O ministro Pedro Nuno Santos já pôs as pernas dos alemães a tremer por causa da dívida agora põe as pernas dos portugueses a tremer por causa da liberdade de escolha.
Objectivamente, a visão de liberdade de Pedro Nuno Santos não difere daquela que diz ser a de João Cotrim de Figueiredo e da IL. O que o ministro expressa é uma mera possibilidade de escolha. A diferença está em quem faz a escolha. Para o deputado da IL deve ser o cidadão, para o ministro deve ser o Estado.
Ao afirmar que deve ser o Estado, e não o cidadão, a escolher, Pedro Nuno Santos está efectivamente a impedir que o indivíduo seja verdadeiramente livre, pois não permite que este assuma as suas responsabilidades. Ora, esta posição traduz uma inversão aos pressupostos da democracia representativa. Deve ser o cidadão a controlar o Estado (e os seus representantes) e não o Estado a controlar os cidadãos.
Esta é uma das diferenças fundamentais entre o socialismo e o liberalismo. Enquanto o liberalismo questiona o Estado e os seus representantes, o socialismo não confia nos cidadãos e jamais lhes dará a responsabilidade da liberdade. O ministro Pedro Nuno Santos não quer que as escolhas dos cidadãos possam beneficiar agentes privados (principalmente estes) ou públicos. Prefere privá-los da liberdade, escolhendo por eles, e favorecer selectivamente e arbitrariamente alguns (quiçá) “camaradas”.
Sem capacidade de inovação e sem novas tecnologias não há qualidade de vida. Não é por acaso que na Europa nunca tivemos desastres ecológicos, derrame de petróleo ou destruição de uma central nuclear.
Entre o negacionismo reacionário e o anticapitalismo primário, há-de haver um meio-termo civilizado na protecção do planeta. E esse meio-termo não há-de estar dependente do fim do crescimento económico, mas da reorientação do crescimento, nas políticas públicas e nas opções privadas, segundo pressupostos de sustentabilidade.
A solução para a emergência ambiental não está em refrear a criatividade natural do ser humano, nem numa demanda impossível contra o nosso egoísmo intrínseco. Está na nossa liberdade e na nossa infinita capacidade de inovação tecnológica. Determinada, é claro, pelo desejo permanente de melhorarmos a nossa condição. O que salvará o planeta é o capitalismo.
A família socialista agita-se com as sondagens em perda continua. Segue-se a limpeza de primos e primas.
O ambiente no partido está muito pesado por causa desta sondagem”, confidenciava nesta quinta-feira ao PÚBLICO fonte socialista, adiantando que António Costa se prepara para fazer uma “limpeza nos gabinetes ministeriais, afastando primos, primas, tios, tias…depois das eleições europeias”, numa tentativa de arrumar a casa antes do combate das legislativas.
Entretanto o governo e os seus apoios têm pela frente a reposição exigida pelos professores. PS, BE e PCP têm o dever de encontrar uma solução sustentável financeira e politicamente. PSD e CDS só têm que deixar o assunto nas mãos da geringonça.
Não há 800 milhões para acumular na despesa para sempre e aí o governo tem razão. O PS com este assunto vai desgastar-se mais e vai chegar às legislativas em mau estado. Quem diria que seria o PS a desejar eleições no mais curto período. E vêem aí os incêndios.
A Venezuela é mais um caso onde o socialismo borregou. Acabou o petróleo acabou o socialismo .
A Venezuela é hoje um Estado falhado. Com elevados níveis de miséria, em que parte substancial do seu povo vive com enormes dificuldades para comer e subsistir. Mais de 2 milhões de Venezuelanos fugiram do país. Mas ninguém tem coragem para lhes chamar refugiados. Creio que só a Síria terá hoje mais refugiados. Mas a ONU não se mostra capaz de sequer trazer o tema para o centro do debate mundial. A Venezuela tem hoje uma hiperinflação e uma moeda que pura e simplesmente deixou de ter valor. O PIB caiu mais de 20% no último ano.
Ora, aquilo que Chavez e Maduro fizeram nos últimos 20 anos foi exatamente a fórmula que a extrema-esquerda em Portugal sempre defendeu e continua a defender. Nacionalizações e controlo do Estado de quase toda a economia. Controlo absoluto do pensamento marxista nas salas de aula, da primária à universidade. Um Estado omnipresente. E sem liberdades para quem se opõe. Uma legislação laboral extremamente rígida. Total hostilidade para com a iniciativa privada e o investimento privado.
"Mas a verdade pura e dura é que quem, em nome do povo, da pátria e do socialismo atira para a mais vil miséria o povo, entrega os recursos naturais a um país estrangeiro e aprofunda os erros de uma economia extrativista já não está a defender coisa nenhuma a não ser a sua própria sobrevivência."
O exemplo é, por estes dias, a Venezuela do mar de petróleo que não andará longe de um golpe militar que, inevitavelmente, arrastará o país para uma ditadura de extrema direita. Oxalá que não mas ainda vamos ouvir os apoiantes de Chavez e Maduro rasgarem as vestes contra os golpistas como se não fossem os culpados.
