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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Seriam necessários 5 anos para substituir os serviços prestados pelos hospitais privados

Cinco anos não é pouca coisa e penso mesmo que sendo muito está muito aquém da realidade.

Para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) conseguir absorver o recurso aos setores privado e social teria de garantir os exames feitos em laboratórios privados, reduzir os tempos de espera de consultas, de cirurgias, acabar com o modelo das unidades hospitalares geridas por parcerias público-privadas (PPP) e investir em profissionais e equipamentos. "No mínimo estamos a falar de cinco anos", aponta o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, Alexandre Lourenço.

Para já o que está em discussão são as PPP de gestão privada nos hospitais públicos, porque se estivéssemos a falar das PPP de concepção/construção/equipamento o prazo seria bem mais longo e o investimento está fora da capacidade financeira do Estado ( veja-se que está em curso a PPP para a concepção/construção/equipamento do novo hospital de Lisboa um investimento de 330 milhões que os privados vão realizar ).

Em Portugal existem 118 hospitais privados e 117 hospitais públicos uma oferta que, tendo em consideração as listas de espera para consultas e cirurgias, não satisfaz a procura.

Não será com menos oferta que satisfaremos uma maior procura

 

Uma homenagem aos esforços do governo anterior

Henrique Monteiro

Porque, se formos ver com alguma calma, a ação deste Governo, apesar da sua popularidade e do clima de otimismo e confiança que provocou, é, em si mesmo, uma homenagem aos esforços do Governo anterior.

Para o demonstrar sem grande esforço basta ver que, para repor salários e pensões (de molde a que agradou, mas não entusiasmou os beneficiados), mantendo os compromissos europeus sobre a trajetória da dívida, o Governo do PS deixou degradar inúmeros serviços públicos. O que seria dos grandes defensores do SNS ao verem o que se passa hoje, caso o Governo fosse de direita? Ou o que se passa na Educação? Ou no aeroporto? Ou na CP? Ou nas Forças Armadas e a trapalhada de Tancos? Ou em tantos outros sectores em que o PSD ou não se faz ouvir ou não consegue fazer-se ouvir? A degradação destes serviços (e de muitos outros) é uma continuação da austeridade que poderia ser mitigada caso fosse dividida por todos. Ao privilegiar sectores como os da Função Pública, onde se situa a grande base de apoio eleitoral dos partidos que sustentam o Governo, prejudicou todos os outros. Apesar de serem, principalmente, esses ‘todos os outros’ que têm feito, com o seu esforço, o país andar para a frente.

Até quando os portugueses suportam esta desgraça governamental ?

À custa do silêncio do PC e do BE a degradação dos serviços públicos chegou a níveis vergonhosos. 

As imagens e notícias que vimos partilhadas nos últimos dias revelam bem os custos da estratégia portuguesa para reduzir o défice das contas públicas: hospitais públicos que nos fazem lembrar tristemente imagens da Etiópia ou da República Centro Africana e escolas onde se desliga o aquecimento e a eletricidade porque não há dinheiro para as pagar. A indignação dos portugueses só tem sido evitada graças à ocultação que PCP e Bloco de Esquerda têm permitido e à conivência de algumas estruturas sindicais que tão habilmente têm trocado o seu silêncio por benesses e mais valias para os seus associados.

Esta semana foram os hospitais e as escolas, mas podíamos também falar da degradação dos transportes públicos, dos comboios, dos cacilheiros, do metro, já para não falar no amontoar de verdadeiros calotes por parte do governo aos fornecedores dos hospitais, às escolas profissionais, aos institutos politécnicos, às universidades, aos bolseiros de investigação, aos bombeiros ou às autarquias, às IPSS´s, entre tantos outros, ou da falta de combustível ou de meios das forças de segurança.

Até quando os portugueses aguentam esta desgraça ?