seguir as palavras cheias de raiva de alguns dos seus membros. Destruir o país e a seguir destruir o próprio PS e oferecer um longo e pacifico reinado à direita .

O partido vive - contra os apelos e tentações de uma coligação negativa de esquerda - um teste essencial. Provavelmente, o maior teste desde a Fonte Luminosa. Eis o PS, 40 anos depois, desafiado pela sua construção. Nos princípios e valores que não podem, em circunstância alguma, serem trocados por uma simples e pobre atitude de ‘revanche'.

Quem no PS defende, como algumas almas foram capazes de o fazer, que o partido deve avaliar correctamente os resultados eleitorais e inviabilizar um governo da direita, estaria a entregar a liderança da esquerda ao Bloco e ao PCP. Sobretudo ao momento Catarina Martins e o que ele significa - o Syriza pré-choque com a realidade, o desvario de Varoufakis e companhia, um projecto assente num processo de nacionalização da economia.

Na Fonte Luminosa esteve Mário Soares, hoje o desafio é feito à couraça da liderança socialista. Ceder à chantagem da esquerda radical teria como consequência inevitável a abertura de uma profunda fractura no PS e ofereceria à direita um longo e tranquilo período no poder. Costa não foi por aí, fez bem.

A Grécia é um pesadelo para o PS

O Syriza tem apenas 2% das intenções de voto a mais em relação à Nova Democracia, viu criar-se um novo partido a partir das suas entranhas e a presidente do Parlamento prepara-se para constituir outro partido. Tal como o BE em Portugal, o Syriza está transformado em barriga de aluguer.

O que há em comum é o ego excessivo destes dirigentes que precisam de um partido só para eles. Incapazes de cedências e consensos deitam borda fora o menino com a água do banho.

Marques Mendes defendeu ainda que "a Grécia é um pesadelo para o PS. Para o social-democrata "por comparação com Portugal, todo o caso grego vai pesar bastante nas eleições", uma vez que "a aventura do Syriza só agravou a vida dos gregos" e "porque António Costa cometeu a imprudência de se deixar associar ao Syriza e agora paga a factura desse erro".

Não há bons ventos quando não se sabe qual o porto de abrigo.

A Grécia está em inconseguimento

Presidente do Parlamento grego está em guerra aberta com o Presidente da República e com o governo do partido a que pertence, o Syriza. Feroz adversária do 3º resgate usa a função para travar os seus adversários políticos. Tudo a bem da nação . Tsipras chama-lhe nada menos que ditadora .

Mas a vingança serve-se fria . A Presidente proibiu a tropa choque de usar as casas de banho do Parlamento . Toma e embrulha .

Zoe Konstantopoulou tem sido uma das mais ferozes parlamentares a opor-se ao resgate e tem votado sempre contra as propostas de Alexis Tsipras. Como presidente do Parlamento, usando por várias vezes expedientes parlamentares para tentar evitar que as leis necessárias para que os credores aprovassem o terceiro resgate fossem votadas. As suas acções obrigaram a que fossem realizadas pelo menos três votações durante a madrugada, algumas delas muito perto do prazo limite para se aprovarem as medidas.

Tão amigos que nós éramos antes de chegar ao poder...

 

Confirmada a divisão no Syriza

Está na sua natureza . Incapazes de encontrar soluções por consenso andam, permanentemente, em aventuras . Tal como cá, cada uma das personalidades precisa de um partido só para si. Confirmada a divisão no Syriza . Quem não sabe para onde vai dificilmente apanha bons ventos.

Para já conseguiram que a Nova Democracia fosse convidada para formar governo . De vitória em vitória até à derrota final.

Lafazanis, que admitiu publicamente que tinha um plano para tirar a Grécia do euro que envolvia apreender as reservas de notas do banco central e até, em caso de desobediência, a prisão do governador do banco central, opôs-se desde o início a um acordo com os credores e votou sempre contra as medidas do novo resgate.

Com estes radicais não é precisa oposição. Sem ajuda deitam os foguetes e apanham as canas. 

Ao aceitar o 3º resgate estará o governo a trair o povo Grego ?

Após o referendo em que o povo rejeitou mais austeridade estará o governo a trair o seu povo ao aceitar um programa com cortes de 12 mil milhões de euros ?

E se não aceitar mais austeridade quem responde pela tragédia de um povo que deixa de ter acesso a bens de primeira necessidade ?

Tsipras aceitou a evidência ou vamos estar perante mais uma cambalhota de última hora ? Remetendo a culpa para os credores, Tsipras é muito capaz de estar a preparar uma revolução rumo ao paraíso comunista. A saída do Euro será sempre uma tragédia para o povo Grego. Mas essas dificuldades do povo serão razão suficiente para parar um revolucionário ?