É óbvio que num caso tão grave "não saber" é muito mau.Politicamente falando Costa, como Primeiro Ministro, fica numa posição muito frágil.
Todos sabiam menos o Costa. Faz lembrar o marido enganado que bem pode dizer que não sabia mas todos lhe dirão que a sua obrigação era tomar conta da casa e saber. Então gente tão próxima como o ministro e o chefe de gabinete não lhe disseram que tinha debaixo dos pés uma bomba( no caso um monte de bombas)pronta a rebentar? Ninguém acredita nisso.
Uma hipótese era o cenário: para todos os efeitos eu não sei nada.E até podia acrescentar : porque se eu souber tenho que informar o Presidente da República . A partir deste ponto as armas tinham que aparecer.Ora, ainda não tinha acontecido o "achamento" e isso colocava várias graves questões em que a mais grave era: quem é que vai ser o utilizador final?
Mercenários de guerra? Assaltantes à mão armada? Traficantes de droga? Terroristas?
Perante este cenário apocalíptico só podia haver um final.Conversar para: Primeiro : não houve roubo.Segundo: houve roubo mas era material inoperacional e abatido, segue para o ferro velho.Terceiro: o material volta como se nunca de lá tivesse saído.
Alguma coisa saiu furado. Dizem que foram as PJ ( civil e militar) que entraram num cenário de ciúmes. O amor é louco.
Num país gerido pela manha do PS, não há coincidências: em 2009, a campanha eleitoral sujou a Presidência em benefício do PS. Em 2019, a campanha tenta sujar a Presidência também em benefício do PS
António Costa não sabe e não tem culpa o que é verdade. Estar nas várias funções que exerceu foi para António Costa o percorrer de um caminho que o levasse a primeiro ministro.
Ora, para chegar a primeiro ministro como António Costa, é necessário destituir um camarada seu secretário geral . Sem sentir culpa .
Para, mesmo perdendo as eleições, chegar a primeiro ministro, é preciso não saber que PCP e BE a troco do apoio parlamentar iriam sugar o país o mais que pudessem. E sem culpa aceitar governar sem ter ganho as eleições.
É preciso não sentir culpa por não fazer uma única reforma que prepare o país para os maus momentos que inevitavelmente aí vêem, apesar de a sua governação coincidir com um momento positivo da economia internacional.
É preciso tratar os seus contribuintes como apanhados pela legionella, mantendo o enorme aumento de impostos à maioria da população . Sem sentir culpa e contando-nos aquelas histórias das maiores vitórias do século.
Também não sabe que os juros descem à boleia do programa de compra do BCE e que o Turismo já cá estava mesmo quando era presidente do Turismo de Portugal . Ou apesar dele.
Não tem culpa dos mortos nos incêndios nem da compra do SIRESP e nada sabe sobre os mortos da legionella. Sobre as armas roubadas não sabe nada e terem aparecido à sombra de uma azinheira ainda menos.
Não sabe nada sobre a insustentabilidade da Segurança Social nem sobre as listas de espera na Saúde e muito menos sobre as políticas do Mário Nogueira com barba que está no ministério da Educação . E não podemos levar a mal que nada saiba sobre os outros ministérios onde não se passa nada.
E, como ministro de Sócrates, também não sabia de nada nem sabe e não sente culpa por tirar o tapete ao seu ex-primeiro ministro de quem foi segundo.
O homem não sabe e não tem culpa. O que é verdade.
