Os problemas exigem decisões difíceis que desagradam a muitos. E a governação dos últimos quatro anos também não ajudou. O país continua pobre e não resolveu nenhum dos problemas importantes que dependem da capacidade em criarmos mais riqueza.
A distância entre as intenções de voto no PS e no PSD reduziu-se dramaticamente em apenas um mês e meio, período marcado por negociações tensas em torno do Orçamento do Estado para 2021 e pelo agravamento da pandemia no país
Nesta sondagem cujo trabalho de campo decorreu entre 22 e 26 de outubro, o PS surge com 35,5%, menos 2,1 pontos do que na sondagem anterior, realizada entre 12 e 15 de setembro. Já o PSD, teve a evolução contrária, passando de 23,9% para 27%. Resultado: a diferença, que era de 13,7 pontos percentuais há mês e meio, passou para 8,5 pontos.
E o CHEGA está a décimas do Bloco de Esquerda deixando para trás todos os outros partidos mais pequenos. Esta sondagem também dá uma ideia bem mais relativa do verdadeiro peso que o BE tem.
Como votaria se as eleições legislativas fossem hoje?
Projeção dos resultados excluindo abstencionistas (14%) e após imputação de indecisos e recusas (14%). Entre parêntesis, resultados do total da amostra (com recusas, indecisos e abstenção). A variação, em pontos percentuais, é relativa ao resultado da votação nas eleições legislativas de 6 de outubro de 2019
O PS continua em perda e a margem para o PSD reduziu-se para 7%. O CDS bate no fundo . O CHEGA continua a crescer e já apanhou a CDU e ultrapassou o PAN. A INICIATIVA LIBERAL tambéu cresceu embora menos.
Chega cá sempre dez anos depois de chegar aos outros países europeus.
Sondagem do Jornal de Negócios. A direita veio para ficar tal como chegou no resto da Europa.
INICIATIVA LIBERAL e CHEGA juntos somam 7,7% e se lhes juntarmos o ALIANÇA 0,7% o BLOCO de DIREITA ultrapassa os 8%. Nada mau para quem está no início.
São partidos democráticos liberais, europeístas e pró-economia de mercado. Fazem falta num "país a caminho do socialismo" que vai caindo na tabela do PIB e que não deixa que a sociedade civil respire. O Estado é cada vez maior e mais interventivo.
A Democracia tem caminhos para encontrar soluções. Ao fim de 40 anos está em marcha uma reforma política que os partidos da situação nunca permitiram. Mas o que tem que ser tem muita força.
António Costa ao derrubar um muro à esquerda ergueu outro à direita. Pelo menos facilitou o que já era inevitável.
António Costa terá razão em não querer a companhia dos seus camaradas bloquistas e comunistas.Ao afastar-se do BE tencionava que os votos úteis para alcançar a maioria absoluta se concentrassem no PS. À imagem do que já tinha acontecido ao PC.
Acontece que após ser mais ou menos óbvio que o PS não alcançará a maioria absoluta os votos úteis estão a voltar aos partidos da extrema esquerda.
O caso das "golas" também estará a minar o eleitorado do PS e o caso de Tancos está aí a rebentar. Um e outro não são bonitos de se verem.
António Costa perde popularidade e em compensação Mário Centeno é apresentado como o "mago" das finanças. Há nervosismo no PS.