A Eutanásia activa ( legal e ilegal) e a Eutanásia passiva - II
O génio da táctica deixou de ser o Jorge Jesus e passou a ser o António Costa. Com tantos problemas o governo escondeu-se atrás da Eutanásia que não é, nem por sombras, prioritária para os portugueses.
Num dos canais de televisão apareceu um médico oncologista e ele mesmo doente oncológico que apresentou argumentos singulares. Contrariamente à Ordem dos Médicos é favorável à Eutanásia.
Este médico que acompanha doentes incuráveis há muitos anos diz-nos que chega um tempo em que não há mais tratamentos disponíveis, resta acalmar a dor e deixar o doente morrer em paz.
Acalmar a dor e colocar o doente em situação o mais favorável possível pode fazer-se de várias formas, segundo o médico. Com medicamentos mais leves até chegar à morfina em doses crescentes ( indutoras da morte mais rápida). Quando a morfina já não funciona passa-se às fases seguintes : a sedação profunda e o coma.
Num caso e noutro ( não me perguntem porque não sou médico) o doente passa a um estado de privação dos sentidos e consciência . O seu final pode ser assim percorrido pacificamente, sem dores e sem dramas psicológicos.
Se bem entendi estes processos são praticados nos nossos hospitais como fazendo parte dos protocolos terapêuticos autorizados. Se assim é, porque razão se discute a prática de uma injecção letal com o doente consciente ?
Autorizar a Eutanásia é só uma questão legal que reconhece o direito à liberdade de escolha ? É permitir que numa qualquer fase da vida se possa optar por morrer ?
Questão muito difícil que não pode ser discutida superficialmente e com tanta gente cheia de certezas. O PS e o BE estão a brincar com o que há de mais sagrado. Comigo não contam. Vou estudar o Testamento Vital. Não quero deixar ao Estado algo que posso ser eu mesmo a decidir.