Os socialistas espanhóis querem refundar o Euro. Ao contrário dos que acham que a única alternativa a uma Zona Euro mal desenhada é a saída, os socialistas espanhóis avançam com medidas que podem reforçar a Zona Euro e que asseguram uma maior estabilidade entre as várias economias. Os socialistas franceses estão em sintonia. Agora chega o convite aos socialistas portugueses.
Manuel de la Rocha explicou à Lusa que o documento aborda cinco pontos principais. O primeiro visa a concretização da União Bancária e do Mercado de Capitais Comum. O segundo aborda a necessidade de se "fazer um orçamento real para o euro", financiado por um lado por "impostos europeus, como o do CO2 (Carbono) ou transacções financeiras" e, por outro, por um Tesouro Europeu que possa emitir ‘eurobonds'. O terceiro passa por uma União Social, com "regras comuns para salário mínimo, idade de reforma, mercado de trabalho" e uma "concertação social europeia".
O quarto ponto é uma "simplificação das regras do pacto de estabilidade e crescimento", propondo o PSOE, por exemplo, um limite de défice global para a União e não individualizado para cada país.
Talvez a situação da Grécia ajude à manutenção do Euro . Todos ganham .
As declarações de Mário Soares à porta da prisão onde está Sócrates mostrou a natureza do pensamento dos socialistas. O país é de todos mas a República é dos socialistas. Logo após o governo de Passos Coelho ter entrado em funções e tendo como programa um contrato internacional assinado por um governo socialista, o PS apressou-se a exigir eleições antecipadas. Não há mandatos eleitorais quando o PS está fora do poder.
As inflamadas palavras de Mário Soares, após a visita a José Sócrates na cadeia de Évora, fazem lembrar esta forma de ser e de estar dos republicanos de antanho: a Justiça funciona bem quando investiga Duarte Lima, Isaltino Morais, Luís Filipe Menezes ou Abel Pinheiro; mas quando se atreve a deter um ex-primeiro ministro socialista, só pode estar ao serviço de uma conspiração. Muitos socialistas partilham desta forma de pensar, mas apenas Soares a poderia expressar em voz alta, com os termos que usou.
Mas esta é uma estratégia perigosa para a Democracia. Se um partido como o PS, com a importância e responsabilidades que tem, questionar a efectiva existência de separação de poderes em Portugal, o que farão doravante os outros partidos quando algum dos seus dirigentes for detido? Queremos mesmo ir por esse caminho, enquanto sociedade?
Defensor estrénuo da economia de mercado e da propriedade privada, não vejo qualquer problema em que, nas áreas de interesse social não passíveis de concorrência directa, sejam empresas de capitais públicos a assegurar os serviços respectivos.
Mas, claro, com uma condição elementar, inerente até ao próprio conceito de “empresa” – o estado ou as autarquias não podem ser financiadores a fundo perdido. A empresa deverá lograr o seu equilíbrio económico. Eventualmente, poderá até comportar uma margem de prejuízo que a utilidade social do serviço e a sua inaptidão para o lucro possam justificar. Mas, ultrapassado esse limite, a dita empresa não poderá deixar de seguir o caminho das inviáveis - o encerramento ou a insolvência. Se assim não for, tal entidade nem merece o nome de “empresa”, pela simples razão de que não o é.
Vem isto a propósito do anúncio de nova greve dos trabalhadores da gestora do Metropolitano de Lisboa, parece que a terceira no lapso de um ano, sem contar com o alegre e acrescido contributo para as greves gerais, que tanto deleitam em extremo os profissionais da manipulação, dirigentes (com dinheiro alheio, já se vê) de umas organizações a que chamam sindicatos, as quais, porém, por motivos análogos ao exemplo acima referido, não merecem tal nome enquanto mantiverem a prática de mera orquestração política, indiferente aos interesses de quem dizem representar.
O estado socialista criou um esquema complicado, inútil, caro e inoperante de gestão dessas empresas de capitais públicos. Também o que mais bem permite a multiplicação de funções inúteis e que só colhem razão de ser na criação de cargos para albergar as suas parasitárias clientelas. Foi ele uma “holding”, chamada “Parpública” que, teoricamente, tira das que ganham para dar às que perdem. Mas que, na prática, recebe do Orçamento do Estado o necessário para manter em funcionamento as inviáveis, que são todas, porque, com poucas e pontuais excepções, todas perdem. Ainda com a particularidade, não despicienda, de que, para sustentar empresas mal geridas, com salários incomportáveis e comportamentos laborais reprováveis, como a do Metropolitano de Lisboa, tanto paga o cidadão lisboeta (utente maltratado) como o bragantino (que é maltratado sem ter a hipótese de ser utente)
É esse esquema de financiamento permanente a fundo perdido que confere aos privilegiados trabalhadores o privilégio de fazerem greves à fartazana, sem terem de se preocupar com o facto de o patrão chegar ao ponto de não ter dinheiro para lhes pagar a tempo e horas ou ter mesmo de fechar portas, contentando-se com um subsídio de desemprego e com o parco que viesse da liquidação, como acontece a quem não mama no OE..
