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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Um subsídio por estar vivo

A ideia já tem 500 anos e vai fazendo o seu caminho. Mas o empurrão decisivo será a 4ª revolução industrial, a era digital, que aumentará a capacidade de produção de riqueza com menos gente. Não haverá emprego para todos.

A Suíça em referendo rejeitou a ideia mas há outros países na Europa  a testar no terreno . E no Canadá há uma região que também está a implementar a medida.

Por cá em Portugal as contas feitas apontam para um montante de 40 mil milhões que seria compensado com a substituição de todos os presentes subsídios e a poupança em papel, luz, combustíveis, água, transportes e tudo o que uma multidão de gente gasta. Alguns trabalhariam menos horas, outros dedicar-se-iam à família e ao trabalho social .

Uma melhor saúde, menos horas perdidas no trânsito e o apoio aos seus mais que compensariam o subsidio . A educação seria repartida entre as escolas e as famílias. Melhor ensino, maior proximidade. A adimistração pública seria poupada a milhões de processos e horas de trabalho.

O mundo já produz o suficiente para todos é agora necessário melhorar a qualidade de vida.

 

 

Comprar tempo livre ganhando menos

A Suiça vai para mais um referendo, uma característa da sua democracia directa. Desta vez propõe que se pague um rendimentto mínimo a todos os cidadãos de cerca de 2 200 euros/mês .

Eu julgo que o que está aqui a ser experimentado é a fase seguinte das democracias e das economias sociais de mercado. O cidadão pode optar em comprar tempo livre de lazer e de acompanhamento da família ganhando menos.

Merkel num dos seus discursos à nação já chamou a atenção que com a introdução das novas tecnologias não haverá emprego para todos. Pelo menos trabalho a tempo inteiro. E há outros países como a Holanda a estudar o assunto.

Para que tal seja possível é necessário que a economia tenha capacidade para produzir o suficiente o que até agora só o sistema capitalista do Ocidente foi capaz. Quando a economia cresce todos ganham embora alguns ganhem mais do que outros. E se uma parte significativa de cidadãos queira ganhar menos ou mesmo deixar de trabalhar ?

A poupança poderá ser enorme. Milhares (milhões) de pessoas poderão trabalhar a partir de casa, não se deslocando de carro próprio ou de transportes públicos. Ou optarão em cuidar dos filhos e formá-los não tendo que pagar escolas. Poderão viver longe das grandes cidades contribuindo para o incremento da actividade económica no interior . Será poupado o ambiente e milhões de toneladas de CO2. Viverão com o que é necessário para ter uma vida decente abandonando o supérfluo, que é hoje um dos maiores problemas da humanidade.

A sociedade e o estado poderão canalizar as suas energias, competências e financiamento para os objectivos verdadeiramente importantes tornando a vida de toda a sociedade mais aprazível mais eficiente e menos turbulenta. Retirar pressão aos gastos da saúde e da educação.

Depois da globalização está a nascer a sociedade do futuro

 

A imigração a pedido

Pode ser, sob o ponto de vista democrático e civilizacional uma menos valia mas, estava na cara que estes países, onde reina o bem estar e a ordem,  seriam procurados por milhões de pobres e desempregados a ponto de terem que tomar medidas limitativas à imigração. A seguir à Suíça outros países tomarão medidas paralelas a esta ou iguais. O Reino Unido há muito que anda a ameaçar. A França debate-se com enormes problemas religiosos e culturais.

No Mediterrâneo milhares de desgraçados procuram, arriscando a vida, chegar ao continente europeu e aumentar o exército de dependentes do estado social.

Quando a economia está a crescer estes problemas não se notam mas, à primeira quebra, esquecem-se os contributos positivos que os imigrantes trazem com eles. Fazer os trabalhos que os locais não querem fazer e rejuvenescer a população. Com implicações imediatas na economia e na sustentação da segurança social. Mas não é assim quando a economia não cresce.

Também aqui a "mão invisivel" não chega para regular os mercados. No caso a oferta e a procura de trabalho.

Numa democracia perto de nós

Os Suíços, patrões e empregados ( mais empregados que patrões) disseram não ao limite dos salários. Gestor e empregado da limpeza. Em referendo.

De referendo em referendo, participando activamente na governação do país, os Suiços vão dando lições aos "igualitaristas" de serviço. Têm um salário mínimo próximo dos 3 000 euros e os reformados uma pensão máxima de 1 700 euros. Tempo para ganhar dinheiro e tempo para lazer.

Em março último, o povo suíço aprovou também por referendo a iniciativa Minder sobre as remunerações abusivas, que vai entrar em vigor dia 01 de janeiro 2014 e que obriga, sem exceção, os conselhos de administração das empresas a fixar os salários, o que antes não era obrigatório, embora não estabeleça limites.

Os eleitores suíços voltam a ser chamados a votar sobre os salários em 2014. Desta vez, respondem a uma iniciativa, lançada pela União Sindical Suíça (USS), que exige que o salário mínimo mensal seja de 4.000 francos suíços (3.333 euros) por 42 horas de trabalho semanal.

 

Limitar os salários milionários - na Suiça e na Alemanha

O referendo na Suiça que deu como resultado a limitação dos altos salários está a fazer caminho. Agora na Alemanha a própria Merkell veio dizer que compreende muito bem as críticas dos trabalhadores alemães aos salários demasiado elevados dos executivos .

Apelou por isso a que o assunto seja discutido "a nível europeu", embora considere que na Alemanha, graças à participação dos trabalhadores nas decisões das empresas, a situação seja "diferente da de outros países".
Nesse sentido, considerou "muito bom" que a União Europeia trabalhe numa iniciativa para que os salários dos altos executivos sejam decididos, não só pelos conselhos de administração, mas também pelas assembleias de accionistas.
Um maior controlo dos salários dos altos executivos na Alemanha tornou-se um tema de debate no país desde que os suíços decidiram em referendo limitar os ordenados dos directores das empresas.


Referendo na Suiça limita salários dos patrões - o povo é quem mais ordena!

Nos países democráticos a crise tem consequências. Na Suiça  passou a existir um limite para salários excessivos dos patrões e gestores. E se há para estes então,vai estender-se aos accionistas. A regulação dos mercados é fundamental e está a fazer o seu caminho. Milhões de pessoas não podem estar ao dispor da ganância de alguns. Nos US o Presidente Obama luta contra a extrema direita para impor regras . A UE está a percorrer o mesmo caminho .

Cá não vemos um ataque sério às rendas excessivas concedidas pelo estado às empresas do regime. É tempo!

Os eleitores suíços aprovaram neste domingo, em referendo, a adopção de medidas legislativas para controlar os salários dos conselhos de administração.

Segundo os resultados avançados pelas agências internacionais AFP e Reuters, o "sim" ganhou com 67,9% dos votos. Isto significa que o Governo, que se declarou contra a iniciativa, deverá agora redigir um projecto de lei que respeite as disposições do texto referendado e depois levá-lo ao Parlamento para ser aprovado. Na contabilidade final das urnas, 1,6 milhões de eleitores disseram sim à legislação, ao passo que 792 mil votaram não.