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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Um comentador que não se respeita e não nos respeita

Entre duas posições opostas - a do governo e a da oposição - Jorge Coelho estudou a fundo ( segundo as suas palavras) o que está a acontecer ao investimento. Foi perguntar ao governo ( uma das partes interessadas) e transmitiu a opinião do governo como se fosse sua e resultado do seu estudo " a fundo". Diz o comentador e ex-ministro do PS que pergunta " a quem quiser". É, nós também só ouvimos e levamos a sério quem quisermos.

Estes comentadores ligados a partidos e que devem toda a sua vida a um determinado partido são comentadores ou são só mais um instrumento de propaganda partidária? E, no caso a SICN paga-lhe bem ? A SICN dá-lhe espaço para comentário partidário e ainda lhe paga ?

Diz Jorge Coelho que pergunta a quem quiser e nós, por isso mesmo, estávamos à espera que fosse perguntar a uma entidade independente, ao INE por exemplo. Mas não, como isso podia trazer-lhe dissabores e não dar a bota com a perdigota, o bom do Coelho foi perguntar aos camaradas, sabendo de antemão o que lhe diriam.

Na quadratura do círculo até temos quem sendo do PSD é o mais feroz crítico de Passos Coelho . Temos Lobo Xavier, um homem próximo do CDS, que é moderado e não se inibe de criticar o seu espaço político. E Jorge Coelho ? Já alguém lhe ouviu uma palavra que seja de critica ao governo ?

E agora como é que eu faço para continuar a ouvir Pacheco Pereira e Lobo Xavier sabendo que posso sempre saber o que pensa Jorge Coelho ouvindo os membros do governo ? Indo à fonte ?

E a SICN vai continuar a pagar-lhe ?

Momento raro em televisão - os mais ricos dos ricos não pagam impostos

No programa da SIC - N ( negócios da Semana) da autoria de José Gomes Ferreira foi entrevistado um ex-director geral da Administração Fiscal. Entre muitas coisas que revelou há uma absolutamente extraordinária. As 1 000 famílias que possuem acima de 25 mil milhões em propriedades e ou auferem 5 mil milhões de rendimento, pagam em IRS cerca de 2% do total arrecadado na totalidade dos impostos. As famílias com o mesmo estatuto nos países mais próximos de nós, pagam o equivalente a 20% da totalidade do imposto arrecadado em sede de IRS.

A razão principal é porque conseguem interferir na legislação produzida na Assembleia da República e nos outros níveis legislativos e executivos do estado.

Perguntado porque não se avança na perseguição dessa gente, respondeu que o caminho vai sendo percorrido aos solavancos com interferências do poder executivo que ora dá luz verde ora retira as competências necessárias.

O ex - director geral trabalhou com dois ministros das finanças e com quatro secretários de Estado ( governos de Sócrates e de Passos Coelho) durante sete anos, acabando por pedir a demissão quando percebeu que o objectivo era cortar as asas à Administração Fiscal.

Com Vitor Gaspar a receita fiscal, com o brutal aumento de impostos, aumentou sete mil milhões ( de 32 mil milhões para 39 mil milhões) mas das tais mil famílias só uma minoria foi afectada. 

A Democracia e a liberdade de expressão não têm alternativa.