França, Reino Unido e Alemanha privilegiam a saúde e a sustentabilidade das organizações durante a pandemia. Não é por acaso.
A análise do Instituto Coordenadas também analisou esta colaboração nos principais países europeus e reflete o “modelo desastroso” implementado em Espanha, que “vai pôr em perigo uma parte importante do setor privado da saúde“. França, Alemanha e Reino Unido impuseram uma fórmula de colaboração entre o sistema de saúde público e o privado em que prevalece a oferta de serviços de saúde à população, acompanhada de um modelo de compensação económica às empresas para garantir um serviço adequado.
Pelo seu lado, o modelo espanhol fez com neste momento esteja em “grave risco” a sobrevivência de mais de 2.400 centros médicos e o emprego de quase 60 mil profissionais de saúde, como emprego direto, e o dobro dos profissionais afetados indiretamente.
A ideologia do PSOE e do Podemos a governar a Espanha. Os resultados estão à vista
Não se morre de coronavírus mas morre-se mais. Concretamente mais 12 137 pessoas em Julho/20 do que em Julho/19. Presume-se que cheias de saúde.
As listas de espera, habitualmente, ficam-se pelas 150 000 pessoas agora com o Covid 19 andam nas 400 000. Ou porque não precisam de tratamento e podem esperar ou porque o SNS não tem meios para as socorrer. Como estão a morrer mais do que no ano passado é porque o SNS não as trata a tempo e horas.
O Público revela hoje o aumento enorme de mortos que não de Covid em julho (há 12 anos que não morria tanta gente) e a DGS diz que foi por causa de duas vagas de calor. Ninguém quer fazer mea culpa de não ter havido uma estratégia de saúde pública para outras doenças (e em julho morreram 156 pessoas com covid 19 num total de 10390, ou seja 1,5% do total!).
A DGS já veio dizer que a razão são as ondas de calor, justificação mais do que conveniente. Assim não há culpados e cai que nem sopa no mel na velha justificação do PS. Não há culpados e se há é do governo anterior.
É, claro, que a razão é a insuficiência de meios para ocorrer às necessidades da população. O discurso é que nunca houve tanto investimento e tantos médicos e enfermeiros no SNS mas a verdade é que as listas de espera não param de crescer.
Se a população fosse mesmo a prioridade o horário voltava a ser de 40 horas/semana e as parcerias com os sectores privado e social desenvolviam-se. Mas a ideologia não deixa.
A extrema esquerda não deixa que a saúde seja um negócio prefere que o negócio passe para as funerárias.
A UE chegou a acordo numa bazuca imediata de 540 mil milhões de euros destinada ao sector saúde. A seguir virá uma bomba para o sector da economia .
Como o plafond para cada país é de 2% do PIB para Portugal virão 4,6 mil milhões de euros. Na anterior crise com a Troika vieram pedidos 76 mil milhões. Para constar e não esquecer.
Tendo em mente a situação das empresas, o Eurogrupo congratulou-se pela intenção do Banco Europeu de Investimento de criar um fundo de garantias com 25 mil milhões de euros que podem ser alavancados ao ponto de fazer chegar até 200 mil milhões de euros em programas de financiamento, sobretudo para pequenas e médias empresas europeias que se viram afetadas por esta crise.
A plataforma SURE vai “conceder aos estados-membros assistência financeira durante este tempo de crise, na forma de empréstimos concedidos em custos favoráveis por parte da União Europeia aos seus estados-membros, num valor até 100 mil milhões, partindo o mais possível do orçamento comunitário”. A plataforma SURE “vai apoiar os esforços para proteger os trabalhadores e os postos de trabalho, ao mesmo tempo que se respeitam as competências nacionais na área dos apoios sociais”,
A grande novidade do acordo obtido esta quinta-feira, porém, poderá estar no “banco de suplentes”. E falamos, aqui, de uma iniciativa de Espanha e de França para a criação de um “Fundo de Recuperação” a pensar no relançamento no pós-crise sanitária.
Afinal nós Portugueses até somos bons... Quem diria??
