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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Cortar salários - Costa a fazer o mesmo que fez a Troika

O lay-off na prática faz o mesmo que fez a troika. Corta salários e dá dinheiro às empresas.

Se as empresas com o lay-off pagam apenas 30% dos salários a que título é que se mantêm a facturar se pagam 100% dos salários ?

Já vimos esta política de corte dos salários a ser aplicada recentemente, nomeadamente pela 'troika' [durante o Programa de Ajustamento Económico e Financeiro]. Foi exatamente a mesma coisa, cortar os salários à maior parte das pessoas empregadas em Portugal", referiu.

Ricardo Cabral crê que desta vez o choque "será ainda maior, dependendo da adesão a estes programas, nomeadamente ao 'lay-off' do Governo".

Ricardo Cabral deu o exemplo "uma empresa que consegue pagar os salários mas tem um incentivo do Estado a dizer para pôr os trabalhadores em lay-off pagando só 30% dos salários", considerando que "na prática o Estado está a dar dinheiro aos acionistas para pôr os trabalhadores em lay-off".

Paralelamente, o professor na Universidade da Madeira (UMa) lembra que "ao reduzir os salários, o choque inicial que afetou a atividade da empresa propaga-se para os trabalhadores, que por sua vez ficam com menos rendimento e vão alterar o seu comportamento", reduzindo a despesa, criando "um choque se que propaga pelo resto da economia".

Tu queres ver ?

Professores com média de bons salários e menos horas de trabalho

Desta vez é a OCDE 

"Ao contrário de quase todos os outros países da OCDE, os professores portugueses, do pré-escolar ao ensino secundário, ganham mais do que outros trabalhadores com educação terciária [ensino superior]", diz o relatório, precisando que esta diferença "varia de 35% a mais no 3.º ciclo para 50% a mais no pré-escolar". Os diretores também são referidos, com a OCDE a concluir que estes "ganham o dobro do que os trabalhadores com o ensino superior ganham em média".

Refira-se que o relatório não afirma que os professores portugueses ganham mais do que os seus colegas de outros países. De resto, a mesma organização já produziu documentos que concluem precisamente o contrário, sobretudo quando se trata dos primeiros anos de profissão. O que a OCDE está a dizer é que, considerando a realidade nacional, os salários dos professores podem ser considerados acima da média.

PS : professores explicam 25% da despesa com progressões

Professores portugueses estão entre os mais bem pagos da OCDE

Ao contrário do que nos querem fazer crer .

O ministério de Mário Centeno tirou uma fotografia às remunerações dos professores e quis comparar com a que é captada noutros países. Analisando os salários dos professores do ensino básico e do ensino secundário com 15 anos de experiência e o salário médio praticado em cada país, o Ministério das Finanças calcula que Portugal tem o 3.º e 4.º mais altos salários de professores no grupo de países para a OCDE para professores ensino básico e secundário, respetivamente, diz fonte governamental.

Nos dois casos, os salários dos professores equivalem a 1,5 vezes mais do que o salário médio do conjunto da economia. Os dados usados pelo Governo são da OCDE e referem-se aos anos de 2015 e 2016.

Sindicatos não perdem tempo

Ameaçam greve geral já na próxima 6ª feira se o governo não aceitar o aumento de salários de 4%, o descongelamento de carreiras e as 35 horas de trabalho.

Ora se a economia cresce cerca de 2% e a produtividade 1% como é que os salários podem crescer 4% ? É que com o descongelamento das carreiras o aumento da massa salarial não será inferior a 6/7% . É a tal bomba ao retardador que esteve adormecida durante os últimos tempos de austeridade e que Centeno já disse que não pode ser novamente armadilhada de uma só vez.

Mas os sindicatos já estão a dizer que foram os trabalhadores que deram a vitória ao governo há que corresponder.

Forma enviesada de responder à derrota do PCP . 

Ana Avoila considerou que a vitória do PS nas eleições autárquicas de domingo dá ao Governo “mais responsabilidades para responder às expectativas” dos trabalhadores.

“Os trabalhadores deram o seu contributo para derrubar o governo PSD/CDS-PP, mas estão atentos. Não é porque tem mais força que agora pode não fazer, se assim fosse, era má-fé”, disse.

 

Mais emprego com baixos salários

Apesar de o Turismo ser a actividade que mais cria emprego com valor acrescentado, a existência de baixos salários coloca em perigo a retoma.

O próprio INE revela um indicador que é preocupante. É o que dá conta da precariedade laboral e social. A subutilização do trabalho atinge 903,3 mil pessoas, praticamente o dobro do desemprego oficial. 

 

Entre desempregados oficiais, pessoas a tempo parcial que gostavam de trabalhar a tempo inteiro, mas que sobrevivem com biscates e pessoas sem trabalho, que não contam para a taxa do desemprego, verificamos que 16,6% da população activa, praticamente uma em cada seis, não encontra trabalho a tempo inteiro.

 

Por outro lado, verifica-se uma pressão para os baixos salários. Já antes da crise que há dez anos começou a dar os primeiros sinais, com o início da implosão dos contratos "subprime" nos EUA, mas que se acentuou em Setembro de 2015 com a falência do Lehman Brothers, se notava na Europa e ainda de forma mais aguda em Portugal uma tendência para a desvalorização dos custos de trabalho.

 

Essa tendência agravou-se na crise e mantém-se agora, apesar dos primeiros sinais sustentados da retoma.

 

No caso português, até os mil euros se tornaram uma miragem distante, principalmente para milhares de jovens qualificados, a quem é oferecida uma remuneração que não anda longe do salário mínimo nacional, cada vez mais uma bitola salarial.

