É bem de ver que António Costa não sabia como, habitualmente, não sabe de nada. E veio a terreiro defender a ministra do Turismo que agora é ministra da Segurança Social sem nada dela saber.
O primeiro ministro na ânsia de atirar as culpas para outro seja ele quem for, ganhou uma guerra com os médicos e com as famílias dos idosos internados. A vergonha oculta é muita e há muito tempo, não basta dizer que não sabe de nada quando o PS está há 16 anos no governo nos últimos 20. E se não sabe isso só dá conta da sua incompetência.
Lá em Reguengos tudo está nas mãos de gente do PS que, aliás, toca mais que um instrumento, resultado do assalto que os socialistas fizeram à Administração Pública. Com os resultados que vamos conhecendo.
No SNS as listas de espera são o resultado da política da extrema esquerda que prefere ter doentes à espera e não tratados a enviá-los para o sector privado para tratamento. E, tal como nos lares, só lá encontramos gente idosa e pobre.
É tempo de acabar com esta governação poucochinha que está a empurrar o país para a pobreza. A redução dos 2 milhões de pobres é uma quimera, o salário mínimo não é suficiente para dar às famílias uma vida digna e os idosos não têm voz.
O Estado está a comprometer-se com um volume de despesa enorme que vai faltar na Saúde, na Escola e na Segurença Social
É um assunto muito sério, e o Conselho [das Finanças Públicas] está muito preocupado com esta questão”, admitiu, acrescentando que, qualquer que seja o desfecho do processo da TAP, “é preciso olhar para os custos sociais associados”, e lembrou que a transportadora tem quase 10 mil trabalhadores.
Também pediu “muita cautela” na necessidade de “avaliar os impactos que o processo vai ter para os contribuintes”.
Nunca precisei dos serviços da Segurança Social até ao momento da reforma. Ao tempo era legal estar no Desemprego 2 anos até perfazer 55 anos e a seguir entrar na reforma.
Desde chamarem-me aos serviços para me darem aulas sobre gestão de empresas ( que foi toda a vida a minha profissão) por umas meninas que nunca tinham saído do conforto da burocracia até ameaçarem-me com " tirar fotocópias" foi um fartar. Do alto de uma raiva inexplicável ( eu tinha terminado o meu contrato de Director Geral no Ministério da Saúde ). A minha culpa foi mesmo não ter arranjado um emprego bem remunerado no Estado ou nas empresas do estado.
Juntei os documentos necessários e exigidos e passados três meses fui saber como estava o processo. Perante a minha indignação a senhora funcionária pública disse-me que faltava o documento da tropa. Mostrei-lhe a lista ( passada pelos próprios) dos documentos que tinha entregue e onde constava o tal documento perdido que era o que mais tempo demorava a obter na instituição militar ( seis meses).
Tiveram o azar de um alto dirigente da instituição ser meu amigo de infância a quem transmiti o que se estava a passar. Claro que passados duas semanas recebi o documento que me dava como reformado.
A Segurança Social trata mal as pessoas que precisam de ajuda. Pelos vistos a Provedora de Justiça também é da mesma opinião.
Apesar desse reforço do lado das receitas, a Segurança Social deverá passar a défice já no final da próxima década. “Este crescimento (ligeiro) das contribuições não será suficiente para compensar a subida da despesa com pensões no Regime Previdencial de Segurança Social, que deverá começar a registar défices crónicos a partir de 2027“, lê-se no estudo, que será apresentado esta tarde.
Os investigadores sublinham, no entanto, que se se recorrer a transferências do Fundo de Estabilização Financeira (FEFSS) da Segurança Social será possível “prolongar a sustentabilidade financeira” do sistema em 12 anos, isto é, até 2039.
Já tinham ouvido a geringonça falar da situação dramática da Segurança Social ? Pois, eu também não.
É preciso reformar a Segurança Social : Que mudanças são essas? Em primeiro lugar, precisamos de um sistema tripartido em vez de um sistema de pilar único como temos hoje. Refiro-me à necessidade de combinar no financiamento da Segurança Social, em particular na parte que respeita às pensões, novos mecanismos obrigatórios e voluntários, envolvendo o Estado e entidades privadas.
Ou seja, na previdência social, parece-me perfeitamente razoável que, na idade de reforma, possa existir uma diferenciação. Não se trata de defender contribuições sociais progressivas. Trata-se, sim, de defender que a introdução de pensões mínimas e também de pensões máximas no regime público da Segurança Social, independentemente das contribuições sociais realizadas por cada cidadão, poderá ser uma avenida a seguir, permitindo a redução da desigualdade na velhice e a limitação das reformas máximas.
Esta solução, uma vez mais, já testada noutros países (dou novamente o exemplo da Suíça), permitiria manter o nível actual de contribuições sociais, aumentar as pensões dos que têm hoje pensões de miséria, e incentivar (pela limitação das pensões máximas) a constituição de planos complementares de reforma daqueles que efectivamente têm condições de o fazer.