Desde a queda do preço do petróleo ( no tempo de Chavez andava acima dos 100 dólares/barril) até à ingerência imperialista tudo servirá para lavar os crimes do socialismo de miséria . Tal como aconteceu nos outros paraísos .
A cegueira ideológica é que não ajuda ninguem, bem pelo contrário, ajuda a que a miséria do povo seja vista como sendo um castigo a que os pobres não podem fugir. Pois se a miséria não resulta das decisões de quem as toma estando no poder no país...
O Bloco de Esquerda e muitos dos seus camaradas das ruínas socialistas, sobretudo os que trabalham no Centro de Estudos Sociais na Universidade de Coimbra, passaram anos a defender e a elogiar o regime chavista na Venezuela. A Venezuela de Chávez simbolizava a resistência ao “imperialismo” norte-americano. Lembro-me muito bem como as nossas esquerdas, durante a primeira década deste século, não perdiam uma oportunidade para elogiar Chávez e atacar George W. Bush.
O “chavismo” também era visto como um modelo para países europeus como Espanha e Portugal. Era o socialismo do século XXI. E a verdade é que há mesmo socialismo na Venezuela.
O Partido Socialista, apesar de claramente minoritário, pode fazer o que quiser graças a um subtil poder de chantagem sobre os parceiros. Na verdade, PCP, PEV e BE nunca recusarão o apoio ao executivo, pelo menos nos momentos decisivos, sem serem acusados de provocar o regresso da odiada direita. Como além disso estão ansiosos por exorcizar a sua imagem de trolls antidemocráticos, vão abandonando a ideologia na gaveta.
Propostas como reestruturação da dívida pública, reversão programada das privatizações, controlo público da banca, imposto sobre as grandes fortunas, libertação da submissão ao euro, entre tantas outras que eram centrais nos programas eleitorais de 2015, foram tranquilamente esquecidas.
Em vez disso, apoiam aquilo que, se estivessem na oposição, acusariam de "política de direita do PS": cumprimento das regras europeias, manutenção das leis laborais e de todos os pilares do regime que andaram 40 anos a criticar. Afinal, a política deste governo tem sido praticamente igual à que seria se o PS tivesse maioria absoluta.
Então para quê votar naqueles partidos ? As autárquicas já deram um primeiro e importante aviso .
Ia ser o fim da zona euro com as eleições que ocorreram nos últimos dois anos. Na Alemanha e na França agora é que a extrema direita ía para o poder. Não foi. Pelo contrário muito longe disso.
Curiosamente, ou talvez não, a extrema direita, quanto à Europa, defende muita coisa que também é bandeira da extrema esquerda. A revogação do Tratado Orçamental, a saída do euro, a renegociação da dívida, o regresso ao nacionalismo.
Bem pelo contrário, são os partidos pró-europa e pró-zona euro que ganham eleições e governam. Aliás, não poderia ser de outra forma quando 70% dos europeus são pró-europa.
O que compromete é o abanão dos convencionais partidos socialistas que vão descendo nos rankings em direcção à sua extinção como já aconteceu, aliás, com os partidos comunistas.
E, assim, vão aparecendo os Blocos de Esquerda que também dão pelo nome de PODEMOS, Syrisa e ouros que tais. E, como sempre acontece, carrega na extrema esquerda, também carrega na extrema direita, balançando o sistema.
Como fiel da balança continuam os partidos democráticos, ocidentais pró - europa e de economia social de mercado .
Foi o que aconteceu agora na Alemanha e já acontecera na França. Enquanto a Europa for o espaço do estado social, do estado de direito e da livre iniciativa bem podem continuar a gritar que vem lá o lobo.
Europa direita direita% de votos, eleições de 2017 Le Pen / França 21,3% PVV / Holanda 13,1% AfD / Alemanha 12,6% UKIP / Reino Unido 1,8%
A revolução não se pode fazer contra o povo . Nem pode depender de um só homem por melhor que seja. Porque o melhor que faz é rodear-se de gente medíocre que o idolatra em vez de o criticar . Depois sobra gente como Maduro.
Chavez não foi capaz de desenvolver uma sociedade democrática nem criar uma classe social independente do estado e da sua única fonte de rendimentos, o petróleo. Ao primeiro abalo no preço do petróleo o socialismo transformou-se numa ditadura.
E não foi capaz de desenvolver uma economia social de mercado para quebrar o ciclo de pobreza, projectando-a para outro patamar capaz de sustentar um estado social e aproximar desigualdades sociais .
Como se viu ontem Maduro deu o passo que faltava de uma ditadura. A baixíssima percentagem de votantes não deixa dúvidas que passou a governar contra a maioria do seu povo.
E governar contra a maioria do seu povo não é socialismo é uma ditadura. O PCP já veio publicamente apoiar a revolução contra o povo venezuelano.