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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Fora do Euro Portugal seria uma colónia espanhola

PCP e BE vão exigindo a saída da Zona Euro mas não fazem contas ao que isso representaria para o país. Lisboa teve sempre o cuidado de se juntar a Madrid nas questões europeias . Agora com a saída dos ingleses Espanha tornou-se a 4ª economia europeia - Alemanha, França , Itália, Espanha . E em Espanha há um governo minoritário mas que não aceitou o apoio dos extremistas que querem sair. Espanha cresce 3% e paga taxas muito mais baixas que Portugal além da dívida ser bem menor em relação ao PIB.

Fora do Euro regressaríamos à condição de colónia espanhola . 

Enquanto tudo isto acontece, Catarina Martins e Jerónimo de Sousa, de quem o governo depende no parlamento, andam a brincar com a saída do Euro. Portugal pode sair do Euro, mas a Espanha não sai, a não ser que o Euro acabe. Convinha que a Lisboa política e diplomática percebesse isto muito bem. E que explicassem ao BE e ao PCP, como se eles fossem estúpidos, que se um dia Portugal sair do Euro, tornar-se-á numa colónia económica e política de Espanha. Uma colónia que faria o período dos Filipes parecer um caso de independência nacional.

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Os comunistas, tal como a extrema direita, querem abandonar o Euro

Há que ser tacticamente flexível mantendo a estratégia a longo prazo. Apoiar o governo é táctica, sair do euro é estratégico . Não é para resolver problemas às pessoas que o PCP e o BE querem sair do Euro, é para impedir o aprofundamento do sistema democrático ocidental capitalista.

  • Quatro décadas depois, os comunistas portugueses pretendem abandonar o euro e reestruturar a dívida, como se ignorassem que isso destruiria as poupanças que os portugueses aplicaram em títulos de dívida e faria desaparecer dos balanços dos bancos as aplicações em dívida pública portuguesa.

Obter os fins sem olhar a meios ou o "quanto pior, melhor ", ou " deitar o menino borda fora com a água do banho" é uma máxima que os comunistas nunca esquecem porque o importante é mudar o sistema . Não se trata de políticas mais à esquerda ou mais à direita, trata-se de implodir o capitalismo e no seu lugar impor o comunismo. Tudo com a narrativa dos direitos a embrulhar o pacote.

Não explicam como numa sociedade comunista se garantem os direitos de livre expressão, da separação de poderes, do estado de direito e do estado social. E não conseguem mostrar um só exemplo de uma sociedade comunista bem sucedida mas, querem sair para evitar as imposições e os constrangimentos do euro . E a narrativa passa por uma política patriótica e de esquerda.

Mas as pessoas, as poupanças das pessoas que desapareceriam na voragem da política patriótica e de esquerda , não incomodam os comunistas.

Até parece que antes do Euro éramos ricos e felizes

Costumo dizer que antes de estarmos dentro do Euro estávamos fora dele. LaPaliciano ? Pois há muita gente que não percebe tão fácil constatação. Fora do Euro fomos sempre um país de emigrantes e de pobres . E com as contas desequilibradas. Há políticos e economistas que nos querem agora convencer que mesmo antes do Euro a pobreza já era culpa do...Euro. 

Aquilo que o euro não nos permite, de facto, é mascarar as nossas fragilidades como antigamente – o euro exige a adopção de políticas mais corajosas do que telefonar para a Casa da Moeda a mandar ligar as rotativas. A afirmação de Portugal na Europa é um sonho antigo, que demorou e custou a concretizar. E é um sonho que vai muito para além da sua dimensão económica. Sair do projecto europeu é assumir a nossa absoluta menoridade. Antes outra década perdida dentro do euro do que uma década supostamente ganha fora dele. 

O PCP diz que sim o BE diz " que não necessariamente"

A saída da zona euro seria um desastre como todos sem excepção concordam. O próprio Jerónimo já veio dizer que a ideia não é para ser tomada já é para reflexão. Então o que há a fazer é reformar o euro dentro do euro.

Há muitas políticas possíveis no quadro dos fluxos financeiros e cambial que mais tarde serão tomadas depois da limpeza em curso. Creio,  que  não se entenderia a política de austeridade se assim não fosse. O que não podemos esperar é que sejam os credores a pagar o que só nos compete a nós.

O programa de compras de dívida do BCE tem mantido os juros em níveis controlados e permitido que países como Portugal se financiem. A negociação da dívida é fundamental não podemos crescer o suficiente a pagar 8 mil milhões por ano de juros. Os subsídios europeus que entram voltam a sair na forma de pagamento da dívida.

Mas só no quadro da União Europeia e da Zona Euro é possível implementar medidas decisivas para encontrar soluções. Fora da União Europeia estaríamos agora dependentes de uma qualquer agência de notação financeira, a mais pequena de todas as grandes. As mesmas agências financeiras que andaram a aplaudir as políticas que levaram o mundo ocidental à maior crise de sempre.

 

 

Sair do Euro equivale a empobrecer para sempre os trabalhadores

Só a ideologia explica que o PCP e o BE continuem a exigir a saída do país da zona euro. Criar uma nova moeda, o escudo, levaria a que os salários dos trabalhadores sofressem imediatamente uma desvalorização de pelo menos metade. Quem ganha agora 1 000 euros passaria a ganhar menos de 500 escudos. E como grande parte do que compramos vem de fora pagaríamos em escudos o que nos venderiam em euros. E as dívidas em euros seriam pagas em escudos.

Quem tem dinheiro, muito dinheiro, convertia os seus euros em libras, dólares ou francos suíços e assim se safava à desvalorização , mas os trabalhadores não tinham por onde fugir. É incompreensível como o PCP e o BE continuam a preferir seguir a ideologia a defender os trabalhadores.

Ganhávamos nas exportações assentes em mão de obra barata o que o PCP e o BE tanto atacam. Se há maneira de empobrecer o povo e o país é sair da zona euro. Insistem porquê ? Porque para aqueles partidos extremistas o que está em jogo não é o bem estar do povo é o comunismo nas suas várias vertentes. Marxista, marxista/leninista, estalinista, trotquista e mais uns "istas" pois há para todas as bolsas.

E não esquecer que foram os estalinistas que assassinaram o líder dos trotquistas dando-lhe com um martelo na cabeça. Não perderam o jeito como se vê com esta exigência da saída da zona euro...

Depois de pobres e miseráveis fora da zona euro os trabalhadores seriam comunistas para sempre.

 

 

A opinião de um prémio Nobel - Portugal é um caso de sucesso

Não me canso de dizer isto aos que sempre fizeram "do quanto pior, melhor" a sua politica de sempre. Portugal no Euro é uma história de sucesso. Toda a população vive melhor, muito melhor do que antes da entrada do país no euro.

As coisas estão más, diz Krugman, ao contrário dos que pensam que já podem baixar as medidas de austeridade.

Frisando sempre que, apesar das dificuldades, a integração de Portugal na Europa é “uma história de sucesso”, Krugman considera que o país atravessou muitas dificuldades nos últimos anos, mas, ao contrário da Grécia, não ficou numa “situação tão desesperada” que pudesse levar a uma decisão como a saída da moeda única, cujas consequências seriam muito dolorosas. Por isso, garante, “nunca iria sugerir que Portugal saísse do euro”, conselho que chegou a dar a Atenas durante o Verão.