“Dá a impressão que o PS comprou um complicómetro”, diz em tom de graça.( uma das tais figuras públicas )
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Trata-se de um dos mais profundos problemas do Serviço Nacional de Saúde . A acessibilidade . E a resposta é simples. Se precisarem de uma cirurgia não urgente não estão para esperar oito ou nove meses para serem operados.
Outro aspecto é o da sustentabilidade, o SNS sobe o dobro ou o triplo do que sobe o PIB. Não há reequipamento nem investimento na inovação.
Outro aspecto é o da ineficiência : há 15% a 20% de ineficiência no SNS. Temos que ter comparação entre as iniciativas públicas, privadas e social. O Estado tem que prover um bem público não tem que o produzir pode contratar com o privado ( neste caso pagando conforme os resultados) ou com o sector social ( cuidados continuados).
O Estado tem que ter competências de controlo e fiscalização. O problema não é se é público ou privado é se serve ou não a população. O Estado como está organizado não permite pagar melhor a quem faz mais e melhor. Não há incentivos.
Outra questão é : os privados estão a fazer lucros com a minha saúde .Mas os medicamentos são todos de empresas privadas . Nunca vi a esquerda reivindicar a nacionalização das companhias farmacêuticas.
O livro que foi lançado por António Arnaut e João Semedo não precisa de ser lido é a apologia do estatismo na saúde, é a ideologia, não é a autonomia dos hospitais. É o sentido contrário à evolução do "Serviço Nacional de Saúde" para um "Sistema Nacional de Saúde", onde continuará a garantia da gratuitidade dos cuidados de saúde à população mas onde possam coexistir as iniciativas pública, privada ou social.
E, sim, as PPP na saúde tiveram ganhos claríssimos .
Expresso - entrevista a Luis Filipe Pereira
Em 2015 os hospitais privados fizeram mais um milhão de consultas e urgências relativamente a 2014. No total 8,6 milhões de consultas e urgências.
Os utentes da ADSE recorrem cada vez mais aos privados e há cada vez mais seguros de saúde. Mais e melhor acessibilidade, menor espera e qualidade são os atributos que levam os doentes ao sector privado. Calcule-se o pandemónio no SNS se tivesse que acomodar mais este nível de procura. Colapsava.
Em 2014, 2,2 milhões tinham um seguro, refere a Associação Portuguesa de Seguradores.
O contínuo crescimento dos grupos privados, que passaram de uma faturação de 750 milhões de euros para 1855 em 2015 (valores estimados), deve-se em parte a uma maior procura da parte de beneficiários da ADSE. O DN noticiou ontem que a despesa média por utente cresceu 46% em cinco anos porque quem tem ADSE opta cada vez mais pelo setor privado. Um sistema que deverá ser alargado.
Constantino Sakellarides, consultor do Ministério da Saúde, disse ao DN que é urgente a mudança na ADSE, que tem de ser "bem gerida, devidamente remunerada e ter em conta que não se pode alargar a um ponto em que passe a haver um SNS dos pobres". O SNS deverá ser transformado para que as pessoas, em particular a classe média que o sustenta, o apreciem e o reconheçam como algo deles".
A existência de dois sistemas em complementariedade relança a inovação e a qualidade.
É difícil fazer pior. António Costa obtém resultados abaixo dos de António José Seguro. Enquanto não abriu a boca teve um arranque fulgurante depois foi sempre a descer.
E, cá para nós, aquela cena da facada em Seguro não caiu bem. E depois o regresso das múmias. E a seguir um programa que não conseguiu explicar. Tudo junto é um desastre.
O mau perder e o mau carácter . A ameaça que inviabilizaria a acção governativa . Querer arranjar uma golpada de última hora para ganhar onde perdeu.
Eu sei que muitas vezes se diz que por um se ganha e por um se perde. É verdade, no futebol é assim. Na política não é assim. É que a diferença faz muita diferença, na política. É que quem ganha por poucochinho é capaz de poucochinho. E o que nós temos de fazer não é poucochinho. O que nós temos de fazer é uma grande mudança" .
O seu poucochinho é tão poucochinho que até já se vê nas mãos do Bloco de Esquerda. Porca miséria .
"Passar a perna ". O povo não se esquece. Ninguém compra um carro em segunda mão a quem passa a perna a um dos seus. Então veja lá isso .
"Figuras públicas do PS exigem a Costa que lidere a agenda mediática " titula o Público . As mesmas figuras são as que começaram a ameaçar Seguro quando descobriram que as suas vitórias em eleições eram "poucochinho".
António Costa estava convencido que bastava substituir António José Seguro para ganhar o partido e vencer a coligação no governo. Não foi assim e isso é algo que as tais figuras públicas não perdoam a ninguém. Vivem do e no poder, longe, deixam de ser figuras e de ser públicas.
As eleições estão à porta e quem pode apresentar serviço é o governo. Ainda mais neste 2º semestre. Já começaram a aparecer sinais de boas notícias . O turismo bate recordes e a receita deixada pelos turistas é a maior de sempre. Em Setembro e Outubro a ocupação dos hotéis já está confirmada acima dos 50% . Agosto tem sido um "must" cheio de turistas e de receitas. Costa não pode esperar ajuda do lado onde mais toca o bolso dos eleitores.