Vivemos épocas conturbadas. Não apenas por estarmos em falência e o nosso dinheiro de empréstimos de vários sítios, juros altos, prazos curtos para devolver o concedido, sem perdão dos capitalistas que, mal passa um dia, e os juros são incrementados. Como acontece com o berço da moderna e clássica civilização, a Grécia. Constantino, meu amigo e colega de Faculdade, é o 6º monarca da casa da Casa de Schleswig-Holstein-Sonderburg-Glücksburg, primo directo de Isabel Windsor e sobrinho do meu Reitor, quem preside o Senado ao que pertenço, Filipe de Mountbatten, comentava que não sabia se os Helenos não queriam monarquia, esta era a punição. Mal pensado. Era educado por um tutor real da nossa faculdade, mais monárquico que o ex. Sem dúvida não sabia educar e o meu colega e estudante, que mora em Maiorca, apreendeu mal e ensinou mal ao povo grego. Eis o outro problema que nos maltrata, a educação em Portugal, como foi na Grécia: escolas que fecham por ter poucos estudantes, tendo que andar milhas para ir às mais próximas. Escolas que encheram por causa da transferência do procurado ensinam privado - Salesianos, Maristas, Dominicanos, Colégio Moderno, impossível de pagar, bem como ter que levar comida de casa para o dia: o lar não pode suportar o ensino e as cantinas, livros para estudar, passam a ser emprestados, trocados, herdados. Nem direitos de autor são pagos hoje em dia e devemos escrever e publicar de forma virtual, para facilitar a transferência de saberes entre gerações. O direito de autor ajudara-me a criar a minha descendência, que dificilmente podem educar aos seus. Festas e tabacos, acabaram, como férias e roupa nova.
Educar não é difícil como metodologia mas sim, como economia. Com um pouco de paciência, nós, docentes de qualquer grau, dizemos, reiteramos, tornamos a reiterar o já explicado. Procuramos alternativas, especialmente para as denominadas Ciências Duras, que de duras apenas têm o nome e a eventual falta de memória. Não pode ser dura uma ciência que tem fórmulas, algarismos, teoremas, geometria. Por outras palavras, um mapa que orienta o pensamento. Nunca abandonei o debate com o meu amigo e salvador da minha vida, José Mariano Gago, que entende o conteúdo das ciências sociais por razões familiares. Livro que lhe ofereço, livro que não lê: não tem um mapa de estrada para andar pelos labirintos do que é pensar no ar. As ciências duras, são essas que, eventualmente, obrigam a usar estatísticas, facto que não devia acontecer na Antropologia, Sociologia, Filosofia, História. Ciências de factos, de dados que se aprendem, enquanto se entende, através do que eu designo de mente cultural, conceito criado e provado por mim nos anos 90 do Século XX. Mente cultural resultante das formas de agir, dos costumes, da história oral, do imaginário que tem uma prova: a economia. Quem sabe economia, mas a economia do povo que calcula em tempos de crise, ao fim do mês há um ordenado à espera: baixo e pouco, não a doutoral que vivemos na academia e não corre perigo. Educar não é difícil. Difícil e…complexo é saber educar. É preciso encantar a criança como as fadas madrinhas e os Peter Pan, para seduzir a sua atenção, sentar-se não no banco do professor, mas andar quilómetros entre eles, olhar nos olhos, saber brincar no meio de uma frase de forma amável e carinhosa para tornar outra vez à frase cortada por causa da brincadeira. Isso é reiterar, com comentários simpáticos sobre a família, gastar dez minutos para comparar Dom Sebastião com as almas em pena, dizer que a República é do povo, pelo povo e para o povo, enquanto a monarquia é para as famílias que tudo têm e nem precisam aprender. O que Constantino dos Helenos, nunca entendeu. Tinha imenso capital, que mais queria? Por acaso, tive como estudante um filho de Isabel Windsor e do seu marido o nosso Reitor, Filipe Mountbatten, primo de Constantino Saxo-Coburgo, da Grécia. Saber ensinar estes descendentes de famílias com posse e larga genealogia, pode parecer um problema se nos lembrarmos dos seus outros trabalhos: Rainha, Príncipe Consorte, Monarca destituído. Eles têm apenas um problema: saber governar ou não. O nosso povo tem outro, como em qualquer outro sítio do mundo: trabalhar para estudar de noite. Os Mountbatten, o Azevedo, os Saxo-Coburgo-Gota, os