E a razão é simples. O quadro de gestão privada é muito mais flexível que o quadro de gestão pública mais burocrata e lenta . Os resultados falam por si e é o Tribunal de Contas que os publica.
Na gestão privada é possível executar uma Gestão por Objectivos com a respectiva recompensa para os que atingem os objectivos propostos. Para isso não é possível estar á espera meses para fazer uma compra de material que falte ou preencher uma vaga nos Recursos Humanos.
A descentralização do Estado é absolutamente fundamental . Devagarinho a entrega da gestão das Escolas Públicas e dos Centros de Saúde aos Municípios avança contra o evidente mal estar dos estatistas. Mas o que tem que ser tem muita força. Entre ameaças .
É inaceitável e ilegal o que está escrito”, argumenta Ribau Esteves, vice-presidente da ANMP, citado pelo jornal. Ao prever a devolução das unidades de saúde, considera, o Executivo desrespeita o princípio universal da descentralização.
E é ouvir o Nogueira da Frenprof dizer que a municipalização é o primeiro passo para a privatização da escola pública, saudoso dos tempos em que co-governava a escola pública .
Quem pede a requisição civil dos sectores privado e social da saúde são os partidos que querem acabar com eles. Não é por acaso.
O estado de emergência é uma tentação para aqueles que desejam acabar com a livre iniciativa e a livre expressão . O estado de emergência é um problema grave porque tira direitos, impõe deveres e nunca mais saberemos quando a situação normal volta .
O Estado em todo o seu esplendor marxista/Leninista . Nem que seja só por um mês . Aberto o apetite nunca saciado virá a reivindicação da nacionalização tantas vezes exigida da Banca e, para já, das grandes empresas do regime. De seguida a requisição civil de quem fugir aos ditames dos iluminados.
PCP, BE e uma parte do PS exigem a requisição civil de sectores da saúde que desdenharam até o país estar à beira do pântano. Agora já são necessários para salvar vidas . Os doentes não interessam para nada, a ideologia comanda a vida e a mortes.
O dinheiro vai para onde ? Quais são as prioridades ? Ou será mesmo que não há dinheiro ? É mesmo pobreza?
Os 2 milhões de pobres sem serviços de saúde capazes e sem escolas irão viver toda a sua vida na pobreza, sem elevador social e, consequentemente, sem oportunidades iguais aos que podem aceder a melhores serviços ?
Não basta a existência de uma rede de ensino gratuito. É necessário que esta seja de qualidade para colocar os jovens em igualdade de concorrência no mercado do trabalho.
Um sistema de saúde gratuito, mas de qualidade duvidosa, aumenta a tendência para a procura de serviços mais onerosos, deteriorando o nível de vida.
As opções políticas esbarram inevitavelmente na escassez de recursos para as concretizar, mas no combate à pobreza, a qualidade da Educação e da Saúde deviam ser prioritárias. ( Manuela Ferreira Leite - Expresso)
"Este é sobretudo um programa que mostra que o PS não acredita nem nos portugueses nem naquilo de que eles são capazes por isso não lhes dá liberdade de escolha nos serviços públicos, por isso não confia que eles saberão dar o melhor destino à sua vida e ao seu dinheiro",
Há consultas que demoram anos no SNS. Por preconceito ideológico o Governo aceita que os portugueses não tenham cuidados de saúde em tempo útil, não lhes permitindo escolher o sistema onde podem ser atendidos"
A não ser que a despesa seja no privado está bem de ver. Aí é uma despesa maldita que até pode dar lucro por isso é bem melhor mandar as pessoas para as listas de espera onde morrem sem tratamento.
"A palavra-chave é medir porque se financiarmos o sistema de saúde com base nos benefícios alcançados para o doente, e não apenas no número de interações com os profissionais de saúde, estaremos a diferenciar as opções que trazem mais benefício para os doentes"
Como referiu Filipa Mota e Costa, "o problema dos labirintos não é o de se encontrar a saída, é o tempo que se demora até encontrar essa saída, que no caso do doente significa que devia ser tratado no momento em que mais precisa de ser tratado".
É ter no centro do sistema o doente e não outra razão qualquer ditada por ideologias idiotas.