 

Em várias economias, dos Estados Unidos à Europa, o  emagrecimento  dos salários está a tornar-se  uma travão ao crescimento potencial da economia.

 

É cedo para o foguetório que anda por aí.

O Bloco de Esquerda tem razão

Os salários milionários dos gestores públicos são uma afronta. Os da privada também (alguns) mas com esses podemos nós bem salvo quando o estado permite elevadas rendas que todos pagamos.

Entre o vencimento do Presidente da República e os 30 000 Euros por mês do presidente da Caixa há valores intermédios que até podiam e deviam estar ligados aos resultados da empresa. Mas não, o governo, bem à sua maneira, decidiu por si não dizendo água vai aos seus parceiros nem levando a decisão ao Parlamento. Entretanto já arranjou um bode expiatório, o BCE, que supervisiona a Caixa e, como tal, remete a responsabilidade da decisão para o Banco Central Europeu.

Catarina, por uma vez tem razão e não podemos deixar de notar o sepulcral silêncio sobre o assunto do PCP. Como é um banco público para os comunistas nada mais interessa e é de dar largas ao que tanto os indigna noutros  lugares.

Á laia de explicação dizem-nos que o salário do presidente da Caixa é a meridiana ( não confundir com a média) dos vencimentos praticados na banca, o que quer dizer que há tantos vencimentos inferiores como superiores o que nos dá uma pista sobre o que ganham os banqueiros que levaram a banca à bancarrota e, que, agora, pedem dinheiro aos contribuintes depois de levarem à miséria muita gente que confiou neles.

E, pronto, o BE tem razão e como já afirmo há muito tempo a mim interessam-me as opiniões sensatas e a bem do país e muito menos as ideologias.

 

Já só há dinheiro para salários

O SNS está a apertar o cinto como nunca. Os hospitais não podem investir e têm que controlar a despesa custe o que custar. Devolver os rendimentos de uma só vez e repor as 35 horas foi uma decisão arrasadora para a tesouraria . Os fornecedores não recebem a tempo e horas.

O silêncio dos sindicatos e da comunicação social sobre este garrote que se abateu sobre os serviços do estado é ensurdecedor. Em muitos casos, o medo de retaliações fala mais alto mas mesmo assim não faltam sinais: escolas estatais sem dinheiro para pagar despesas básicas de funcionamento, hospitais do SNS com gravíssimos problemas para honrar os seus pagamentos e manter fornecimentos essenciais, atrasos no pagamento de bolsas, cursos de academias militares em risco de não abrir e adiamento de reparação de infraestruturas e equipamentos em áreas vitais como os transportes.

A TAP privada descongela salários

Após seis anos de congelamento a TAP chegou a acordo com os sindicatos em aumentar os salários em 0,9%. Isto para os quase 3 700 trabalhadores de terra. Quanto ao pessoal de voo também já terá chegado a acordo para aumentar salários com os respectivos sindicatos.

Há dois dias já tinha sido anunciado que os resultados da TAP no primeiro semestre tinham melhorado de forma muito significativa e que tudo aponta para resultados positivos já em 2017.

Ao mesmo tempo foi anunciado que a TAP melhorou e conseguiu estes resultados transportando menos passageiros, o que quer dizer que foi com menos despesa operacional ( combustíveis, horas extra...) .

Chama-se a isto aumentar a rentabilidade da operação. Menor número de voos mas mais passageiros por voo. Passageiros dos US, Brasil e China encaminhados para a Europa através da TAP. E da Europa para os mesmos países.

E a carreira aérea Lisboa-Porto-Lisboa com preços competitivos.

Quem não sabe ser caixeiro fecha a loja. Foi o que fez e bem o governo ao vender a TAP e deixar a gestão do transporte aéreo a quem sabe.

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O PCP e a CGTP só aparentemente estão em desacordo

O PCP até poderá estar de acordo com a CGTP mas não pode ser o factor causador de uma crise no governo. Vamos ter o PCP a engolir um sapo enquanto a CGTP se manifesta.

Na nota enviada, a CGTP promete lutar para impedir a aplicação destas medidas ( congelamento dos salários e da progressão das carreiras) e insta o Governo de António Costa a assumir as suas responsabilidades, não sendo “cúmplice daqueles que aspiram a que o tempo volte para trás”.

Já é hoje claro que o aumento do poder de compra não resultou em mais crescimento da economia. Sem mais exportações e mais investimento externo a situação do país não melhora. E os aumentos de salários prejudicam a competitividade das nossas exportações e a atracção do investimento.

O PCP vai ter que concordar com o orçamento de 2017 que adoptará medidas adicionais de ajustamento . A CGTP vai fazer pressão e as coisas vão azedar. Mas é claro que o PCP é demasiado pragmático para por em risco o governo . Até porque depois desta "cedência" da Comissão Europeia nas sanções o governo não tem por onde fugir.

Congelar salários em 2017

Depois da reposição dos salários em 2016 para níveis de 2009 o ministro das finanças dá ordens para congelar salários em 2017 e para manter a regra por cada dois funcionários públicos que saem entra um. 

Congelar progressões ate que seja possível atribuir “incentivos à produtividade no valor de 600 milhões de euros” nos três anos em causa (2018 a 2020). No fundo, explicou várias vezes o ministro nos últimos meses, a ideia é repor um esquema de progressões na carreira e de prémios à produtividade, de modo a tornar o emprego público mais competitivo e aliciante. Isso custará dinheiro, claro o que por enquanto não há.

Com a economia a afundar não pode ser de outra maneira quer o PCP e o BE queiram ou não.