Espírito Santo, os Hohenzollern, os nomeados antes, os Leite, os Vasconcelos, os Porta, custa-lhes estudar. Mas, quem lhes ensina, pode-se ver dentro de uma salada russa: estão a domesticar o poder soberano, que deve, é e será do povo. Apenas se esquecem e não sabem, que as dificuldades de aprendizagem dos descosidos portugueses nascem do facto de terem que encher a barriga antes da cabeça. E quando a cabeça enche, é com letras e livros que não alimentam nem têm mapas para indicar o caminho do saber que dá asas de liberdade. Objetivo do nosso governo: operariado de baixo custa, não sábios que, por tratar de doentes o dos seus bens, cobram o que hoje ninguém pode pagar. Doentes de capital é que estão, que acabamos por curar com antidepressivos baratos, um deles, o álcool. Ensinar em tempo de falência, é um surto de mentiras e provas inventadas. Saber ensinar é transferir a história quotidiana de trabalho, dar dicas como tornar mais leves essas horas desde as sete de manhã até as cinco da tarde, com meia hora para comer um prato de sopa e beber uma cerveja. Desde a mais tenra puberdade. Saber ensinar é conhecer as relações familiares, de amigos e vizinhos para desenhar um conjunto de conceitos que não aparecem nos livros, ficando-se apto para enveredar pela perca do medo da vida e da submissão dos acima nomeados. Para saber ensinar, o docente deve conhecer primeiro a vida do bairro da escola ou liceu e traduzir os livros Mountbatten, Bragança, para os Coelho, Pires, Pimentel, Redondo e fazer deles cidadãos de bem. Não por respeito à Constituição, mas por respeito a si próprio e à família. Como esse David Machado, hoje em dia Guarda Nacional Republicano e excelente pai e marido, um David de Vila Ruiva da Beira Alta de Portugal, que criou os seus irmãos, cozinhando para eles sopa de cabaço e batatas, sendo hoje em dia, um excelente pai de família que transmite aos seus filhos a mente cultural, como bom policia que é. Saber ensinar é nunca dizer pega no livro e vai para o teu quarto. Teve a paciência de estar com eles e explicar o que as letras juntas significam, ou os números mediam e calculavam para ir em frente na vida. A herança do que eu denomino ensino – aprendizagem é apenas a educação cívica para nós sabermos que os resultados da nossa vida são da nossa parte e não de um país fatimizado, como é o nosso. Essa herança faz do descosido um bom cidadão, sem pretensões, sem guardar dinheiro que não se investe se beber os poucos cêntimos e nunca, mas nunca, pedir aos docentes que punam os filhos porque a letra com sangue entra na Herança dos ministros com nomes gregos que procuram apoio entre os que não sabem que reuniões a fio e relatórios quotidianos, vão lentamente matando os que devem estar sempre frescos para transferir o saber. A herança que deixa o meu governo actual é para os Vasconcelos, Mounbatten, Espírito Santo e não para o povo que é o proprietário da soberania que apenas a delega entre os que não sabem que em escolas frias e distantes, as crianças fogem. Não do saber, mas sim da miséria em que hoje estamos, herdada desde que um português governa a União Europeia e uma engenheira pretende ensinar a ensinar. Sou português, amo o meu país, dou aulas na rua ou no mercado, para ver a matéria viva que transfiro e experimento fugir dos fatimizados ou que eles fujam das ideias portuguesas dos irmãos Grimm. Dos Judas Iscariotes. Do saber falar com monarcas e jornaleiros como pessoas iguais, ainda que eles o não entendam por vivermos numa sociedade de classes dos que têm e podem lucrar, ou dos que nada têm e devem trabalhar, com o pesadelo destes dias, de que um dia fechem a indústria. Educar é a transferência de como lidar com os avatares da vida, vivendo ou sobrevivendo, sem se deprimir ou choramingar pelo leite derramado pelos proprietários do capital….
Raúl Iturra Catedrático de Etnopsicologia da Infância e da Educação do ISCTE-IUL Membro Ativo de Amnistia Internacional e de Human Right’s Watch, do Projeto de Alice Miller sobre a Criança Natural, Membro do Senado da Universidade de Cambridge, UK, que sabe ser forte perante a sua misérias a miséria do mundo com todas as hierarquias anotadas antes, conceitos que permitem dominar aos outros e auto dominar-se… lautaro@netcabo.pt Código para o vídeo