A primeira razão é travar a degradação do SNS. A segunda é facilitar o acesso à livre escolha.
O seguro público é uma questão de esquerda contra a direita? Não é! Há muitos países na Europa com seguros públicos. Os partidos de governo mudam, mas o seguro social público tem-se mantido na Holanda, França, Alemanha ou Suécia. Será um seguro mais barato no ponto de prestação? Pode ser se os serviços forem tabelados de forma justa e racional, mais ainda porque há custos de operação (incluindo recursos humanos) que ficam por conta do prestador privado (“privado” inclui o setor social).
O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde defende a criação de um seguro público complementar que garanta uma cobertura extra nas áreas em que os portugueses mais gastam dinheiro com cuidados de saúde fora do SNS. “É um modelo que começa a ser usual na Europa. O caso francês é paradigmático. 85% dos franceses têm um seguro complementar para além do seguro social”, diz Francisco Ramos .
Na saúde o BE tem para apresentar como proposta para melhorar o serviço às populações impedir as PPP. Ora há muito que se sabem algumas coisas bem mais importantes :
- Um estado pobre não consegue ter um SNS rico.
- As listas de espera de cirurgias e consultas não se resolvem com mais dinheiro que aliás o Estado não tem
- A prova disto mesmo é que os privados cresceram imenso e estão para abrir mais umas centenas de camas.
- A optimização do modelo no SNS é a chave para resolver os problemas do SNS que já se fazem sentir há muito tempo ( há 30 anos a capacidade instalada dos blocos operatórios utilizada era de 40% e hoje anda pelos mesmos 40%) . E o que se passará com o uso da capacidade instalada das restantes instalações e equipamentos ? Vários estudos e opiniões apontam para uma falta de coordenação e cooperação enormes.
- Os profissionais procuram os privados porque ali encontram melhores condições de trabalho e são melhor remunerados. Era de esperar outra coisa ?
- Deixar utentes em listas de espera a sofrer e alguns a morrer para impedir que o serviço seja efectuado pelos hospitais privados é poucochinho e não abona a sensibilidade dos bloquistas em relação aos mais pobres ( são esses que estão em listas de espera).
- As PPP em gestão mais não são do que a gestão num quadro mais flexível do que a gestão pública que implica concursos públicos para comprar o quer que seja ou para admitir mais pessoal. Dá lucro ? Pois dá, é isso mesmo que se pretende.
Mas, claro, o mal é o lucro, o bom serviço prestado. Os utentes vão morrendo ou vivendo sem tratamento. É poucochinho.
Apesar do PCP e do BE cantarem vitória a verdade é que o PS continua a dizer que uma Lei que feche totalmente a porta â gestão privada nos hospitais públicos é totalmente irrealista.
O líder parlamentar socialista, em declarações em Ponta Delgada, transmitidas pela RTP 3, disse que esta é uma proposta que “poderá não só proporcionar que lei seja aprovada, mas também promulgada”. Marcelo Rebelo de Sousa pediu um consenso partidário alargado sobre esta matéria para promulgar a Lei, e defendeu, em entrevista ao programa O Outro Lado na RTP3, que “uma lei que feche totalmente [a hipótese de criação de PPP] é uma lei irrealista”.
Carlos César defendeu que o entendimento alcançado é “alargado”, e ressalva que a “redação que o PS propõe deve ser interpretada em conjunto com a base 6” da Lei. Nesta base determina-se “a responsabilidade máxima do Estado na prestação de cuidados de saúde, que em termos supletivos e temporários devidamente fundamentados e a título excecional pode ser assegurada pelo setor privado e social”, explicou.
Quer dizer o governo em funções pode sempre aprovar a gestão privada nos hospitais públicos.
PPP “Ao longo destes anos a gestão do hospital PPP de Vila Franca de Xira tem feito um bom trabalho e a população teve uma melhoria extraordinária das condições de saúde”. Quem é que disse isto? Carlos Coutinho, autarca comunista de Benavente. Porque é que as condessas do BE têm prioridade mediática sobre o povo concreto que é servido pela PPP?
O ódio ideológico não atende ao interesse dos doentes.