Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

BandaLarga

as autoestradas da informação

BandaLarga

as autoestradas da informação

Um cheque de pobreza e um carro de 25 000 euros à porta

Receber um cheque da Segurança Social de rendimento mínimo e ter um carro de 25 000 euros ( ou outros bens) é uma flagrante injustiça.

Porque o subsídio mínimo é pago por quem trabalha que, na maioria dos casos, não tem, nem nunca terá, folga para comprar um carro de 25 000 euros. Ora, a maior injustiça de todas é que quem trabalha tenha menos dos que não trabalham. Injustiça é trabalhar e não ter uma vida acima da pobreza.

Para receber o cheque do subsídio mínimo, manda o bom senso, é preciso vender o carro e pagar as dívidas ou comprar os eléctodomésticos que faltam lá em casa ou os livros para a escola dos filhos.

Esta questão está a ser usada numa aparente divisão ideológica entre esquerda e direita, mas quando um político de esquerda está a dizer que não faz mal alguém com um património em bens móveis de 25 mil euros receber uma prestação social para os pobres está a esquecer que quem paga impostos para sustentar esse subsídio são maioritariamente pensionistas e trabalhadores, que dificilmente terão meios para ter um carro com um valor tão alto.

O dinheiro das prestações sociais não é elástico e subsidiar quem efectivamente não precisa é um erro. O Estado deve ser solidário, mas não pode desbaratar o dinheiro dos contribuintes.

Um subsídio por estar vivo

A ideia já tem 500 anos e vai fazendo o seu caminho. Mas o empurrão decisivo será a 4ª revolução industrial, a era digital, que aumentará a capacidade de produção de riqueza com menos gente. Não haverá emprego para todos.

A Suíça em referendo rejeitou a ideia mas há outros países na Europa  a testar no terreno . E no Canadá há uma região que também está a implementar a medida.

Por cá em Portugal as contas feitas apontam para um montante de 40 mil milhões que seria compensado com a substituição de todos os presentes subsídios e a poupança em papel, luz, combustíveis, água, transportes e tudo o que uma multidão de gente gasta. Alguns trabalhariam menos horas, outros dedicar-se-iam à família e ao trabalho social .

Uma melhor saúde, menos horas perdidas no trânsito e o apoio aos seus mais que compensariam o subsidio . A educação seria repartida entre as escolas e as famílias. Melhor ensino, maior proximidade. A adimistração pública seria poupada a milhões de processos e horas de trabalho.

O mundo já produz o suficiente para todos é agora necessário melhorar a qualidade de vida.