As corporações que se auto intitulam de prestadores de "serviço público" deixam morrer pessoas nos hospitais e encerram linhas no METRO . A sociedade civil tem que se erguer contra estes senhores que a coberto dos seus privilégios, fazem tábua rasa dos direitos mais elementares da população que lhes paga o vencimento.
“Pese embora o transtorno pessoal e familiar que esta quadra festiva obriga a várias categorias profissionais de toda a sociedade, o serviço público desenvolvido pelos profissionais de diferentes áreas tem de ser garantido, sob pena de, colocando em causa os direitos de milhares de cidadãos, deixar de poder ser assim reconhecido”, defende a holding.
E agora pasmem com as razões apresentadas pelo sindicato : A Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), contactada pela agência Lusa, disse que esta situação se deve sobretudo a dois fatores: a saída de profissionais, nos últimos anos, sem que tenham sido repostos nos quadros, e a falta de diálogo com os órgãos representativos dos trabalhadores.
Já em relação ao S. José o bastonário veio dizer que a culpa era dos "cortes"...
Eles querem lá saber das pessoas a quem prestam o tal "serviço público" que justifica tudo. O MP tem a obrigação de investigar estes crimes
Mas os enfermeiros dizem agora que o doente podia ter sido operado no Bloco Central onde havia enfermeiros com capacidade para formarem equipa . A verdade vem ao de cima como o azeite. Afinal a morte do doente não se deveu aos cortes financeiros, deveu-se à descoordenação, senão mesmo à má vontade. Era fim de semana. Quem é que trabalha ao fim de semana?
Fonte médica diz que o neurocirurgião e a anestesista estavam no hospital na noite de sexta-feira, 11 de dezembro, quando o jovem chegou de Santarém. A intervenção cirúrgica não terá sido feita nessa noite porque não havia enfermeiros no bloco de neurocirurgia que garantissem uma equipa.
No final da semana passada, Rogério Alves, antigo bastonário da Ordem dos Advogados, admitia, em tese, que pudessem estar em causa três crimes: homicídio por negligência, omissão de auxílio e exposição ao abandono.
O interesse das corporações que abocanham o estado não param perante nada
Todos os hospitais centrais de Lisboa ( S. José, Desterro, Santa Marta, Maternidade Alfredo da Costa, D. Estefânia, Miguel Bombarda ) localizados na Encosta de Santana há muito que deveriam ter sido substituídos por um só hospital moderno . Gastam-se milhões em remendos anualmente.
As corporações instaladas não querem. Lembram-se das manifestações à roda da Maternidade Alfredo da Costa, com argumentos tão importantes como " eu nasci aqui" ?
Será o momento para substituir instalações e equipamentos, bem como modelos de gestão e terminar com estes crimes de que agora temos conhecimento. Há médicos e enfermeiros e todas as condições mas não estão disponíveis para tratar certos doentes. Ao fim de semana. Há maior vergonha ?
Aí está uma reforma em curso das urgências após a morte do jovem em São José. O objectivo é o mais simples possível. Envolver em rede os recursos disponíveis e optimizar a sua utilização. Há muito que é assim no privado mas no estado os serviços funcionam na óptica dos interesses corporativos instalados . Morrem os doentes.
Há por aí uns sonâmbulos que nos querem fazer crer que estes crimes nada têm a ver com as reivindicações de quem se julga dono do estado. Não dás mais ? Então não brinco. E como por encanto aparece uma cortina de argumentos a defender o indefensável. Até há aquela frase idiota dos sindicalistas : se a greve não prejudicar ninguém não tem efeito nenhum. A ideia é, pois, prejudicar os utentes, só que na saúde joga-se com a vida e com a morte. Mas a ligeireza com que se decreta a greve é a mesma. Pelos direitos de quem tem trabalho e vencimento certinho ao fim do mês.
Os políticos dão a cobertura necessária, ignorante e demagógica, como é o caso de Maria de Belém que até foi ministra da saúde. Cortou-se demasiado e, pecado dos pecados, nas horas extraordinárias...
A reforma em preparação obriga a que o SNS se organize de modo a garantir uma resposta pronta e coordenada". Isto é, "exige que se proceda a uma profunda reorganização dos cuidados de saúde hospitalares nas várias regiões de saúde do país, apostando nos princípios da cooperação interinstitucional, da organização em rede e da partilha dos recursos disponíveis no SNS".
E eu a julgar que este era o trabalho da gigantesca estrutura que supervisiona o ministério da saúde
Se o hospital não dispunha de recursos devia ter tentado mobilizá-los. Se o doente não podia ser deslocado, talvez a equipa de prevenção a outro hospital, público ou privado, o pudesse fazer, fosse ela de Lisboa ou do Porto: é para isso que existem helicópteros (do INEM, da Força Aérea). Se isso não fosse possível, havia que tentar contactar colegas. Quem trabalha nos hospitais sabe como isso se faz e sabe que funciona. Eu mesmo guardo a história de uma cirurgia assim que só foi feita porque quem a podia fazer foi contactado, in extremis, no aeroporto de Lisboa quando se preparava para embarcar. E desistiu do voo e voltou ao hospital para operar. Sim, podia acontecer que nada disto resultasse. Mas era legítimo esperar que tivesse sido, pelo menos, tentado. Em vez disso, esperou-se por segunda-feira.
Estes candidatos a presidente são tão fraquinhos...
A PGR pode vir a acusar por negligência os médicos e enfermeiros bem como a administração do Hospital de S. José. O hospital nem sequer contactou os outros hospitais em Lisboa - públicos e privados - que podiam operar o doente. Quem não percebe o que é o direito de escolha das famílias está agora confrontado com um exemplo que não garante refúgio. Seja ideológico ou outro.
Apesar de nem sempre ter equipas de escala ao fim de semana na especialidade de neurocirurgia, Santa Maria, por prática, contacta os médicos que voluntariamente vão trabalhar. Ou, em alternativa, este hospital funciona em rede com outras unidades, já que existem profissionais habilitados no Garcia de Orta e no Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. No privado, o Hospital da Luz tem também pelo menos dois médicos preparados para lidar com aneurismas rotos (precisamente o que foi diagnosticado a David Duarte). Em Santa Maria já foram realizadas, neste ano, cerca de 40 intervenções a aneurismas - procedimento específico, mas que por norma é realizado em menos de 24 horas.
O doente só pode escolher o hospital desde que seja público e que seja da zona da residência. Não pode escolher o hospital certo e muito menos se for privado. Na educação também é assim. Não interessam as pessoas, interessa a ideologia e a cegueira partidária. Agora é vê-los chorarem lágrimas de crocodilo. À esquerda !
Acabei de falar com o seu médico pessoal nosso amigo de infância. Vasco Lourenço está bem e tudo aponta para uma súbita baixa de tensão arterial o que já lhe aconteceu antes. Desta vez como não estava presente o seu médico pessoal chamou-se o INEM e daí a notícia.