Aselhice dos cartazes, Maria de Belém e narrativa de Sócrates são sombras negras . As figuras públicas do PS têm boas razões para se inquietarem...
“Dá a impressão que o PS comprou um complicómetro”, diz em tom de graça.( uma das tais figuras públicas )
António José Seguro foi despedido por ganhar "por poucochinho". Édson Athayde está quase no desemprego porque a campanha está a correr mal. O próximo será um António, embora ainda não se saiba qual.
É que há sempre um responsável mas nunca é o Costa. Esteve com Sócrates nos governos que atiraram o país para a bancarrota, mas os culpados não estão no PS.
O cartaz ( de Édson que António Costa não gosta) não é só propaganda, o que já seria irónico. É o PS. Um cartaz que tenta esconder um passado e oferecer um futuro radioso. Mas não é possível apagar o passado. O PS e António Costa teriam andado bem melhor se tivessem resistido à tentação.
O novo cartaz mostra uma jovem a tentar esconder com uma cortina um céu carregado de nuvens negras ao mesmo tempo que abre para um sol radioso em fundo de céu azul .
Parece inspirado na melhor tradição da propaganda cultural maoísta ou no "realismo socialista" da era soviética (Luis Marques - Expresso)
Foi em Janeiro de 2013 na agitada reunião em que António Costa enfrentou António José Seguro. Se não consegues unir o partido eu consigo. Mas parece que não. Mais uma vez Costa, falha. Não consegue unir o partido, nem deslocar nas sondagens nem sequer encontrar um candidato consensual às presidenciais.
Numa rápida visita aos últimos meses, percebe-se que o compromisso de unir o partido tem vindo a esboroar-se. E em várias frentes, contaminando-lhe a campanha. Nas listas. Na escolha do candidato presidencial - César de um lado, Costa do outro. Sampaio da Nóvoa à esquerda e Maria de Belém à espreita. Na reação à Grécia e a Sócrates. Na TSU. Nos discursos sobre o país - positivos para uma plateia de chineses, negativos para portugueses. Nos resultados das sondagens. Enfim, tudo tem servido para amolecer a cimentada liderança que Costa prometeu ao partido depois de um Seguro “de Pirro”.
A vida não está fácil para António Costa. É bem verdade que Roma não paga a traidores. Seguro escangalha-se a rir de puro gozo.
Segundo os socialistas a prisão de Sócrates explica as sondagens de António Costa que não descola, estando ao mesmo nível das de Seguro. Duas sondagens do último fim-de-semana mostram que António Costa não consegue ganhar distância sobre a coligação PSD/CDS e até perde ligeiramente terreno. A Eurosondagem coloca o PS apenas 3,1% à frente de PSD e CDS somados. Na Aximage, a distância é ainda menor: 1,3%.
Mas há quem no PS veja o caso com mais optimismo. A surpresa é o PS mesmo assim não ter caído mais. Mas na leitura dos números - pelo menos nos últimos – não é só o facto de o PS não subir tanto quanto os socialistas esperavam, há também o facto de o PSD subir, mesmo que ligeiramente, o que reduz assim a diferença e mostra um menor desgaste do atual Governo do que era esperado.
O comportamento da economia nos próximos meses é que irá ditar o resultado das eleições, especialmente o comportamento da taxa do desemprego. De acordo com números do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), em dezembro e em termos homólogos, o número de inscritos como desempregados nos centros de emprego caiu 13,3%, o que representa menos 91.954 pessoas.
O Dr. Mário Soares dá enormes calinadas e nem sequer se apercebe delas. Disse-me uma vez um psiquiatra que "enquanto o doente percebe que está doente a doença não é grave, o pior é quando já não tem consciência disso." É o que se passa com o Dr. Mário Soares que em Olhão declarou que " o governo não passa de Setembro e que os ministros poderão ter que sair do país." Deduz-se que pelas mal feitorias praticadas, ao abrigo do acordo que o seu amigo José Sócrates assinou com o FMI e as Instituições Europeias.
Manifestamente não tem consciência que sair do país foi justamente o que aconteceu a Sócrates. Foi estudar filosofia para Paris. Aliás, lembro-me bem, que perguntado sobre a questão, Soares respondeu mais ou menos assim "que Sócrates tinha feito muito bem em ter ido para fora" como quem diz, "enquanto a borrasca passa."
Não satisfeito ( ou muito satisfeito) atirou-se a Seguro que teve o desplante de enfrentar o "seu candidato", o qual é apoiado pelos "donos disto tudo". Já quando um dos "donos disto tudo" caiu, Soares apressou-se a vir a terreiro garantir "que o governo estava lixado por se ter metido com a excelência" .
Este governo mexeu em muitos interesses poderosos que cresceram à sombra de Soares e dos seus governos. Acham que aceita se eu lhe aconselhar o meu psiquiatra?