Que a Suécia com a mesma população tenha viabilizado e consentido uma economia privada que é quase três vezes a economia Lusa não assusta os nossos socialistas à portuguesa.
O que se trata é de igualar, e até suplantar, os "direitos" dos suecos, dispondo do equivalente a um terço da economia sueca. Infelizmente não é possível.
Ora, em 2020 ainda se encontram socialistas que falam de "negócios" e da economia privada com um esgar de repulsa. Mas sem um sector privado pujante gerador de riqueza, lucros,salários, impostos e contribuições à semelhança do que existe nos países que todos admiramos ( sociais democracias dos países nórdicos e da Alemanha) não é possível manter um Estado capaz de fornecer bons serviços públicos e de assegurar os "direitos" que a esquerda exige.
Mário Soares, que iniciou a reconstrução da economia privada em Portugal após as nacionalizações, percebeu que o atraso português só seria vencido, no quadro da União Europeia e com uma economia privada empreendedora.
Os "maluquinhos dos "direitos"( cada vez mais pífios) acham que é preciso ir buscar o dinheiro onde ele se está a acumular assim matando a galinha dos ovos de ouro.
Sérgio Sousa Pinto é um notório socialista sempre ligado à ala esquerda do PS. Agora vem dizer que " este regresso a 1975 é grotesco" , referindo-se ao actual governo e ao apoio do PCP e do BE. E diz também que dentro do PS passou de "esquerdista a reaccionário".
É preciso dizer ao deputado SSP que anda cheio de sorte.Todos nós os que acreditamos na democracia, na liberdade, na economia social de mercado e no estado social e de direito há muito que sentimos o travo amargo da acusação. Reaccionário, porque não pensamos como eles.
O António Costa precisa de salvar a pele e arranja, perdedor, um truque ? Se criticas é porque és reaccionário. E se não alinhas com as narrativas de José Sócrates também és um reaccionário. Limpinho.
Ana Gomes ( que sempre achei ser uma desbocada) critica o convite a Sócrates pelo PS de Lisboa ? Lamentável. No PS que já foi de Mário Soares, instalou-se a voz única e o pensamento anti-europeu que Costa chegou a apoiar no caso da Grécia e do governo Syriza.
Meu caro, Sérgio Sousa Pinto, junte-se à maioria, aos que estiveram na Alameda em 75, está na altura de cerrar novamente fileiras . Se não fosse estarmos na União Europeia teríamos novamente que lutar pelas liberdade democráticas. Uma a uma como aconteceu nos anos da brasa.
E o modelo fez o que nenhum outro alguma vez fez. Nunca tantos viveram com esta qualidade de vida durante tanto tempo.
Embora a ideia de “perder a vergonha” e o desafio de "superar o modelo" capitalista seja todo um programa, apenas Sérgio Sousa Pinto deu conta do risco que esse canto de sereia do BE implica para o PS. "Eu gosto do modelo. Foi construído pelo PS, com tremenda dificuldade, e pela direita democrática. Com o contributo do radicalismo esquerdista nunca se conseguiu construir uma cadeira de pau. Quanto mais o Socialismo."
E qual é o modelo para o PCP . O da Coreia do Norte,o de Angola ou o da Venezuela ? E fixe-se bem, esta é a pergunta que o BE faz ao PCP. Este, por seu lado, diz que o modelo do BE é social-democratizante, capitalista.
A verdade é que não há em lugar nenhum a indicação do modelo que a extrema esquerda defende. O PCP apoia países onde o modelo, chamemos-lhe assim, é um vómito em termos de liberdade e de miséria. O BE não indica nenhum não vá o diabo tecê-las.
O capitalismo tem reduzido o número de pobres em todo o mundo como nunca se viu antes.
No PS há quem queira o partido do lado de cá do muro . Para Sérgio Sousa Pinto, a própria história do partido deixa claro que os que agora servem de apoio parlamentar ao Governo de António Costa não são necessariamente os seus aliados naturais. “Nunca foi esta a cultura do PS, forjada na oposição à ditadura e, depois, ao projeto de assalto ao poder do PCP”, sublinha, defendendo que o fim do “muro” que separava as esquerdas – como lhe chamou Costa – não é forçosamente uma coisa boa para os socialistas, que se devem manter ao centro para não perderem o seu espaço político histórico.
Falar por cima do muro que permanece onde sempre esteve facilitando uma solução de governo é uma coisa outra, não desejável e bem diferente, é o PS deixar que outros se apropriem em seu benefício, do radicalismo e da demagogia dos que se imaginam ‘mais de esquerda’, apropriando-se com estridência das grandes realizações sociais dos governos do Partido Socialista”, avisa o deputado.
Sérgio Sousa Pinto abre fogo sobre Sampaio da Nóvoa. Há bem pouco tempo saiu do PS Alfredo Barroso por causa de António Vitorino. Esta não é a esquerda deles.
Sampaio da Nóvoa é "virgem" quanto a militar em partidos e António Vitorino é um facilitador de negócios. Não servem para candidatos a Presidente da República.
"Assistimos com horror à demagogia venezuelana do PODEMOS e o fenómeno político latino-americano apareceu-nos pela porta traseira. Esta não é a minha esquerda", escreveu Sousa Pinto.
Na verdade o que está por trás de toda esta trapalhada é que no PS há quem queira coligar-se com os partidos à sua esquerda e há também quem queira pura e simplesmente ir para o governo. Sozinho ou acompanhado não interessa por quem.
Bem andou António Costa em não querer falar nas presidenciais antes das legislativas. Não chegam inteiros a Outubro.
Marques Mendes antevê que a possível candidatura de Sampaio da Nóvoa com apoio socialista, pode causar divisões dentro do partido, referindo o artigo de Francisco Assis no Público, quando este pediu uma “candidatura presidencial genuinamente de centro-esquerda”.