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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Se as casas vazias fossem um abrigo

Há, de certeza casos de "sem abrigo" que ocupariam casas devolutas e fariam delas o seu abrigo. Mas não me parece que seja essa a solução para a maioria. Sem acompanhamento técnico e social a maioria dos sem abrigo não é capaz de fazer de uma casa vazia um lar. É tudo bem mais difícil do que o título do Público dá a entender " Um milhão de casas vazias e há cada vez mais sem abrigo". Seria bom que uma pequena parte dessas casas ( sim, porque bastaria uma pequena parte) resolvesse essa chaga social.

Parece inaceitável que o Estado, as câmaras e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa não tenham uma bolsa de habitação social para, de imediato, acolher quem fica sem tecto.

De acordo com a Estratégia Nacional, ninguém deve ser obrigado a ficar na rua mais de 24 horas. Vigora alguma resistência ao acompanhamento social, sobretudo, entre pessoas com problemas de saúde mental, de consumo excessivo de álcool ou outras drogas, indica Vanda Coelho, assistente social da Associação para o Planeamento da Família. Há quem já esteja há anos de rua. Um homem a quem foi atribuído um quarto de pensão dormia no chão nos primeiros tempos. É bem mais complexo do que encontrar casas devolutas e meter lá dentro pessoas pessoas que desistiram da vida.

Segundo Ulrich os sem abrigo não sofrem de espondilose

Dormem no chão. Não há melhor para a coluna. Sentam-se nos bancos de jardim. Não há melhor para a circulação. Comem uma vez por dia não sofrem de colesterol. Pão, doces e álcool não chegam para um episódio de triglicédios . Não tomam banho o que é óptimo para a pele, não há eczemas nem fungos.

Não têm conta bancária, não podem ser roubados pelos banqueiros . Nem trabalham o que lhes dá um desafogo enorme no IRS. IVA não pagam. Altas de preços é coisa que não os preocupa. Enfim uns felizardos como não aguentam? Aguentam, aguentam...

E aí está o que nos espera. Nenhuma preocupação com as finanças, nem com a educação dos filhos, nem com o tratamento dos mais velhos. E, já que Ulrich não se lembrou, não esqueçamos que deixaremos de pagar impostos. Claro que aguentamos!