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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Os grandes negócios do estado - A incrível história do saque da Portugal Telecom

Leia o texto até ao fim para poder adivinhar os poderes que se juntaram

Com a benção de Lula e de Sócrates – que usou a golden share para vetar a primeira tentativa de venda da Vivo à Telefónica, para obrigar a PT a encontrar uma alternativa no Brasil – a operadora investiu na Oi metade da fabulosa soma de 7,5 mil milhões que recebera dos espanhóis. Na altura, a Oi já era vista no mercado como uma empresa problemática.

De seguida, em maio de 2014, teve início a fusão entre as duas empresas, tendo a PT entregue à Oi a sua operação em Portugal, a Unitel e todos os outros ativos em África e na Ásia. O negócio avaliava estes ativos em apenas dois mil milhões de euros, ficando os acionistas da PT com o equivalente a 37% da nova operadora.

A majestática Portugal Telecom morreu assim de forma inglória, vítima da ganância de alguns acionistas e de um negócio onde, em troca de uma ilusão, deu tudo aquilo que tinha e não tinha. Enquanto isso, a Oi ficou na Unitel e vai ganhar dois mil milhões de dólares com uma posição que obteve quase de graça. Feitas as contas, a Oi encaixou mais de 12 mil milhões de euros com a PT e a venda dos ativos desta última. Tal não teria sido possível sem ajuda de pessoas-chave deste lado do mar. Mas, surpresa, ainda ninguém foi responsabilizado.

O BANIF também foi saqueado

Ninguém sabe de nada, ninguém viu nada, ninguém assinou nada. Onde é que já ouvimos isto ? Daqui a uns anos um qualquer governo faz uma lei " à la minute" para que os capitais no estrangeiro regressem a Portugal a troco de um impostozinho. Grande parte dos três mil milhões em falta que os contribuintes vão pagar regressam nessa altura.

Há muito investimento que nunca saiu do papel, muito imobiliário deixado ao abandono, muito crédito concedido aos amigos . Como no BNP, no BES, no BPP, na CGD, no BCP e menos nos que conseguiram fugir ao naufrágio. Mas a técnica é a mesma em todos.

"E, um dia desses, um qualquer governo há de aprovar um regime extraordinário de exceção para que empresários, administradores, intermediários, e outros, cá coloquem o dinheiro que literalmente saquearam com uns projetos imobiliários que ou não saíram do papel ou nunca lá estiveram. Há muito disso no Banif. Alguém os aprovou. Alguém os financiou. Alguém os assinou. E alguém os devia ter vigiado.

E dizem que o Pai Natal não existe. Existe, pois, mas só para alguns."

Não se macem só ficarão mais preocupados e indignados e não resolvem nada.