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BandaLarga

as autoestradas da informação

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O padrão é o PCP estar contra a União Europeia e alinhado com a Rússia

Antonio Campos o Gustavo Sampaio explica bem a situação: "Forma-se assim um padrão: o PCP está sempre alinhado com os interesses geopolíticos da Rússia (principal herdeira da defunta URSS), em contraposição às “operações de desestabilização” engendradas pelas potências ocidentais e ao “imperialismo” dos EUA.                                                                                                                     

Mais, o PCP não aceita “ingerências nos assuntos internos de estados soberanos” – exceto quando envolvem a Rússia, como as intervenções militares na Geórgia (2008) e na Ucrânia (2014) – e defende os regimes que se auto-proclamam como socialistas, comunistas ou bolivaristas (China, Coreia do Norte, Angola, Cuba, Venezuela, etc)." O Orbán está na cama com o Putin.

A pobreza ideológica do PCP

De um lado estão os bons - Rússia e países ditos socialista. Do outro lado os maus - Estados Unidos e países ocidentais . Para o PCP ainda não saímos da guerra fria pese o desmoronar da União Soviética.

Voto de condenação pela perseguição da população LGBT na Chechénia? Abstenção do PCP, isolado no Parlamento, a 21 de abril de 2017. Condenação de ataque com armas químicas na Síria? Voto contra do PCP, juntamente com o Partido Ecologista Os Verdes(PEV), a 7 de abril de 2017. Condenação da situação de 17 ativistas angolanos sentenciados a penas de prisão efetiva, “por co-autoria de atos preparatórios para uma rebelião,“ consubstanciada na leitura de um livro proibido? Voto contra do PCP, ao lado do PSD e do CDS-PP, a 31 de março de 2016. Entre outros exemplos.

Mais, o PCP não aceita “ingerências nos assuntos internos de estados soberanos” – exceto quando envolvem a Rússia, como as intervenções militares na Geórgia (2008) e na Ucrânia (2014) – e defende os regimes que se auto-proclamam como socialistas, comunistas ou bolivaristas (China, Coreia do Norte, Angola, Cuba, Venezuela, etc).
Como no tempo da Guerra Fria, antes da queda do muro de Berlim e subsequente dissolução da URSS. Não mudou nada? “O PCP é um partido comunista clássico e mantém as suas posições em política externa, mesmo após o fim da Guerra Fria, com grandes elementos de continuidade: os EUA são a principal potência imperialista; os regimes ditatoriais, quer formalmente socialistas como a China, ou mesmo ainda socialistas como Cuba, são aliados; as chamadas ditaduras ‘não alinhadas’, como a Síria ou o antigo Iraque, são regimes anti-imperialistas soberanos; e por aí fora. Ou seja, para resumir, o velho quadro de alinhamento internacional mantém-se vivo no PCP, embora o mundo tenha mudado,“ salienta António Costa Pinto, politólogo e professor do ICS da Universidade de Lisboa.

A Rússia quer acabar com a União Europeia

João Marques de Almeida no Observador : A União Europeia representa tudo o que Putin vê como uma ameaça: regimes democráticos, economias abertas, liberdades individuais, direitos humanos e integração pacífica entre países. Para a Rússia, o senhor do Kremlin pretende autoritarismo, uma economia centralizada, relações hegemónicas com os seus vizinhos e o recurso à guerra como um instrumento de política externa. E Putin também acredita que a União Europeia está em declínio como resultado das suas contradições e fraquezas. Compete-lhe ajudar e explorar esse declínio.

E não tem nada de coincidência que o PCP e o BE em Portugal, bem como o Podemos em Espanha,  o Syriza na Grécia e Le Pen em França  sejam, objectivamente,  parceiros de Putin neste objectivo. Ou há coincidências em política?

Na Grécia o "Plano B" é a importância geoestratégica

Falhada a solução financeira,( Plano A) a Grécia avança para o "Plano B" que não é mais do que jogar com a sua posição geoestratégica. Encostar à Rússia e reforçar as culpas da Alemanha nazi. Quem o afirmou foi o líder do partido de extrema direita que o Syriza levou para o governo.

Instado a concretizar, o ministro referiu, a título de exemplo, que a Grécia poderá procurar financiamento "nos Estados Unidos na melhor das hipóteses", ou ainda na China e na Rússia, através de concessões em grandes infraestruturas.

A importância geoestratégica da Grécia, que é membro da NATO, tem sido sublinhada ultimamente por muitos analistas internacionais. A dimensão geopolítica parece estar ausente da discussão europeia sobre a resolução da crise grega. 

Ainda não falamos em guerra mas já se limpam armas.