Quem votou nos partidos que constituem a maioria actualmente no poder tinha a esperança de que isto viesse a mudar.
Desenganou-se. Passados mais de três anos, o cenário permanece inalterado, com as cúpulas a ufanar-se, os direitos dos utentes a frustrar-se e os cofres dos cidadãos a exaurir-se.
Depois, queixem-se quando perderem as próximas eleições.
São tão parecidos com os socialistas que usam o nome, que as pessoas pouco os distinguem.
E, daqui por uns dois anitos, quando acusarem esses socialistas que usam o nome de nos terem atirado para nova bancarrota., não se esqueçam de que, se tivessem sido diferentes, ter-lhes-iam inviabilizado o regresso ao poder.
É esta a opinião de uma certa esquerda. "Uma capitulação em toda a linha dos socialistas franceses perante o liberalismo". E o que há em comum nestas situações? É a negação da realidade além dos modelos, da acção concreta. Não se trata de resolver os problemas concretos, não deriva da arte realista do possível, mas sim de saltar o muro e fazer políticas de direita. O império dos mais fortes, o sacrifício dos mais fracos. São, como diria o velho Komintern de Estaline, sociais fascistas. O seu combate faz-se pela esquerda radical - foi o que fizeram os maoístas, até ao limite sanguinário de Pol Pot ou dessa barbárie que é a dinastia de Kim ll Sung na Coreia do Norte - ou pela esquerda folclórica, que resultou nos "temas fracturantes igualitários" e nos regimes populistas como na Venezuela...
Não aceitam a realidade nem mudam a "narrativa", apesar de esta se ouvir há mais de cem anos, sem nunca produzir algo mais que não seja fome, miséria, prisões, tortura e até genocídios dos povos a contrastar com a desvergonha dos líderes.
PS : a partir de um texto de Henrique Monteiro no Expresso
Os partidos socialistas ganham na Europa mas não em Portugal segundo esta sondagem.A sondagem divulgada esta semana pelo Pollwatch 2014, projecto co-financiado pelo Parlamento Europeu para acompanhar as eleições europeias, dá a vitória nas próximas eleições, na globalidade dos 28 estados-membros, aos socialistas - o que faz de Martin Schulz o candidato mais bem posicionado para se tornar presidente da Comissão. De acordo com este inquérito, em Portugal é a coligação PSD/CDS a vencer as europeias, com um ponto de vantagem sobre o PS.
Mas há outros países onde podem acontecer grandes surpresas, Reino Unido, Grécia, França...
Já se percebeu que foram os partidos socialistas que trouxeram os países do sul para a situação em que estão. E já se percebeu que não conseguem apresentar uma proposta convincente. São os próprios, César, Costa e Assis que o dizem. Entretanto os socialistas alemães não fazem Merkel desviar-se um milímetro do que ela considera essencial. A disciplina orçamental alemã ata de pés e mãos a habitual narrativa despesista. É assim que estamos: "Agora junta-se ao coro José Sócrates, que pressiona Seguro quanto ao "posicionamento" do PS para estas eleições, revela desilusão com Hollande e diaboliza Merkel - que foi a primeira pessoa que teve direito a ver o seu PEC IV, já que em Portugal foram poucos os escolhidos. Estamos em plena história da carochinha: a submissão à senhora Merkel começou com Sócrates, apesar de Passos pôr mais enlevo na coisa. E veja-se como Merkel se coligou com os socialistas alemães sem que a política europeia mude um milímetro. "
A estratégia, basicamente, é a seguinte. Portugal e os restantes países do sul foram levados( pela orelha? ) a contraírem uma dívida monumental. Que como toda a gente honesta têm que pagar. Os países do norte da europa logo meteram cá dentro a Troika com o intuito de protegerem os credores. E o país para pagar tem que poupar e preparar-se para produzir mais e consumir menos. É assim que empobrecem os devedores e enriquecem os credores.
A alternativa é socializar a dívida,se possível com todos os países devedores em uníssono, a saírem do Euro. A voltarem à sua moeda para desvalorizar,voltar a ter politica monetária própria e, claro, a empobrecer. Mas seria bom para os devedores,para as exportações ,para os que produzem para o mercado interno.
O resto adivinha-se. Os países pobres do sul, juntavam-se numa "União socialista" de costas voltadas para os países capitalistas europeus e de mãos dadas com os países socialistas se é que há algum. E a utopia socialista voltava a ser uma visão. O mesmo de sempre. Não mudam e interessa-lhes pouco que voltássemos ao isolamento de uma Cuba na Europa.
Não sei se são só os meus filhos que são socialistas ou se são todas as crianças que sofrem do mesmo mal. Mas tenho a certeza do que falo, em relação aos meus.