"Eu conheço um país que em 30 anos passou de uma das piores taxas de mortalidade infantil (80 por mil) para a quarta mais baixa taxa a nível mundial (3 por mil). Que em oito anos construiu o segundo mais importante registo europeu de dadores de medula óssea, indispensável no combate às doenças leucémicas. Que é líder mundial no transplante de fígado e está em segundo lugar no transplante de rins. Que é líder mundial na aplicação de implantes imediatos e próteses dentárias fixas para desdentados totais. Eu conheço um país que tem uma empresa que desenvolveu um software para eliminação do papel enquanto suporte do registo clínico nos hospitais (Alert), outra que é uma das maiores empresas ibéricas na informatização de farmácias (Glint) e outra que inventou o primeiro antiepilético de raiz portuguesa (Bial). Eu conheço um país que é líder mundial no sector da energia renovável e o quarto maior produtor de energia eólica do mundo, que também está a construir o maior plano de barragens (dez) a nível europeu (EDP). Eu conheço um país que inventou e desenvolveu o primeiro sistema mundial de pagamentos pré-pagos para telemóveis (PT), que é líder mundial em software de identificação (NDrive), que tem uma empresa que corrige e detecta as falhas do sistema informático da Nasa (Critical)e que tem a melhor incubadora de empresas do mundo (Instituto Pedro Nunes da Universidade de Coimbra) Eu conheço um país que calça cem milhões de pessoas em todo o mundo e que produz o segundo calçado mais caro a nível planetário, logo a seguir ao italiano. E que fabrica lençóis inovadores, com diferentes odores e propriedades anti-germes, onde dormem, por exemplo, 30 milhões de americanos. Eu conheço um país que é o «state of art» nos moldes de plástico e líder mundial de tecnologia de transformadores de energia (Efacec) e que revolucionou o conceito do papel higiénico(Renova). Eu conheço um país que tem um dos melhores sistemas de Multibanco a nível mundial e que desenvolveu um sistema inovador de pagar nas portagens das auto-estradas (Via Verde). Eu conheço um país que revolucionou o sector da distribuição, que ganha prémios pela construção de centros comerciais noutros países (Sonae Sierra) e que lidera destacadíssimo o sector do «hard-discount» na Polónia (Jerónimo Martins). Eu conheço um país que fabrica os fatos de banho que pulverizaram recordes nos Jogos Olímpicos de Pequim, que vestiu dez das selecções hípicas que estiveram nesses Jogos, que é o maior produtor mundial de caiaques para desporto, que tem uma das melhores seleções de futebol do mundo, o melhor treinador do planeta (José Mourinho) e um dos melhores jogadores (Cristiano Ronaldo). Eu conheço um país que tem um Prémio Nobel da Literatura (José Saramago), uma das mais notáveis intérpretes de Mozart (Maria João Pires) e vários pintores e escultores reconhecidos internacionalmente (Paula Rego, Júlio Pomar, Maria Helena Vieira da Silva, João Cutileiro). O leitor, possivelmente, não reconhece neste país aquele em que vive. Este país é Portugal. Tem tudo o que está escrito acima, mais um sol maravilhoso, uma luz deslumbrante, praias fabulosas, ótima gastronomia. Bem-vindo a este país que não conhece: PORTUGAL."
Abrir os cordões à bolsa é o necessário. A UE já aprovou 25 mil milhões de euros para apoiar as medidas de suporte aos países. Os bancos devem apoiar as empresas em dificuldades. Empregados devem gozar férias agora e trabalharem quando a retoma voltar. Os Estados devem voltar à flexisegurança pagando 80% do vencimento a quem ficar em casa por infecção ou por Lay-out. ( 60% a SS e 20% as empresas)
Transformar a China na origem das cadeias de produção para beneficiar do dumping social foi um erro crasso que só a ganância explica. Já há algum tempo que a situação estava em reversão mas a tendência é agora imparável. O Trump - burro - já tinha advertido que o poder da China era controlar os mercados ocidentais.
Pode ser que a recessão seja curta e que a recuperação seja rápida mas parece que a tempestade perfeita - crise económica e crise na saúde pública - está aí. Portugal está em muita má situação com dívida elevadíssima e crescimento débil.
Bem andou Centeno por apresentar um supéravite. Tem agora uma boa almofada para responder às necessidades de tesouraria nos próximos meses. E a dívida a subir desta vez por boas razões.
Eleições antecipadas são agora um cenário muito provável para um governo minoritário.
Para bem dos doentes, das empresas, de médicos, enfermeiros, auxiliares...milhares de pessoas em Portugal.
O setor da saúde “representa um volume de negócios anual na ordem dos 30 mil milhões de euros e um valor acrescentado bruto de cerca de nove mil milhões, envolvendo perto de 90 mil empresas e empregando quase 300 mil pessoas”, aponta a Health Cluster Portugal (HCP), uma associação privada sem fins lucrativos, em comunicado.
O HCP vê as exportações nesta área aumentar nos próximos anos. A organização, que assinou um pacto de competitividade e internacionalização para a Saúde com o Ministério da Economia, definiu como objetivo estratégico até 2025, ultrapassar os 2,5 mil milhões de euros de exportações em saúde.