Não chega, não chegará, e nem é preciso introduzir novas regras como esta para acelerar o que salta à vista. A demografia, por si só, a esperança média de vida, coloca pressões enormes no sistema. E por isso é que é necessário reforma-lo. O que é que isto quer dizer? É preciso mudar o modelo de financiamento, e não basta a esgotada diversificação de fontes de financiamento, porque isso corresponderá a mais impostos. É preciso mudar o equilíbrio que existe hoje entre quem paga e quem recebe. É preciso mudar o sistema que temos hoje, que põe os trabalhadores atuais a pagar os reformados atuais. E passar a ligar os descontos diretamente à pensão no futuro, num modelo de capitalização e de contas individuais, total ou parcialmente. Podemos fazer de conta que o sistema é eterno. Não é.
Esta é uma das tais reformas estruturais que com PCP e BE no governo nunca se fará
As gerações futuras correm o risco bem real de terem de pagar o que andamos agora a distribuir . Há transferências do Orçamento do Estado apesar dos altíssimos descontos que trabalhadores e empresas fazem para a Segurança Social. (30%).
Passos Coelho já perto da anteriores eleições disse que faltavam 600 milhões no orçamento da Segurança Social . Disse a verdade amarga apesar de saber que liderava as sondagens e que ganharia as eleições. Esta verdade foi um golpe profundo no eleitorado e contribuiu para os 700 mil votos que a PAF perdeu.
Ao contrário, Costa,( via Vieira da Silva) Jerónimo e Catarina não falam no assunto como se o problema não existisse. Mas existe e não desaparece muito menos com o débil crescimento da economia que, aliás, já está a arrefecer.
A Segurança Social necessita de uma reforma profunda que Rui Rio ontem no Congresso pôs em cima da mesa mas que até agora não mereceu nenhuma resposta dos partidos da esquerda. Como poderiam eles falar na reforma da Segurança Social se querem passar a ideia que estamos no melhor dos mundos ?
Quem vier atrás que resolva e o PS, BE e PCP cá estarão para atribuir as culpas a quem fala verdade.
Podem fazer grandes discursos, reuniões e estudos mas a solução é sempre a mesma. Ir buscar o dinheiro onde ele está. É preciso mais dinheiro para a Segurança Social aumentam-se os impostos às empresas. Fácil, rápido e dá milhões.
Também o Bloco de Esquerda recuperou o assunto. Em Abril, a líder bloquista Catarina Martins referiu-se a estudos financeiros que mostram que as pensões dos contribuintes com longas carreiras podem ser compensadas com uma "taxa de rotatividade" que exige das empresas com mais contratos precários o pagamento de mais Taxa Social Única (TSU).
Estes argumentos dão sempre para tudo em qualquer momento e em qualquer lugar. O estado gasta mais e o mundo empresarial e os cidadãos pagam mais.
Depois não somos atractivos para o investimento e o estado consome meios que são necessários para a economia. E sem uma economia robusta não vamos lá.
Claro que este não-assunto offshores é muito mais escandaloso (desmaios, se faz favor) que a recusa de se dar informações dos devedores em incumprimento à CGD (i.e., aos contribuintes), apoiada em peso pela esquerda. Se os jornalistas das offshores quiserem, eu dou explicações sobre isto. A esquerda que aprovou (com Sócrates) a publicação das listas de devedores ao fisco e à Segurança Social, recusa agora informar quem deve aos contribuintes, via CGD, pela razão óbvia: quem deve à AT e à SS são contribuintes da ralé e PME indiferenciadas; já quem deve à CGD são os empresários amigos dos governos PS, incluindo aqueles que votaram na administração do BCP engendrada por Sócrates depois da CGD lhes ter financiado compras de ações várias. Se os devedores fossem revelados, ainda ficávamos a saber para que serve um banco público.
Os patrões vão ter todo o interesse em ter trabalhadores a receber o salário mínimo porque pagam uma TSU mais baixa. Isto é tão verdade que o governo já veio dizer que a medida só se aplica aos actuais trabalhadores com salário mínimo.
O anterior governo defende que na Segurança Social é necessário cortar 600 milhões de Euros para equilibrar as contas. Como é que se explica tão grande diferença ?
Ao propor que o aumento do salário mínimo seja em parte suportado pela segurança social o actual governo admite que a maioria das pequenas e médias empresas não têm condições para pagar o novo salário mínimo.
Não seria de as empresas de capital humano intensivo pagarem menos para a Segurança Social e as empresas com elevados lucros e poucos empregados pagassem mais ? É que anda toda a gente preocupada com a sustentabilidade da Segurança Social mas sempre que podem fazem mão baixa das suas receitas .
Seria bem melhor que o apoio às empresas viesse directamente do Orçamento de Estado pois de uma forma ou outra são os contribuintes que pagam.
Tudo isto tendo como pano de fundo um governo que se juntou à extrema esquerda para impedir que o vencedor das eleições governasse, não pode agora esperar que o PSD salve as rupturas com que PCP e BE ameaçam o PS.