E nada disto é deformação educacional – eles têm sido insistentemente educados no sentido inverso. Mas a natureza das criaturas resiste à benéfica influência paternal como a aldeia do Astérix resistiu culturalmente aos romanos. Os garotos são estóicos e defendem com resistência a bandeira marxista sem fazerem ideia de quem é o senhor.
Ora o primeiro sintoma desta deformação ideológica tem que ver com os direitos. Os meus filhos só têm direitos. Direitos materiais, emocionais, futuros, ambíguos e todos eles adquiridos.
É tudo, absolutamente tudo, adquirido. Eles dão como adquirido o divertimento, as férias, a boleia para a escola, a escola, os ténis novos, o computador, a roupinha lavada, a televisão e até eu. Deveres, não têm nenhum.
Quanto muito lavam um prato por dia e puxam o edredão da cama para cima, pouco mais. Vivem literalmente de mão estendida sem qualquer vergonha ou humildade. Na cabecinha socialista deles não existe o conceito de bem comum, só o bem deles. Muito, muito deles.
O segundo sintoma tem que ver com o aparecimento desses direitos. Como aparecem esses direitos? Não sabem. Sabem que basta abrirem a torneira que a água vem quente, que dentro do frigorífico está invariavelmente leite fresquinho, que os livros da escola aparecem forradinhos todos os anos, que o carro tem sempre gasolina e que o dinheiro nasce na parede onde estão as máquinas de multibanco. A única diferença entre eles e os socialistas com cartão de militante é que, justiça seja feita, estes últimos já não acreditam na parede – são os bancos que imprimem dinheiro e pronto, ele nunca falta.
Outro sintomaalarmante é a visão de futuro. O futuro para os meus filhos é qualquer coisa que se vai passar logo à noite, o mais tardar. Eles não vão mais longe do que isto. Na sua cabecinha, não há planeamento, só gastamento, só o imediato. Se há, come-se, gasta-se, esgota-se, e depois logo se vê. Poupar não é com eles. Um saco de gomas ou uma caixa de chocolates deixada no meio da sala da minha casa tem o mesmo destino que um crédito de milhões endereçado ao Largo do Rato: acaba tudo no esgoto. E não foi ninguém...
O quarto tique socialista das minhas crianças é estarem convictas de que nada depende delas. Como são só crianças, acham que nada do que fazem tem importância ou consequências. Ora esta visão do mundo e da vida faz com que os meus filhos achem que podem fazer todo o tipo de asneiras, que alguém irá depois apanhar os cacos. Eles ficam de castigo é certo (mais ou menos a mesma coisa que perder eleições), mas quem apanha os cacos sou eu. Os meus filhos nasceram desresponsabilizados. A responsabilidade é sempre de outro qualquer: o outro que paga, o outro que assina, o outro que limpa. No caso dos meus filhos, o outro sou eu, no caso dos socialistas encartados o outro é o governo seguinte.
Por fim, o último mas não menos aterrorizador sintoma muito socialista dos meus filhos é a inveja: eles não podem ver nada que já querem. Acham que têm de ter tudo o que o do lado tem, quer mereçam quer não. São autênticos novos-ricos sem cheta. Acham que todos temos de ter o mesmo e, se não dá para repartir, ninguém tem. Ou comem todos ou não come nenhum. Senão vão à luta. Eu não posso dar mais dinheiro a um do que a outro ou tenho o mesmo destino que Nicolau II. Mesmo que um ajude mais que outro e tenha melhores notas, a "cultura democrática" em minha casa não permite essa diferenciação. Os meus filhos chamam a esta inveja disfarçada, justiça, os socialistas deram-lhe o nome de justiça social.
A minha sorte é que os meus filhos crescem. Já os socialistas são crianças a vida inteira.
Os socialistas, ou melhor as correntes socratistas e costistas podem começar a fazer contas. Demora muito ?
Se Sócrates aparecesse num qualquer canal privado, ainda vá que não vá – seria lá com eles. Mas o facto de ser na RTP só me faz lembrar o requinte de crueldade dos chineses que mandam a factura da bala à família do executado…
Hollande declarou em Oslo que " crise ficou para trás". Os socialistas europeus ficaram à beira de um ataque de nervos. Pode lá ser! "Certo é que, logo depois das eleições, o tom europeu até mudou e na cimeira de Junho falou-se de uma agenda para o crescimento, mas a prática tarda em chegar, o que desespera os socialistas portugueses. “Hollande já teve um papel decisivo na mudança do discurso, agora é preciso que as decisões surjam”, diz Eduardo Cabrita. “A grande onda de viragem não está concluída porque a maioria dos estados não adere às teses do crescimento”, acredita Pedro Alves. E Cabrita ainda acrescenta que “há decisões que têm de ser concretizadas com a máxima urgência, como o crescimento e a união bancária”.