No valor de exportações estão incluídas a fabricação de produtos farmacêuticos de base, a fabricação de preparações farmacêuticas, a fabricação de equipamento de radiação e eletromedicina e a fabricação de instrumentos e material médico-cirúrgico.
A concorrência no sector privado leva-o a estar sempre a inovar para oferecer um leque variado de escolhas.
Com a diferenciação vem a expansão do sector privado.
Se as despesas em cuidados continuados vão crescer sem parar nas próximas décadas, então com elas vai crescer ainda mais a diferenciação de serviços. O crescimento inexorável do sector privado não implica que o mercado da saúde não tenha problemas que exijam regulação musculada. Mas com o aumento da riqueza vem o desejo de diferenciação dos produtos que os mercados são exímios a fornecer em comparação com o sector público.
Quase 40% dos gastos com a saúde em Portugal são feitos no sector privado. As indústrias dos hospitais ou dos seguros de saúde estão em crescimento sem sinal de desacelerar.
A luta continuada pela existência de uma prestação pública de serviços de saúde não será nem certa nem errada, mas antes infrutífera.
Não há como fugir a isto. Sempre que o país melhora, os sectores privados da Educação e da Saúde voltam a ganhar peso no sistema.No sistema de saúde há mais dezanove hospitais privados a juntarem-se aos 114 já existentes. No sistema da educação os colégios passaram a ter mais procura. A percentagem de alunos em colégios aumentou em todos os ciclos do ensino básico e secundário.
Globalmente, em 2000/01 a percentagem de alunos no privado correspondia a 11,8%. No ano lectivo passado era de 15,3%.No ensino secundário um em cada cinco estudantes (21,3%) paga para fequentar o ensino privado.
Sempre que as famílias melhoram o seu nível de vida, mais procuram os sectores privados da saúde e da educação.Isto é, se portugueses vivem mal e por isso não têm liberdade de escolha, não têm outro remédio que não procurarem o sector público.Assim que adquirem a liberdade de escolha, com maior folga financeira, procuram o sector privado.
Há aqui uma lição a tirar. Os estatistas que querem obrigar a sociedade civil a frequentar os serviços públicos medíocres esbarram com esta realidade. A liberdade de escolha corresponde a mais procura do sector privado.
Até há quem diga que os estatistas não têm especial simpatia com níveis elevados de qualidade de vida dos cidadãos. Perdem doentes nos hospitais públicos e alunos nas escolas públicas.
Seguro público complementar ou não? Eis um problema importante que foi cuidadosamente excluído da discussão na recente Lei de Bases da Saúde.
O debate político sobre o financiamento do SNS começa a ficar confuso. Se é certo que a proposta de alargamento da ADSE, a generalidade dos cidadãos, encontra coerência nas propostas políticas de partidos como o CDS, a Aliança e a Iniciativa Liberal já não se percebe o sentido de propostas de ‘imposição’ da ADSE ou da criação de seguros públicos complementares ao SNS com o propósito de reforçar o financiamento público”, escreveu num post no Facebook com o título “Financiamento do SNS”.
O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde defende a criação de um seguro público complementar que garanta uma cobertura extra nas áreas em que os portugueses mais gastam dinheiro com cuidados de saúde fora do SNS. “É um modelo que começa a ser usual na Europa. O caso francês é paradigmático. 85% dos franceses têm um seguro complementar para além do seguro social”, diz Francisco Ramos em entrevista ao semanário SOL, este fim de semana nas bancas.
O PSD propõe que o Estado possa contratualizar médicos de família, consultas e exames, bem como reforçar os cuidados paliativos com o sector privado. Na apresentação de algumas das propostas da área da saúde do programa eleitoral, Rui Rio desvalorizou a natureza pública ou privada dos serviços, preferindo colocar a tónica na resposta mais eficiente e económica ao utente.
Segundo a proposta do PSD, o SNS coopera com os sectores privado e social na realização de prestações públicas de saúde, relação que deve “assentar sempre em exigentes regras de transparência e imparcialidade”. A iniciativa prevê que “sempre que seja vantajoso para o Estado e para o SNS” podem ser feitos contratos em regime de PPP com entidades privadas e do sector social. A proposta define ainda que “o Governo pode estabelecer incentivos à criação de unidades privadas, em função das vantagens sociais decorrentes das iniciativas em causa” e prevê que “a lei pode fixar incentivos ao estabelecimento de seguros privados de saúde”.